Diante da escalada de preços na economia, os saques da caderneta somaram R$ 3,755 bilhões em junho, informou nesta quinta-feira, 7, o Banco Central, a maior perda para o mês desde 2015 (R$ 6,260 bilhões), conforme a série histórica iniciada em 1995. Em junho de 2021, o saldo foi positivo em R$ 7,088 bilhões.
No primeiro semestre, somente em maio houve entrada líquida de recursos na poupança, de R$ 3,514 bilhões, dado também divulgado hoje, após o fim da greve dos servidores do BC na última terça-feira, 5. A última divulgação havia sido a de março, quando a poupança perdeu R$ 15,356 bilhões, o maior saque para o período da história. Em abril, a retirada líquida de R$ 9,876 bilhões também foi recorde para o mês.
No quarto mês, os depósitos somaram R$ 280,112 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 289,989 bilhões. No quinto mês, foram de R$ 336,667 bilhões e R$ 333,152 bilhões, respectivamente. Já em junho, foram colocados R$ 308,613 bilhões e retirados R$ 312,369 bilhões na poupança. Considerando o rendimento de R$ 6,308 bilhões no sexto mês do ano, o saldo total da caderneta somou R$ 1,013 trilhão no fim de junho.
Em 2021, a caderneta de poupança teve o terceiro pior desempenho anual da história, com retiradas líquidas de R$ 35,497 bilhões, após registrar recorde em 2020 (R$ 166,310 bilhões), em meio ao auxílio emergencial e à maior tendência das famílias de guardarem dinheiro no início da pandemia de covid-19.
Atualmente, com a taxa Selic a 13,25% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), atualmente em 0,2267% ao mês (2,75% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.
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