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Vale começa obras na primeira das cinco barragens previstas para serem eliminadas neste ano

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A Vale começou as obras na primeira das cinco barragens previstas para serem eliminadas neste ano, como parte de um amplo programa de descaracterização de suas estruturas mais perigosas iniciado em 2019, após o rompimento mortal de uma unidade em Brumadinho (MG).

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:VALE3) nesta segunda-feira (07).

A estrutura que começa a ser eliminada nesta segunda-feira é a chamada Dique 4, da barragem Pontal, em Itabira (MG), berço da Vale no país, afirmou à Reuters a mineradora, ao apresentar resultados de seu programa que busca evitar novos rompimentos no futuro.

Em seus planos, a empresa planeja ter eliminado desde 2019 até o fim de 2022 um total de 12 de suas 30 barragens consideradas mais perigosas, alteadas pelo método a montante, quando suas paredes são construídas sobre uma base de resíduos, em vez de em material externo ou em terra firme.

A Vale mantém provisões de cerca de R$ 10 bilhões para o Programa de Descaracterização, conforme demonstrações financeiras de 30 de setembro de 2021.

“A descaracterização de todas as barragens a montante é um dos pilares no princípio de garantia de não repetição de rompimentos como o de Brumadinho, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, dos trabalhadores e do meio ambiente”, afirmou a companhia no email.

Alteada pelo método a montante, a estrutura que se rompeu em Brumadinho, em janeiro de 2019, deixou 270 mortos, além de causar graves danos ambientais.

A barragem da Samarco –joint venture da Vale com a BHP,– que colapsou em Mariana (MG), em novembro de 2015, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e um rastro de destruição até o mar do Espírito Santo, também era construída pelo método a montante.

O plano de descaracterização dessas barragens prevê a reintegração do espaço utilizado por elas ao meio ambiente e está dentro do cronograma.

TRANSFORMAÇÃO CULTURAL

Desde 2019, sete estruturas a montante — quatro em Minas Gerais e três do Pará — foram eliminadas, das 30 mapeadas pelo Programa de Descaracterização da empresa, que faz parte de um processo de transformação cultural que a empresa vem passando desde Brumadinho.

Para 2022, a previsão da empresa é concluir a descaracterização dos diques 3 e 4 do Sistema Pontal e barragem Ipoema, em Itabira (MG), a Barragem Baixo João Pereira, em Congonhas (MG), e o Dique Auxiliar da Barragem 5, em Nova Lima (MG), segundo a Vale.

A Vale reiterou que tem intensificado as ações preventivas, corretivas e de monitoramento nas suas estruturas avançando rumo à meta de não ter nenhuma barragem em condição crítica (nível de emergência 3) até 2025.

“Essas ações também aumentam a segurança nas estruturas a montante que serão eliminadas até que as etapas preparatórias e de engenharia para a descaracterização sejam concluídas”, afirmou.

“A empresa projeta terminar 2025 em um novo e mais elevado patamar de segurança nas suas operações.”

Nesse prazo, a mineradora frisou ainda que, como membro do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, em inglês), assumiu o compromisso público de estar 100% em conformidade com os 77 requisitos do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, na sigla em inglês) em todas as suas estruturas de disposição de rejeitos.

AVANÇOS EM ITABIRA

Cidade que tinha o maior número de barragens a montante da Vale, Itabira chegará ao fim deste ano com cinco de suas dez barragens a montante eliminadas, detalhou a Vale.

Além das três estruturas previstas para serem descaracterizadas em 2022, outras duas já haviam sido eliminadas: Dique 5 da barragem Pontal e o dique Rio do Peixe.

Para as outras estruturas a montante no município, as atividades preliminares para a eliminação do Dique 2 do Sistema Pontal e dos diques 1A e 1B, na mina Conceição, já tiveram início, e a estrutura de contenção que aumentará a segurança para a fase de obras dos diques Minervino e Cordão Nova Vista, que também fazem parte do Sistema Pontal, deverá ser finalizada neste ano.

O Dique 4, primeira barragem a ter suas obras de eliminação iniciadas neste ano, não recebe rejeitos desde 2014 e encontra-se em nível de emergência 1. A estrutura tem cerca de 3,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Não há moradores ou comunidades dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS), segundo a Vale.

A mineradora pontuou ainda que as obras acontecerão em área interna da empresa e todo o transporte de materiais e equipamentos utilizará acessos internos, sem impactos nas vias locais. O rejeito removido será destinado a uma área devidamente preparada dentro do próprio Sistema Pontal.

Informações Broadcast

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