Dólar fecha em alta, ainda na esteira da crise do setor bancário nos EUA e na Europa

O dólar à vista retomou a trajetória de alta frente ao real nesta sexta-feira, refletindo nova piora no clima dos mercados internacionais, ainda na esteira da crise do setor bancário nos EUA e na Europa.

Mesmo após os socorros ao Credit Suisse e ao First Republic, investidores seguem ressabiados se há outras instituições na berlinda ou se as medidas adotadas até aqui serão suficientes para estancar a crise. Lá fora, o dólar seguia na mão contrária e caía em relação aos principais pares, com investidores reagindo à piora do dado de confiança da Universidade de Michigan, que também mostrou redução nas expectativas de inflação, o que pode servir de pretexto para o Fed tirar o pé do acelerador dos juros mais cedo.

Destaque para a forte valorização do iene japonês, visto como um porto seguro em meio à crise bancária, assim como o ouro. Aqui, o mercado seguiu em banho-maria, de olho no novo arcabouço fiscal, previsto para ser divulgado na próxima semana. A revisão de estimativas macro da Fazenda confirmou as expectativas de mais inflação e menos crescimento neste ano, embora com números mais otimistas do que as projeções do mercado no boletim Focus.

O dólar à vista fechou em alta de 0,58%, a R$ 5,2702, depois de oscilar entre R$ 5,2334 e R$ 5,2850. Na semana, a moeda subiu 1,19%. Às 17h06, o dólar futuro para abril avançava 0,67%, para R$ 5,2870. Lá fora, o índice DXY caía 0,49%, para 103,903 pontos. O euro subia 0,47%, a US$ 1,0663. A libra ganhava 0,52%, a US$ 1,2174. E o dólar caía 1,26%, para 131,940 ienes.

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(Com informações da BDM Online e Uol)