A Petrobras deve anunciar amanhã que a oferta subsequente que facilitará sua saída da BR Distribuidora (BOV:BRDT3) deve ser concluída em 30 de junho, se as condições de mercado permitirem, de acordo com duas fontes à par do assunto.
Na semana passada, a estatal informou à Comissão de Valores Mobiliários que pretende se desfazer das ações que ainda possui da BR Distribuidora por meio de uma oferta pública secundária da participação remanescente de 37,50% no capital social da maior distribuidora de combustíveis do país. Cálculos do Scoop indicam que a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) poderia levantar pouco mais de R$11 bilhões com a operação.
Na comunicação enviada à CVM em 11 de junho, a Petrobras disse que “a operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os seus acionistas”. A decisão de vender a fatia remanescente na BR Distribuidora havia sido tomada pelo conselho de administração da estatal em agosto passado.
Petrobras contratou o banco Morgan Stanley para coordenar a transação, em conjunto com Itaú BBA, Citigroup e XP, disseram as fontes. A notícia da oferta foi publicada em primeira mão pelo serviço de notícias da Agência Estado, de acordo com traders e investidores. Petrobras e BR Distribuidora não comentaram imediatamente as informações.
Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo prejuízo
O lucro líquido aos acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7 bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no trimestre anterior.
A receita líquida cresceu 14,2%, para R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38% nos preços do Brent.
O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo efeito da depreciação do real sobre a dívida.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53 bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos, resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para R$ 48,949 bilhões.
Informações Tradersclub