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Itaúsa (ITSA4): lucro líquido de R$ 4,11 bilhões, alta de 12%

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A Itaúsa, holding que controla o Itaú Unibanco e as empresas Dexco (ex-Duratex) e Alpargatas, registrou lucro líquido de R$ 4,11 bilhões no quarto trimestre de 2021, alta de 12% ante os R$ 3,66 bilhões reportados no mesmo período de 2020.

O lucro líquido recorrente foi de R$ 4,185 bilhões, avanço de 53,2%, que, refletiu eventos não recorrentes, que tiveram efeito negativo de R$ 68 milhões no período.

Segundo a Itaúsa, as empresas investidas apresentaram sólidos avanços em desempenho operacional.

No setor bancário, o lucro foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, que superou R$ 1 trilhão, a melhor margem financeira e o menor volume de perdas esperadas com operações de crédito, combinado com o controle eficiente das despesas gerais e administrativas.

Em bens de consumo e materiais para construção civil, Alpargatas e Dexco aproveitaram as suas estruturas eficientes e o bom momento de mercado para alavancar suas vendas, bem como a receita líquida e o Ebitda, mesmo com pressões no custo de alguns insumos.

“Cabe destacar que este foi o melhor ano da história da Dexco em desempenho de Ebitda e rentabilidade e, também, o maior Ebitda histórico da Alpargatas.”

Os segmentos de distribuição e transporte de gás, compostos por Copa Energia e NTS, também apresentaram incremento de receita.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) sobre o PL Médio atingiu 25,6% nos últimos três meses do ano, recuo de 0,6 ponto porcentual na comparação anual. O ROE recorrente, por sua vez, foi de 26%, crescimento de 6,4 pontos porcentuais.

O ativo total da holding no quarto trimestre somou R$ 74,602 bilhões, 18,4% superior ao do mesmo período do ano anterior. O patrimônio líquido fechou dezembro em R$ 65,886 bilhões, 14,9% maior do que em igual intervalo de 2020.

O setor financeiro teve desempenho total de R$ 2,725 bilhões, avanço de 15% em relação ao quarto trimestre de 2020. O setor não financeiro da Itaúsa somou R$ 859 milhões, alta de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O endividamento líquido cresceu 171% no trimestre, atingindo R$ 3,793 bilhões.

O resultado financeiro foi de R$ 101 milhões de despesas, contra despesas de R$ 4 milhões um ano antes. Segundo a Itaúsa, o resultado se deve, principalmente, às novas debêntures emitidas para financiar as aquisições de participação acionária na Copa Energia e na Aegea Saneamento, além de maiores despesas com juros em decorrência da maior taxa básica de juros no período, parcialmente compensado pela maior rentabilidade do caixa.

As despesas administrativas totalizaram R$ 39 milhões no quarto trimestre, crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente em função de despesas relacionadas à campanha institucional de posicionamento da marca Itaúsa ocorrida no período.

Itaúsa pagará juros sobre capital próprio de R$ 0,1333 brutos por ação

O conselho de administração da Itaúsa deliberou pagar em 11 de março de 2022 os juros sobre o capital próprio declarados em 08 de novembro de 2021, tendo como data base a posição acionária final do dia 23 de novembro de 2021, no valor de R$ 0,15472 por ação.

Com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resulta em juros líquidos de R$ 0,131512 por ação.

Os resultados da Itaúsa (BOV:ITSA3) (BOV:ITSA4) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 14/02/2022. Confira o Press Release!

Teleconferência

Em teleconferência após os resultados com jornalistas nesta terça-feira (15), o CEO da Itaúsa (ITSA4), Alfredo Setúbal, informou que a remuneração dos acionistas da holding em 2022 deve acontecer, exclusivamente, por meio de distribuição de juros sobre capital próprio (JCP). A empresa, porém, poderá pagar proventos extras, mas apenas se houver “excesso de caixa” no Itaú Unibanco (ITUB4), seu principal ativo, de onde saem os proventos pagos pela holding.

“Nesse momento, o banco não tem excesso de capital. Todo o recurso tem sido usado no crescimento de seus próprios negócios, principalmente ligado a crédito”, afirmou Setúbal. Segundo ele, o Itaú trabalha com os limites mínimos de distribuição de dividendos, aprovados pelo conselho de administração, para manter seu nível de capital confortável.

Setúbal também explicou que, ainda que não tenha investimentos em visto no momento, a Itaúsa tem desembolsos já programados, como o aumento de capital da Alpargatas (ALPA4), da qual é acionista, e a amortização de uma dívida emitida em 2027. “Temos compromissos a fazer frente o uso do nosso caixa próprio”, disse Setúbal.
Em recente entrevista exclusiva ao InfoMoney, Luiz Barsi, um dos maiores investidores individuais da Bolsa brasileira, afirmou ter perdido interesse em ações da Itaúsa, por conta de seus dividendos magros.

Sobre essa redução dos dividendos pagos, Setúbal afirma se tratar de uma “normalidade mais realista”. “Em 2018, 2019, o Itaú distribuiu muito dividendos, pois estava com excesso de capital. Foram pontos fora da curva, em um momento que o Brasil crescia pouco, não havia uso para esse capital”, afirma o CEO da Itaúsa.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

O banco diz que a Itaúsa registrou lucro líquido no quarto trimestre 71% acima da consenso, principalmente devido ao impacto da venda de 1,39% da XP em dezembro, com resultado de R$ 903 milhões.

Excluindo os ganhos com a venda da participação da Itaúsa na XP, o lucro líquido ajustado seria de R$ 3,28 bilhões. A diferença entre os números de lucro líquido recorrente e reportado se deve principalmente ao impacto negativo do Itaú Unibanco na provisão para ajuste de estruturas e na contribuição positiva da Dexco devido a créditos tributários de ações judiciais.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 13,81…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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