Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda após uma sessão volátil, com a Rússia se comprometendo a cumprir obrigações contratuais e alguns traders dizendo que as preocupações com a interrupção do fornecimento foram exageradas.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, os mercados de petróleo têm sido os mais voláteis em dois anos. Ontem, o Brent de referência global registrou seu maior declínio diário desde abril de 2020. Dois dias antes, atingiu uma alta de 14 anos em mais de US$ 139 o barril.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse em uma reunião que o país, um grande produtor de energia que fornece um terço do gás da Europa e 7% do petróleo global, continuará cumprindo suas obrigações contratuais de fornecimento de energia.
No entanto, o petróleo do segundo maior exportador de petróleo do mundo está sendo evitado devido à invasão da Ucrânia, e muitos não têm certeza de onde virá a reposição. Comentários de funcionários dos Emirados Árabes Unidos (EAU) enviaram sinais conflitantes, aumentando a volatilidade.
Ontem, o Brent caiu 13% depois que o embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington disse que seu país incentivaria a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a considerar uma produção mais alta.
No entanto, o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, voltou atrás na declaração do embaixador e disse que o membro da Opep está comprometido com os acordos existentes com o grupo para aumentar a produção em apenas 400 mil barris por dia (bpd) a cada mês.
Embora os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita tenham capacidade ociosa, alguns outros produtores da aliança entre Opep e outros países liderados pela Rússia estão lutando para cumprir as metas de produção devido ao subinvestimento em infraestrutura nos últimos anos.
Os Estados Unidos fizeram movimentos para aliviar as sanções ao petróleo venezuelano e esforços para selar um acordo nuclear com Teerã, o que poderia levar ao aumento da oferta de petróleo. O mercado também antecipa mais lançamentos de estoque coordenados pela Agência Internacional de Energia e produção crescente dos Estados Unidos.
Ainda assim, os traders se recusam a encerrar as compras. Alguns disseram que a recente queda pode ser em parte devido à realização de lucros, observando que o petróleo permaneceu acima de 15% desde a invasão da Ucrânia.
“Há muitas razões para pensar que o petróleo pode subir mais a longo prazo, acho que estamos apenas pegando um pouco de fôlego depois das fortes altas”, afirma o analista da FX Empire, Christopher Lewis. “Mas, tenha em mente que as manchetes vindas da Ucrânia podem ter um grande efeito no que acontece a seguir.”
O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para abril caiu 1,91%, cotado a US$ 106,02 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para maio regrediu 1,02%, cotado a US$ 109,33 o barril.
Informações Agência CMA
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