Acionistas do bloco de controle da Aeris (BOV:AERI3) se desfizeram de 15 milhões de ações em leilão na última terça-feira (23), o equivalente a 1,95% do capital da empresa, com o aval de bancos. O período de lock up define que investidores não podem vender ações de uma empresa, sob pena de multa.
Segundo o site Valor Invest, a venda foi realizada por 12 acionistas pessoas físicas, sendo a maior delas de Alexandre Negrão. Depois da operação, o acionista concentrava 53% da empresa
A fabricante de pás para geradores de energia eólica Aeris realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em novembro do ano passado, em operação de R$ 1,13 bilhão. Pelas regras da operação, os investidores deveriam respeitar um período de seis meses antes de venderem papéis da companhia, a cláusula de lock up.
Os bancos coordenadores da operação, BTG Pactual (BPAC11), XP, Morgan Stanley, Santander Brasil (SANB11), Citi e Safra, conferiram uma espécie de “perdão” para que a venda ocorresse.
De acordo com o site, as instituições financeiras viram a demanda como legítima e liberaram o lock up. Depois de quarto meses do IPO da Aeris, após a ações saírem de um nível de R$ R$ 5,50, abaixo do piso da faixa indicativo de preço, para mais de R$ 9,00, os acionistas venderam os papéis.
Não há expectativa de vendas adicionais, reportou o Valor Investe. A operação de ontem foi equivalente a perto de 40% do total previsto na oferta secundária do IPO.
Lucro líquido de R$ 113,2 milhões em 2020, puxada pelas vendas de pás para o mercado interno
A fabricante de pás eólicas Aeris Energy registrou um lucro líquido de R$ 113,2 milhões em 2020, um aumento de 27,6% em relação a 2019.
A Aeris Energy registrou lucro líquido de R$ 15,629 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 61,2% em relação ao observado em igual período de 2019.