A Target (NYSE:TGT) disse que vai contratar mais empresas de propriedade de negros, lançar um programa para identificar e apoiar esses empreendedores e adicionar produtos de mais de 500 marcas de propriedade de negros em suas prateleiras ou site, segundo a CNBC.

Ao todo, a Target disse quarta-feira (07) que vai gastar mais de US$ 2 bilhões com empresas de propriedade de negros até 2025.

“Temos um rico histórico de trabalho com diversos negócios, mas há mais que podemos fazer para promover mudanças em todo o setor de varejo, apoiar a comunidade negra e garantir que os hóspedes negros se sintam bem-vindos e representados quando fazem compras na Target”, disse a diretora de crescimento da Target, Christina Hennington, em um comunicado à imprensa.

As mortes de George Floyd, Breonna Taylor, Ahmaud Arbery e protestos em todo o país aumentaram a pressão sobre os líderes corporativos para promover a equidade racial e fazer mais do que simplesmente cortar um cheque – ou correr o risco de perder negócios. O número desigual de mortes causadas pela pandemia do coronavírus e as taxas financeiras da recessão também destacaram as acentuadas disparidades raciais do país em termos de saúde e oportunidades econômicas. Floyd foi morto na cidade natal de Target, Minneapolis, agora o local do julgamento por assassinato do policial que se ajoelhou no pescoço de Floyd. Uma loja, localizada perto do local da morte de Floyd, teve que ser totalmente reconstruída e algumas de suas outras lojas foram danificadas.

As empresas têm falado sobre diversidade e inclusão à medida que os consumidores prestam atenção e alguns direcionam seus dólares para negócios que se alinham com seus valores. A Geração Z – o grupo de adolescentes e jovens de 20 e poucos anos que está amadurecendo para comprar e estabelecer relacionamentos com marcas – se preocupa mais com a justiça social em comparação com as gerações anteriores, de acordo com uma pesquisa anual de adolescentes por Piper Sandler divulgada na quarta-feira. Os adolescentes pesquisados ​​pela empresa classificaram a equidade racial como sua questão política e social mais importante, seguida por meio ambiente e a questão da vida negra.

Durante o ano passado, grandes varejistas de Nike e Walmart para Ulta Beauty puseram pra fora suas próprias promessas, como dedicar mais espaço nas prateleiras para produtos de propriedade de negros, avaliando como contratam e promovem funcionários, com mais homens e mulheres negros em seus anúncios e reduzir o número de policiais ou seguranças nas lojas para prevenir a discriminação racial. Um número crescente de varejistas, incluindo Macy’s, Sephora e Gap, assinaram o 15 Percent Pledge,  que visa tornar os produtos de propriedade de negros nas prateleiras das lojas proporcionais à população negra do país.

Entre as mudanças da Target, o varejista disse que buscará mais ativamente empresas de publicidade, fornecedores, construtoras e outros tipos de negócios de propriedade de negros. Ele disse que vai criar um programa chamado Forward Founders para startups em estágio inicial liderado por empresários negros para ajudá-los a desenvolver, testar e dimensionar produtos para vender em varejistas como a Target. Ele será modelado a partir de Target Accelerators , um programa para startups que o varejista usa para promover marcas emergentes e, em última instância, para vender produtos frescos e exclusivos que atraem clientes e ajudam a diferenciar-se dos concorrentes.

Em algumas categorias, como beleza, a Target disse que já tem 50 marcas de propriedade de negros e fundadas por negros – mas gostaria de adicionar mais para outros tipos de mercadoria.

A Target havia previamente se comprometido em aumentar a representação negra em sua força de trabalho em 20% nos próximos três anos. A empresa e sua fundação também estão doando US$ 10 milhões para organizações sem fins lucrativos focadas em lidar com as barreiras para as comunidades negras.

A Target também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TGTB34).