A Gol divulgou sua atualização operacional mensal referente a março, além de estimativas para os resultados do primeiro trimestre de 2021. No período, a companhia aérea espera prejuízo de R$ 2,35 por ação, e US$ 0,83 por American Depositary Receipt (ADR).
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:GOLL4), nesta terça-feira (13)
A margem Ebitda entre janeiro e março, excluindo despesas não operacionais e não recorrentes, deve ficar entre 20% e 22%, ante 46% no primeiro trimestre de 2020. A receita unitária de passageiro no período deve ser cerca de 12% menor na comparação anual, e a receita unitária deve recuar 9%.
Já em março, a média de voos diários ficou em 245, ante 355 registrados em fevereiro. Em dias de pico, foram 381 voos diários da Gol no mês passado. Segundo a empresa, houve uma queda de 25% na busca por passagens aéreas em relação a fevereiro.
A receita bruta consolidada da Gol em março foi de R$ 300 milhões, queda de 37% na comparação com fevereiro. A liquidez total ficou em R$ 1,9 bilhão em março, recuo mensal de 10%.
A frota total da Gol em março estava em 127 aeronaves, e o número de unidades em operação foi de 60,15 a menos do que em fevereiro. A taxa de ocupação nos voos domésticos e internacionais ficou em 71,8%, queda de 9 pontos ante fevereiro.
VISÃO DO MERCADO
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Segundo o analista Luis Sales, os dados do primeiro trimestre demonstram que os números da companhia devem vir melhor do que o esperado pelo mercado, apesar de ainda bem abaixo dos níveis observados no 1T20. Em todo caso, a recuperação completa do setor ainda depende de um avanço expressivo na vacinação contra a COVID-19 no país e retomada de uma maior confiança do consumidor.
Prejuízo de R$ 5,98 bilhões em 2020 no ano de maior crise do setor de aviação da história
Diante da maior crise da história do setor de aviação no Brasil e no mundo, a Gol registrou um prejuízo de R$ 5,98 bilhões em 2020 ante resultado negativo de R$ 117,3 milhões no ano anterior.
A receita líquida no ano passado atingiu R$ 6,37 bilhões, retração de 54% sobre o desempenho de 2019.
A companhia reportou um Ebitda recorrente de R$ 1,08 bilhão em 2020, queda de 75,2% sobre o resultado do ano anterior.
A margem Ebitda no ano passado foi de 17%, recuo de 14,5 pontos percentuais na mesma base de comparação.