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Suzano (SUZB3): lucro dr R$ 7,4 bilhões no 4T22, melhor ano da história

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A Suzano reportou lucro líquido de R$ 7,459 bilhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), montante 222% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2021, informou a companhia nesta terça-feira (28). O consenso Refinitiv apontava para lucro líquido de R$ 5,08 bilhões no trimestre.

A empresa de papel e celulose (BOV:SUZB3) divulgou os resultados do 4T22 nesta terça-feira, 28. Confira o Press Release!

A empresa de papel e celulose explica que o resultado foi beneficiado pela “variação positiva no resultado financeiro, como resultado da valorização cambial sobre a dívida e sobre a marcação a mercado das operações com derivativos, e pelo aumento no resultado operacional, por sua vez em função da elevação da receita líquida e outras receitas operacionais, a despeito do maior CPV e maior SG&A”.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 8,175 bilhões no 4T22, um crescimento de 29% em relação ao 4T21 e praticamente em linha com o consenso Refinitiv, que previa Ebitda de R$ 8,2 bilhões.

A margem Ebitda ajustada atingiu 57% entre outubro e dezembro, alta de 2 p.p. frente a margem registrada em 4T21.

A receita líquida somou R$ 14,370 bilhões no quarto trimestre deste ano, crescimento de 25% na comparação com igual etapa de 2021 e acima dos R$ 13,5 bilhões previstos pelo consenso Refinitiv.

De acordo com a Suzano, o aumento da receita é explicado pelo maior preço médio líquido da celulose em dólar (+31%) e preço médio líquido de papel (+39%), apesar da depreciação do dólar médio em relação ao real (-6%) e menor volume vendido no período.

O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 2 bilhões no quarto trimestre de 2022, uma revertendo perdas financeiras de R$ 1,528 bilhão da mesma etapa de 2021.

A empresa explica que “as variações cambiais e monetárias aumentaram o resultado financeiro da Companhia em R$ 1,594 bilhões como consequência da valorização de 3,5% do real frente ao dólar de fechamento do 3T22, impactando a parcela da dívida em moeda estrangeira em R$ 2,162 bilhões (US$ 11,732 milhões ao final do 4T22)”.

As despesas despesas gerais e administrativas somaram R$ 616 milhões no 4T22, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2021.

A geração de caixa operacional foi de R4 6,463 bilhões no 4T22, um incremento de 34% na comparação ano a ano.

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 57,103 bilhões, um recuo de 2% na comparação com a mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2 vezes em dezembro/22, queda de 0,5 p.p. em relação ao mesmo período de 2021.

Projeções

A Suzano alterou sua estimativa de desembolso total operacional de R$ 1.500 por tonelada para, aproximadamente, R$ 1.750 por tonelada até 2027.

“São considerados na composição da mesma, os seguintes desembolsos operacionais: custo caixa de produção de celulose (incluindo paradas programadas) de R$ 708/t; custos e despesas logísticas, com vendas e administrativas de R$ 573/t; e investimentos de manutenção (capex de manutenção) de R$ 470/t.”

Cancelamento de ações

O Conselho de Administração da Suzano deliberou pelo cancelamento de 37.145.969 ações ordinárias atualmente mantidas em tesouraria, equivalentes a 92,86% do total de ações emitidas pela companhia, adquiridas no âmbito dos programas de recompra de ações da empresa aprovados em reuniões do Conselho de Administração realizadas em 4 de maio de 2022 e em 27 de julho de 2022.

Em razão do cancelamento de ações, o capital social da Suzano, de R$ 9,269 bilhões passa a ser dividido em 1.324.117.615 ações.

Teleconferência

A Suzano registrou em 2022 o melhor ano de sua história, com geração de caixa expressiva suportada por câmbio e preços elevados da celulose, disse nessa terça-feira (28), o presidente da companhia, Walter Schalka. Segundo ele, esses fatores mais do compensaram o aumento de custo com commodities.

Além do forte desempenho operacional e financeiro, observou o executivo, a Suzano teve conquistas importantes na área ambiental, tem projetos relevantes em curso e tornou mais competitiva sua base florestal, entre outros avanços. “A companhia tem feito investimentos expressivos, com um plano de R$ 18,5 bilhões para 2023”, afirmou.

Sobre a Kimberly-Clark

Nesse orçamento, estão incluídos os desembolsos com o Projeto Cerrado, que compreende a maior linha única de celulose do mundo e em novos negócios (como celulose microfibrilada), além de investimentos em manutenção e projetos de melhoria de competitividade. A Suzano aguarda ainda o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concretizar a compra dos ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil.

Conforme o executivo, embora a companhia esteja tocando um projeto do porte de Cerrado, neste momento o empreendimento preocupa menos do que custos e inflação. “Essa é a principal questão, saber quanto do custo hoje é conjuntural e quanto é estrutural. E com algum evento geopolítico mais relevante, que afete a demanda no mundo”, afirmou, acrescentando que o risco de o mundo entrar em recessão por causa dos níveis elevados de inflação e juros também é um ponto de atenção.

Junto com os resultados de 2022, a Suzano atualizou as projeções para o custo operacional total da celulose que produz e comercializa até 2027. A companhia esperava chegar a R$ 1,5 mil por tonelada no longo prazo, mas, diante da onda inflacionária recente, elevou a expectativa para R$ 1,75 mil por tonelada.

“A boa notícia é que vai ser R$ 270 abaixo do que é hoje”, disse o diretor de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano, Marcelo Bacci.

Em 2022, o aumento do custo caixa chegou a 28% em meio ao aumento de custo das commodities, e o desembolso operacional total da companhia chegou a R$ 2.022 por tonelada de celulose.

Concorrência global

Mesmo com a revisão, que leva a um custo total em dólares de US$ 336 por tonelada, uma alta de US$ 47 por tonelada, a Suzano segue bem mais competitiva que suas pares globais. Na indústria, o aumento de custos tem variado de US$ 50 a US$ 100 por tonelada, o que leva o custo marginal para níveis de US$ 600 por tonelada atualmente.

Segundo Bacci, o projeto Cerrado, que tem custo de produção ainda mais baixo do que o atual da companhia, iniciativas de produtividade e alguma normalização dos preços das commodities contribuirão para que a Suzano seja menos afetada por essas pressões externas.

Esse aumento generalizado de custos na indústria contribui para estabelecer um novo suporte aos preços internacionais da celulose, mas não está claro até que ponto irá a correção iniciada em dezembro, afirmou Schalka.

“Difícil saber em que preço a celulose vai chegar em 2023, mas temos uma percepção um pouco mais benigna do mercado”, comentou o executivo.

China de volta às compras

Segundo ele, a China voltou às compras em ritmo “bastante positivo” e, na Europa e nos Estados Unidos, o mercado de tissue segue crescendo. Há algum enfraquecimento no mercado de imprimir e escrever europeu, mas a demanda de celulose, no geral, está sadia, acrescentou.

Já o mercado de papel, tanto internacional quanto doméstico, caminha para ser mais fraco neste ano, uma vez que a inflação tem impacto no consumo.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Suno, Reuters e TC

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