Bolsas asiáticas fecham em queda com rali das commodities e medo da inflação

As ações asiáticas e os futuros dos EUA caíram nesta madrugada de terça-feira, após abrir a semana no negativo em Wall Street, em uma sessão liderada por perdas no setor de tecnologia, à medida que a alta nos preços das commodities alimentava a preocupação com a inflação.

O índice de ações da Ásia-Pacífico do MSCI já havia sido destaque de baixa no mês de março, com as ações de tecnologia apresentando desempenho inferior. Japão e Hong Kong sofreram o impacto da força vendedora, enquanto a China reverteu as perdas anteriores.

Os futuros do Nasdaq chegaram a recuar 1,4%, depois que o índice caiu 2,5% na segunda-feira, com a preocupação de que a inflação pudesse elevar as taxas de juros, pesando sobre as avaliações das ações.

O petróleo caiu enquanto os investidores monitoram o progresso na reabertura do maior oleoduto de produtos petrolíferos dos EUA, que foi paralisado por um ataque cibernético, e deve retomar suas atividades ainda nesta semana.

A grande questão continua sobre o tamanho do impacto do recente rali que elevou os preços das commodities e qual será o seu efeito sobre a inflação. Os dados mostraram que os preços nas fábricas da China subiram mais do que o esperado em abril.

O índice Nikkei, do Japão, fechou com queda de 3,08%; o Kospi, da Coreia do Sul, recuou 1,23%; o Hang Seng Index, de Hong Kong, caiu 2%.

As ações da empresa de entregas de comida, Meituan, caíram cerca de 6%, à medida que autoridades em Pequim continuam a pressionar empresas de tecnologia. As ações da gigante Tencent caíram 2,3%.

Na China continental, no entanto, o índice Shanghai composto fechou com alta de 0,4%, enquanto que o Shenzhen composto subiu 0,36%.

Além disso, a China também divulgou dados sobre o seu Censo, realizado de dez em dez anos, que indicou desaceleração do crescimento populacional na China continental, a 0,53% no período. Entre 2000 e 2010, o patamar havia sido de 0,57%.