Dólar fecha com queda, influenciado pela votação da PEC dos Precatórios

O dólar comercial fechou a sessão em R$ 5,5890, com queda de 1,42%. Apesar do tapering (remoção de estímulos) ter seu início anunciado já para este mês de novembro, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, prevista para hoje, foi recebida positivamente pelo mercado.

De acordo com o head da mesa de Operações da Valor Investimentos, Romero Oliveira, “o tapering aumenta o fortalecimento do dólar. Existe um movimento global de valorização ante rivais e emergentes”. Para ele, a valorização do real, neste momento, é um movimento de correção.

Oliveira enxerga um cenário incerto e vê a votação dos Precatórios como um guia do que irá acontecer: “O mercado, neste momento, está sem direção clara, em compasso de espera. Isso vai estar mais cristalino após a votação da PEC”, projeta.

Para o analista da Top Gain, Leonardo Santana, “o mercado está estressado pelos riscos fiscais, se de fato a PEC será votada hoje, e haverá quórum para ela (votação) ocorrer”.

Por outro lado, a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e o provável anúncio do tapering, pode ser benéfica ao real: “A retirada dos estímulos já está precificada no dólar. Caso ela realmente ocorra, o dólar pode cair, ter um alívio”, projeta Santana.

De acordo com boletim da Ajax Capital, “as negociações se intensificaram em busca de um acordo com a oposição para votar a PEC dos Precatórios, que abre espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022”. Desta quantia, R$ 83,6 bilhões seriam destinados ao Auxílio Brasil e outros programas sociais.

Já o boletim da Commcor, endossa que a ata do Copom emitiu um tom duro, e que foi discutido um aumento maior do que 1,5 ponto percentual, anunciado pelo comitê na última semana.

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(Com informações da TC, UOl e Agencia CMA)