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IGP-DI sobe 3,87% em agosto, percentual superior ao apurado no mês anterior

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O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 3,87% em agosto, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 2,34%. Com este resultado, o índice acumula alta de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses. Em agosto de 2019, o índice havia variado -0,51% e acumulava elevação de 4,32% em 12 meses.

“O destaque nesta apuração do IGP cabe ao IPA. A inflação ao produtor se espalhou pelos três grupos do indicador. Entre as matérias-primas brutas destaca-se o minério de ferro (17,11%), entre os bens intermediários, os materiais para a manufatura (3,91%) e, entre os bens finais, os alimentos processados (4,57%). Juntos esses itens responderam por 49% do resultado do IPA de agosto”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 5,44% em agosto, após variar 3,14% em julho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de 0,52% em julho para 1,93% em agosto. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -13,78% para -1,75%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,10% em agosto, contra 1,37% em julho.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,27% em julho para 3,39% em agosto. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,13% para 3,11%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,68% em agosto, ante 1,00% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 10,55% em agosto. Em julho, a taxa havia sido de 6,53%. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (9,27% para 17,11%), milho em grão (3,44% para 12,60%) e soja em grão (8,87% para 11,41%). Em sentido oposto, vale citar bovinos (7,74% para 4,90%), mandioca/aipim (1,72% para -3,22%) e aves (5,72% para 3,63%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53% em agosto, após variar 0,49% em julho. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,13% para 0,81%), Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para 0,05%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,50%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (-11,90% para -5,30%), cursos formais (-1,54% para -0,24%) e cigarros (0,42% para 1,06%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (1,22% para 0,80%), Habitação (0,79% para 0,54%), Comunicação (0,54% para 0,18%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,53% apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: gasolina (3,67% para 2,67%), tarifa de eletricidade residencial (2,32% para 1,05%), mensalidade para TV por assinatura (1,58% para 0,48%) e medicamentos em geral (0,89% para 0,35%).

Já o grupo Vestuário repetiu a taxa de julho, que foi de -0,45%. Em sentido ascendente destaca-se o item calça comprida feminina (-2,27% para -0,80%) e em sentido descendente, blusa feminina (-0,70% para -1,51%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,19% em agosto, ante 0,26% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 11 apresentaram taxas abaixo de -0,16% linha de corte inferior, e 23 registraram variações acima de 0,60%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 58,71%, 1,94 ponto percentual abaixo do registrado em julho, quando o índice foi de 60,65%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em agosto, ante alta de 1,17% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (1,12% para 1,76%), Serviços (0,22% para 0,10%) e Mão de Obra (1,37% para 0,12%).

Fonte FGV IBRE

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