A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 2,65 bilhões entre janeiro de março deste ano, valor 56,8% menor do que os R$ 6,13 bilhões (também de prejuízo) apurados no mesmo intervalo do ano passado.
No trimestre, a companhia aérea transportou 5,25 milhões de passageiros pagantes, 20,2% menos do que nos três primeiros meses do ano passado.
A receita operacional líquida totalizou R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, queda de 34,9% em relação ao mesmo período de 2020, representando uma redução de 34,9% ano contra ano devida à redução de 23,0% na capacidade e 15,4% no RASK causados pela pandemia do COVID-19.
A receita de passageiros cresceu 4,5% na comparação trimestral, demonstrando a continuidade da recuperação da demanda principalmente no início do 1T21.
Receita de cargas e outros aumentaram 52,9% em relação ao 1T20, totalizando R$228,2 milhões no 1T21, principalmente devido ao aumento na receita de cargas em 62,8%, impulsionado por ganhos em todos os segmentos de negócios da Azul Cargo, parcialmente compensado pela redução na demanda de fretamento.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado teve queda de 80,2%, para R$ 129,7 milhões.
Eventos não recorrentes de R$31,8 milhões no 1T21 foram registrados em outras despesas operacionais compostas por despesas com devoluções de aeronaves (R$19,5 milhões), além de outras despesas pontuais de reestruturação (R$12,3 milhões) relacionadas à pandemia do COVID-19.
As despesas operacionais totais diminuíram 22,4% ou R$589,2 milhões ano contra ano, principalmente devido à redução de capacidade e iniciativas de redução de custos.
A Azul encerrou o trimestre com R$3,3 bilhões de liquidez imediata, incluindo caixa, investimentos e recebíveis de curto prazo. Isto representa 69% da receita dos últimos doze meses.
“Incluindo a nossa opção já negociada de aumentar nossas debêntures conversíveis, nossa liquidez imediata seria de R$3.8 bilhões. Considerando depósitos, reservas de manutenção e recebíveis de longo prazo, a liquidez total foi de R$6,3 bilhões em 31 de março de 2021. Nesse valor não incluímos partes e peças ou outros ativos livres como TudoAzul e Azul Cargo. Não temos pagamentos significativos de dívidas para os próximos doze meses, e também não temos caixa restrito ou participação de minoritários em nossas subsidiárias” destacou a companhia aérea.
A dívida total aumentou 11% para R$19,4 bilhões em relação a 31 de dezembro de 2020, principalmente devido à desvalorização do real de 9,6% no final do período e a postergação dos pagamentos de leasing no trimestre.
A dúvida líquida também caiu, somando R$ 14,97 bilhões, queda de 11,5% na base anual.
Em 31 de março de 2021, o vencimento médio da dívida da Azul, excluindo passivos de arrendamento de aeronaves e debêntures conversíveis, era de 2,5 anos, com custo médio de 5,7%.
Os investimentos totalizaram R$217,9 milhões no 1T21, comparado com R$248,8 milhões no 1T20, principalmente devido a eventos de manutenção de motor e à aquisição de peças e motores no trimestre.
Em 31 de março de 2021, a Azul tinha uma frota operacional de 159 aeronaves de passageiros e contratual de 178 aeronaves, com idade média de 7,8 anos. Excluindo 14 aeronaves Cessna, a idade média é de 6,3. Ao final do 1T21, as 19 aeronaves não incluídas em nossa frota operacional consistiam em 11 aeronaves subarrendadas para a TAP, 2 para a Breeze, 1 para Minas Gerais e 5 em processo de saída da frota.
Os resultados da Azul (BOV:AZUL4) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 06/05/2021. Confira o Press release na íntegra!