No último final de semana, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para criar uma estatal como forma de continuar o processo de privatização da Eletrobras.
De acordo com um comunicado da elétrica, a nova companhia se chama Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). Ela foi desenhada como um modelo de holding e terá como objetivo deter o capital social e a comercialização da usina hidrelétrica de Itaipu.
Além disso, a ENBPar será sócia majoritária da Eletronuclear e gerará os contratos de reserva global de reversão (RGR) firmados até 2016 e alguns programas do governo, como o Procel.
Em nota, a Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET5) (BOV:ELET6) afirmou que a forma de segregação dos ativos ainda está em avaliação pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e deverá ser aprovada por meio de uma assembleia geral extraordinária pelos acionistas.
Recentemente, o presidente da companhia elétrica, Rodrigo Limp, disse que a previsão é de que a operação seja realizada em fevereiro do ano que vem, mas que não descarta um plano B caso algo saia fora do programado.
Eletrobras (ELET3): lucro líquido de R$ 2,5 bilhão no 2T21, alta de 439%
A Eletrobras obteve lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre do ano, alta de 439% na comparação anual. O lucro líquido recorrente, que considera ajustes não mencionados nos destaques, teve alta de 601% no período, para R$ 4,5 milhões na mesma base de comparação.
O lucro do 2T21 foi impactado positivamente pelos resultados em transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica com efeitos a partir de julho de 2020 e pela melhora nos resultados de geração devido, principalmente, ao aumento do volume e preços praticados e novos contratos bilaterais do ACL e maior receita no mercado de curto prazo decorrente da liquidação na CCEE devido ao aumento do preço do PLD, e negativamente pelas provisões para contingências de R$ 1.099 milhões, com destaque para R$ 600 milhões relativos ao empréstimo compulsório.
A receita operacional líquida atingiu R$ 7,959 milhões no 2T21, um crescimento de 49%, influenciada pelo efeito na receita de transmissão da revisão tarifária, melhor performance nos contratos bilaterais e maior de receita de liquidação junto à CCEE.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – avançou 61,7% na mesma comparação, para R$ 3,222 bilhões. O Ebtida recorrente apresentou aumento de 116%, de R$ 2.219 milhões no 2T20 para R$ 4.794 milhões no 2T21.