O Santander Brasil está ampliando parcerias com varejistas em segmentos de crescimento acelerado para tentar acelerar sua carteira de financiamento ao consumo, no momento em que o país começa a sair da recessão provocada pela pandemia.
Desde dezembro passado, o banco elevou de 9 para 15 os segmentos em que atua no crédito ao consumo em parcerias com redes, passando a financiar desde a compra de equipamentos agrícolas e painéis solares a tratamentos odontológicos, passando por móveis e decoração.
“Alguns segmentos começaram a acelerar muito na pandemia, nos quais vemos manutenção de elevados níveis de crescimento por vários anos”, disse o superintendente da Santander Financiamentos, Marcio Giovannini.
Numa dessas frentes, a de construção e reforma, o Santander Brasil (BOV:SANB11) anunciou parceria com a Leroy Merlin, uma das maiores redes de materiais para construção e artigos para o lar no país, com 44 lojas, para financiar compras em até 36 meses, incluindo até 90 dias de carência.
O movimento acontece em meio a um mercado aquecido nas atividades de construção civil e reformas, com instituições financeiras do país oferecendo taxas ainda abaixo da média histórica para setores de baixa inadimplência.
Mais cedo, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) anunciou que o volume financiado no setor somou 185,64 bilhões de reais em 12 meses até julho, alta de 100,8% em relação a um ano antes.
O banco também quer ampliar as operações de financiamento para compra de painéis de energia fotovoltaica, segmento que tem crescido ao redor de 60% ao ano, aprofundando a atuação de anos da instituição em energia renovável em projetos de geração de grande porte.
Com o movimento, o Santander tenta acelerar o passo da divisão de financiamento ao consumo, segmento cuja demanda está se normalizando após um período de procura mais comprimida devido à crise econômica provocada pela pandemia.
No fim de junho, a carteira de crédito dessa unidade do Santander somava 62,2 bilhões de reais, alta de 9,6% em 12 meses, mas em ritmo inferior ao das linhas de pessoa física (+20,9%) e de pequenas e médias empresas (+29,8%).
Informações Reuters