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JBS (JBSS3): lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no 2T22, queda de 9,5%

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A JBS, companhia da família Batista, registrou um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2022, queda de 9,5% na base anual.

A receita líquida consolidada de R$ 92,2 bilhões, o que representa um aumento de 7,7% em relação ao 2T21. Destaque para as unidades: PPC (+18%), JBS Austrália (+23%), Seara (+20%), e JBS Brasil (+11%).

No período, cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a Companhia atua e 25% por meio de exportações. Nos últimos 12 meses, a receita líquida atingiu o recorde de R$ 372,9 bilhões (US$ 71,2 bilhões).

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – totalizou R$ 10,3 bilhões, recuando 11,5% contra o 2T21, com margem em 11,2%. A JBS justificou a queda no Ebtida pelo início da normalização dos resultados da JBS Beef North America.

O consenso Refinitiv com analistas projetava lucro de R$ 3,2 bilhões, Ebitda de R$ 9,9 bilhões e receita de R$ 91,54 bilhões no trimestre.

O faturamento da JBS foi impulsionado por uma alta de 18% ao ano da receita provinda de Pilgrim’s Pride, que chegou a R$ 22,7 bilhões.

“Nos Estados Unidos, a demanda nos canais de varejo e food service permaneceu robusta mesmo diante de um cenário inflacionário desafiador. As melhoras operacionais, o portfólio de produtos diversificado, a boa rentabilidade no negócio de big birds e o contínuo crescimento dos produtos com marca foram os principais impulsionadores do aumento da rentabilidade no período”, explica a companhia.

A companhia destaca também a performance da receita da JBS Austrália, de 22,5%, para R$ 8,2 bilhões, e da JBS Brasil, com alta de 10,8%, indo a R$ 14,1 bilhões.

Essas unidades de negócios conseguiram compensar o recuo de 4,6% da receita JBS Beef North America, que foi para R$ 27,1 bilhões. A queda é justificada pela companhia, em parte, por conta da apreciação do câmbio médio.

Além de pesar sobre a receita, o desempenho do braço de carne bovina dos EUA também foi o principal motivo do recuo do Ebitda, que estaria recuando por conta do “início da normalização dos resultados do braço de carne bovina nos EUA”.

“O resultado da JBS Beef North America foi pressionado pela inflação dos insumos e pelo já comentado aumento no preço do gado no país, explicado pela atual tendência de redução do rebanho”, comenta o frigorífico.

O resultado financeiro do frigorífico também piorou na base anual, retirando R$ 2,5 bilhões do balanço, ante R$ 1,15 bilhão em junho de 2021. A diferença, segundo o balanço, se dá principalmente por maiores gastos com juros sobre empréstimos e financiamentos – os juros passivos cresceram 48%, chegando a R$ 1,7 bilhão.

O fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 4,1 bilhões, uma redução em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, como resultado do menor EBITDA no período. O fluxo de caixa livre, após adição de ativo imobilizado, juros pagos e recebidos, foi de R$ 380 milhões no trimestre, versus R$ 3,2 bilhões no 2T21.

A geração de caixa livre foi impactada por maiores investimentos no período, R$ 2,6 bilhões no 2T22 vs. R$ 2 bilhões no 2T21; maiores juros pagos, R$ 1,3 bilhão no 2T22 vs. R$ 675 milhões no 2T21, dado a maior dívida líquida; maior consumo de capital de giro, impactado principalmente pelo aumento em contas a receber (R$ 1,7 bilhão) dado o atraso no desembarque das vendas para a China como consequência do lockdown e maiores preços médios dos produtos vendidos; e aumento dos estoques (R$ 862 milhões) como consequência de maiores compras de gado visando aproveitar oportunidades de mercado no Brasil e aumento dos preços dos grãos; e aumento do imposto pago que no 2T22 foi de R$ 2,5 bilhões vs. R$ 1,6 bilhão no 2T21.

No 2T22, a Seara registrou receita líquida de R$ 10,7 bilhões, um crescimento de 19,5% em relação ao 2T21, como resultado do aumento de 20,8% no preço médio de venda. As vendas no mercado doméstico, que responderam por aproximadamente 47% da receita da unidade no período, totalizaram R$ 5 bilhões, 20% maior que no 2T21. Apesar do crescimento da receita em todas as categorias, a categoria de produtos preparados foi o grande destaque com um aumento de 19% no preço médio de venda e de 5% no volume. Esse desempenho é resultado dos investimentos em qualidade e inovação realizados pela Seara nos últimos anos, além de um trabalho intenso com o objetivo de aumentar a preferência pela marca e solidificar a liderança em diversas categorias.

A JBS Brasil registrou uma receita líquida de R$ 14,1 bilhões, 10,8% maior que no 2T21, apesar da redução de 12,0% no número de bovinos processados no período, explicado pela suspensão temporária de uma importante planta para exportar para a China no final do 1T22.

No mercado doméstico, a venda na categoria de carne bovina in natura cresceu 12,7% na comparação anual, mesmo diante de um cenário macroeconômico bastante desafiador. O crescimento é explicado pela estratégia da Companhia de seguir impulsionando o portfólio de valor agregado e trabalhar as marcas junto aos consumidores, além de aumentar o número de clientes-chave com elevado nível de serviço por meio do Açougue Nota 10.

No mercado externo, a receita líquida em dólares caiu 6,4% quando comparado ao 2T21. Apesar do preço médio de exportação atingir os maiores patamares históricos durante o trimestre, a queda nos volumes para Grande China, dado o lockdown no país e a suspensão de uma importante da planta para exportação, pressionou as vendas para este destino.

No 2T22, o Capex total da JBS foi de R$ 2,6 bilhões, um aumento de 32% na comparação anual, sendo R$ 1,5 bilhão CAPEX de expansão; e R$ 1,1 bilhão CAPEX de manutenção.

A JBS encerrou o 2T22 com R$ 19,3 bilhões em caixa, um aumento de 11,9% em relação ao 1T22. Adicionalmente, a JBS USA possuía US$ 2,2 bilhões (em 30/06/2022) disponíveis em linhas de crédito rotativas e garantidas, equivalentes a R$ 11,6 bilhões ao câmbio de fechamento do trimestre, o que confere à JBS uma disponibilidade total de R$ 30,9 bilhões.

Em dólares, a dívida líquida passou de US$ 14 bilhões no 1T22 para US$ 14,9 bilhões no 2T22 e a alavancagem permaneceu em 1,65x. A dívida líquida em reais aumentou de R$ 66,5 bilhões no 1T22 para R$ 78,1 bilhões no 2T22, um aumento de 17,4%.

A dívida líquida foi impactada principalmente pelo consumo de capital de giro de US$ 523 milhões; US$ 658 milhões de remuneração aos investidores; investimento de US$ 534 milhões; e impostos no montante de US$ 508 milhões.

Os resultados da JBS (BOV:JBSS3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 12/08/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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