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Indústrias Romi (ROMI3): lucro líquido de R$ 30,5 milhões no 1T22, crescimento de 47%

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A Indústrias Romi, que atua nos mercados de máquinas-ferramenta e máquinas para processamento de plásticos, registrou lucro líquido de R$ 30,5 milhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa um crescimento de 47% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

A receita operacional líquida chegou a R$ 285,3 milhões, avanço de 28,2%. Segundo os dados da empresa, a alta foi puxada pelas máquinas Romi, que cresceram 34,4%, a R$ 177,2 milhões.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado cresceu 13% no 1T22, totalizando R$ 40,1 milhões. Já a margem Ebitda ajustado atingiu 14% no período, baixa de 1,9 p.p. frente a margem registrada em 4T20.

O lucro operacional totalizou R$ 28,5 milhões nos três primeiros meses de 2022, um crescimento de 12,6% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

O lucro bruto somou R$ 85,6 milhões no 1T22, uma elevação de 13% sobre o montante reportado no 1T21. Já a margem bruta atingiu 30% no primeiro trimestre de 2022, retração de 3,9 pontos percentuais na comparação com igual etapa de 2021.

A carteira de pedidos total da companhia, ao final do 1T22, alcançou R$ 791,3 milhões, um crescimento de 14,1% em relação ao 1T21, com destaque para as unidades de negócio de Máquinas Romi e Fundidos e Usinados.

A Indústrias Romi investiu R$ 23,1 milhões nos três primeiros meses deste ano, avanço de 26,1% frente ao mesmo período de 2021.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 73,1 milhões no final de março de 2022, crescimento de 60,5% em relação ao mesmo período de 2021.

⇒ Unidades

Na Unidade de Máquinas Romi, a receita operacional líquida, no 1T22, apresentou crescimento de 34,4% em relação ao 1T21, decorrente da consolidação do sucesso das novas linhas de produtos e da retomada da demanda nos mercados interno e externo. A evolução da receita, aliada ao controle efetivo das despesas operacionais, resultou em um crescimento de 21,3% no lucro operacional, nesse mesmo período de comparação.

A Unidade de Fundidos e Usinados apresentou um volume importante de novos pedidos no 1T22. A redução em relação aos períodos comparativos deve-se, principalmente, à dinâmica de colocação de pedidos do segmento eólico, pois este apresenta pedidos de grandes valores para períodos mais longos. Tanto o segmento de peças de grande porte para o segmento de energia, quanto os demais segmentos atendidos por essa unidade têm demonstrado perspectivas favoráveis para o ano de 2022.

A subsidiária alemã BW, no 1T22, conseguiu novos pedidos, que somaram R$41,4 milhões, demonstrando a recuperação gradual da economia na Ásia e também dos projetos na Europa.

Os resultados da Indústrias Romi (BOV:ROMI3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 27/04/2022.

Teleconferência

Durante teleconferência, Luiz Cassiano Rosolen, CEO da Indústrias Romi (ROMI3), explicou que a retração de margem bruta no trimestre foi decorrente da exportação e compensada em parte pelo lucro líquido com variação cambial.

“Obviamente, tem uma pressão de custos e a gente está tentando repassar da maneira possível para os clientes. Tem uma competição, mas é uma inflação global e a expectativa é de que todos os concorrentes comecem a repassar nos preços das máquinas”, explicou Rosolen.

Já na unidade de negócio Fundidos e Usinados, o CEO comentou que a companhia vem trabalhando na eficiência operacional para melhorar a margem. Na unidade Máquinas Burkhardt+Weber, a margem bruta e a margem operacional no 1T22, apresentaram, respectivamente, redução de 31,7 p.p. e de 48,6 p.p., em relação ao 1T21.

“Ambos os períodos apresentaram receitas operacionais líquidas bastante baixas, devido a não ter havido entrega de máquinas, o que dificulta a comparação das margens nesses períodos”, relatou a empresa.

Luiz Cassiano Rosolen, CEO da Indústrias Romi, disse que nessa unidade de negócios, é preciso enxergar os resultados de forma anualizada.

Luiz Cassiano Rosolen, CEO da Indústrias Romi (ROMI3), disse em teleconferência com analistas que a companhia tem repassado o custo da inflação nos diversos produtos das unidades de negócios, mas “sempre existe dificuldade nas negociações e a inflação é mundial e está todo mundo entendendo”.

“Embora o atual nível de juros reais e as perspectivas indiquem a sua elevação e o atual patamar cambial represente novos desafios à competitividade da indústria nacional, os custos e a disponibilidade logística global continuam estimulando o país em geral a destinar uma maior parcela da produção para o Brasil”, relatou a Romi no balanço do 1T22.

VISÃO DO MERCADO 

A Romi divulgou bom resultado no 1T22, refletindo evolução na demanda doméstica para máquinas industriais e pela maior demanda obtida no exterior. No mercado doméstico, apesar das incertezas com o ambiente econômico, ocorreu queda da relação dólar x real, o que acabou atraindo novas encomendas pela indústria.

O período ficou caracterizado pelo início da guerra na Ucrânia e do lockdown em algumas regiões da China. Mesmo com estes fatores pesando, a Romi apresentou melhora, principalmente com o novo modelo de aluguel de equipamentos. A questão da pressão de custos, que se abate sobre todos os setores econômicos, influenciou o desempenho do período, mas foi minimizado pelo repasse na cadeia de fornecimento, através de renegociações constantes com seus clientes.

Apesar do cenário desafiador, ainda mantemos uma visão positiva da capacidade da empresa manter sua carteira de pedidos em evolução nos próximos trimestres, sustentado pelo aumento na carteira de pedidos e consequentemente de faturamento, que está relacionado com as expectativas de aumento na demanda por investimentos em infraestrutura / máquinas e bens de capital.

Os melhores trimestres sazonalmente são o 2Trim e o 3Trim de cada ano.

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* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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