Mobly (MBLY3): prejuízo líquido de R$ 27,8 milhões no 2T22, alta de 63,9%

A Mobly registrou prejuízo líquido de R$ 27,8 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa alta de 63,9% em relação ao prejuízo do mesmo período de 2021.

Os principais fatores que impactaram na piora do prejuízo no 2T22 foram os novos custos com depreciação e amortização das novas lojas abertas no primeiro semestre de 2022, que em conjunto com a estrutura imobilizada já estabelecida da Mobly, totalizaram R$ 16,6 milhões versus R$ 8,0 milhões no 2T21.

“O mercado continua desafiador no 2T22, com as empresas do e-commerce mundial de móveis e decoração sendo afetadas pela normalização após a pandemia, com menor demanda, inflação ainda alta, alto endividamento das famílias e comparáveis difíceis em relação ao 2T21 e 2T20, impactando em uma queda de 15,6% no GMV [volume bruto de mercadorias] versus o 2T20 e uma queda de 16,0% versus o 2T21”, apontou.

A receita operacional líquida totalizou R$ 148,8 milhões em 2T22, representando queda de 15,3% frente ao 2T21, mas com crescimento de 17,3% quando comparado ao 2T20, “resultado da nossa melhora logística com menores prazos de entrega em comparação ao período da pandemia”.

A Mobly destacou ainda que os custos logísticos ficaram mais eficientes no trimestre e atingiram um dos menores níveis em percentuais da receita no 2T22, de 12,7%, como resultado das iniciativas de logística com a MoblyLog, consolidação dos centros de distribuição e maior participação de vendas em lojas físicas.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação – ajustado registrado para o 2T22 foi de R$ 11,5 milhões negativo, devido à queda de demanda que impactou diretamente a diluição dos custos fixos, informou a companhia.

O lucro bruto apresentou uma queda de 14,1%, sendo que os resultados para o 2T22 e 2T21 foram, respectivamente, R$ 56,5 milhões e R$ 65,8 milhões, e margem bruta de 38,0% e 37,4%, representando um aumento de 0,5 pontos percentuais.

O volume bruto negociado (GMV, na sigla em inglês) foi de R$ 207,8 milhões apresentando queda de 16,0% e 15,6% se comparado ao 2T21 e ao 2T20 respectivamente, reflexo do cenário econômico mais adverso que tem trazido desafios para o mercado de home & living em 2022.

As despesas operacionais registraram aumento de 19,2%, no comparativo entre o 2T22 e o 2T21, enquanto no comparativo com o mesmo período do ano de 2020 tais despesas aumentaram 228,0%, com um impacto negativo de 2,8 p.p. em relação à receita líquida entre 2T22x2T21 e de -6,3 p.p. entre 1T22x1T20, resultado do aumento das despesas pela abertura de novas lojas e aumento de área dos centros de distribuição com a abertura do CD de Cajamar-SP.

Dentro de Marketing e despesas com vendas estão as despesas com propaganda e publicidade e despesas de pessoal relacionadas às vendas, como funcionários de lojas e time de pós-vendas.

As despesas com marketing e despesas com vendas da Companhia diminuíram 8,1%, sendo R$ 22,3 milhões no 2T22, comparado a R$ 24,2 milhões no mesmo período do ano de 2021.

Os gastos com Marketing e Despesas com Vendas aceleraram novamente no 2T22, atingindo 15,0% da receita (alta de 1,2 ponto percentual na base anual) .Os custos com Pessoal Administrativo aumentaram 19,7% em relação ao 2T21, fruto de uma mudança na regra de ativação e maiores custos de rescisão, devido a estar redimensionando a Mobly para o novo cenário com vendas menores.

No segundo trimestre de 2022 os investimentos em CAPEX totalizaram R$ 16,4 milhões, dos quais aproximadamente R$ 6,9 milhões foram destinados para lojas e centros de distribuição, R$ 7,3 milhões para tecnologia, softwares e equipamentos, R$ 832 em equipamentos de comunicação e R$ 1,3 milhões para os demais ativos.

Os resultados da Mobly (BOV:MBLY3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 15/08/2022. Confira o Press release na íntegra!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão