O medicamento da Biogen (NASDAQ:BIIB) para o Alzheimer, Adhulem, gerou US$ 2 milhões em receita nas primeiras semanas de sua aprovação, disse a empresa na quinta-feira (22) ao divulgar seus lucros do segundo trimestre junto com uma carta aberta sobre o polêmico medicamento.
A Biogen aumentou sua projeção de receita para o ano, dizendo que agora espera vendas totais de US$ 10,65 bilhões a US$ 10,85 bilhões este ano, ante suas estimativas anteriores de US$ 10,45 bilhões para US$ 10,75 bilhões. A nova previsão assume uma receita “modesta” da Adhulem em 2021, aumentando depois disso, disse a empresa.
Resultados do 2T21 em comparação com as estimativas médias compiladas pela Refinitiv:
- EPS ajustado: US$ 5,68 vs US$ 4,54 esperados.
- Receita: US$ 2,78 bilhões contra US$ 2,61 bilhões esperados.
As ações da empresa subiram mais de 1% no pré-mercado.
A Biogen também é negociada na B3 através da BDR (BOV:BIIB34), a um último preço de R$ 277,49.
O Adhulem foi aprovado pela Food and Drug Administration em 7 de junho. A droga, cientificamente conhecida como aducanumabe, oferece uma nova esperança para amigos e familiares de pacientes que vivem com a doença e deve gerar bilhões de dólares em receitas para a empresa.
Sua aprovação, entretanto, foi posta em dúvida, e o chefe do FDA agora está pedindo uma investigação federal para examinar as interações entre a equipe da agência e a empresa de biotecnologia.
O principal chefe de pesquisa da Biogen, Dr. Al Sandrock, defendeu a droga em uma carta aberta divulgada junto com os lucros da empresa na quinta-feira, dizendo que sua aprovação está sujeita a “ampla desinformação e mal-entendidos”.
Ele disse que é “normal” que cientistas e médicos discutam e debatam dados de experimentos e ensaios clínicos, mas acrescentou que essas discussões estão “fora dos limites da legítima deliberação científica”.
“Agradecemos uma revisão formal das interações entre o FDA e a Biogen no caminho para a aprovação do aducanumabe”, disse Sandrock. “Uma melhor compreensão dos fatos é bom para todos os envolvidos para garantir a confiança na terapia e no processo pelo qual ela foi aprovada, pois priorizamos as questões que afetam os pacientes.”
A empresa ganhou US$ 5,68 por ação em uma base ajustada para o segundo trimestre, superando as estimativas da Refinitiv de US$ 4,54 por ação.
Ela registrou receita de US$ 2,78 bilhões, superior aos US$ 2,61 bilhões esperados.
Fontes: CNBC