A Iguatemi registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 64,8 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo líquido de R$ 63 milhões reportado no mesmo período de 2021.
O aumento no lucro foi motivado pela expansão da receita com aluguéis e estacionamentos, menor inadimplência de lojistas e maior ocupação dos shoppings, além de efeitos contábeis.
O lucro líquido ajustado atingiu R$ 56,5 milhões, um salto de 166,5% na mesma base de comparação anual. O critério ‘ajustado’ exclui os efeitos de: linearização na receita de aluguéis, participação na Infracommerce, swap das ações e despesas com acordo judicial considerado não recorrente.
A receita líquida totalizou R$ 254,3 milhões, aumento de 19,5%.
As vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceram 29,8% e as vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 28,1% no trimestre versus o 3T19. As vendas totais atingiram R$ 4,08 bilhões no trimestre, um crescimento de 28,1% em relação ao mesmo período de 2019 (excluindo os shoppings vendidos em 2019). Os segmentos que melhor desempenharam continuam sendo as operações de Moda, Calçados, Artigos de Couro, registrando um crescimento no trimestre de 44,3% e Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias crescendo 31,0%, versus o 3T19.
Os aluguéis mesmas lojas (SSR, na sigla em inglês) cresceram 61,8%, registrando um ganho real sobre o IGP-M de 1,4p.p. no trimestre e os aluguéis mesmas áreas (SAR) cresceram 46,5% no 3T22 versus o 3T19.
A inadimplência atingiu um valor negativo de 0,7%, 1,2 p.p abaixo do 3T19 e o custo de ocupação foi de 12,2%, subindo 0,3 p.p versus 3T19. O bom resultado desses indicadores denotam a capacidade contínua dos shoppings da Iguatemi em não só cobrar os alugueis atuais, bem como recuperar aluguéis passados (sejam inadimplentes ou aluguéis judicializados).
A taxa de ocupação atingiu no 3T22 93,2% de taxa de ocupação média, 0,6 p.p acima do fechamento do 2T22, reafirmando o guidance de 95% para dezembro de 2022.
O fluxo de caixa de operações (FFO, na sigla em inglês) foi de R$ 105,9 milhões, revertendo dado negativo de R$ 43,3 milhões de um ano antes. A margem FFO foi a 41,7%.
O resultado financeiro líquido da Iguatemi no trimestre foi de R$ 91,9 milhões negativos, 226,6% acima do valor apresentado no 3T19, devido ao aumento do CDI no período e pelo acordo judicial para liquidação da principal contingência da companhia.
Esse efeito foi atenuado pela linha de valor justo de instrumento de capital, que ficou positiva em R$ 32,7 milhões, contra dado negativo de R$ 179,7 milhões de um ano antes.
A companhia investiu R$ 50 milhões no trimestre em Capex de manutenção/reinvestimento dos shoppings do portfólio, bem como investimentos relacionados a projetos em andamento, expansão do Iguatemi 365 e capitalizações.
A dívida total foi deR$ 3,2 bilhões, 2,8% abaixo do 2T22. A disponibilidade de caixa encontra-se em R$ 2,1 bilhões, aumento de 26,5% em comparação ao 2T22, considerando já os recursos recebidos do follow on, finalizada no final de setembro. Com isso, a Dívida Líquida encontra-se em R$ 1,2 bilhão, com um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA de 1,83x, uma queda de 0,88 versus o 2T22.
A alavancagem, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 1,83 vezes no trimestre encerrado em setembro. A companhia destaca ainda a assinatura da aquisição do JK ocorrida em 9 de setembro, que foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no dia 18 de outubro, agora em processo de fechamento, com data prevista até 30 de novembro.
“Esta operação demonstra a disciplina da Companhia na alocação de capital. Este ativo está localizado em uma região com alta densidade populacional e alta renda per capita. Apesar de ainda não ser um ativo maduro como outros do nosso portfólio, o empreendimento já apresenta resultados sólidos, com espaço significativo de crescimento”, diz a companhia.
Os resultados da Iguatemi (BOV:IGTI11) referentes suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 08/11/2022. Confira o Press Release!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters