ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for charts Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.

UBS suspende plano de recompra de ações após compra do Credit

LinkedIn

O UBS (NYSE:UBS) decidiu suspender o seu plano de recompra de ações após o anúncio da compra do rival Credit Suisse (NYSE:CS) por 3 bilhões de francos suíços, cerca de US$ 3,25 bilhões. A política de distribuição de dividendos do banco, porém, será mantida intacta, segundo o chairman do UBS, Colm Kelleher.

“É um dia histórico. Na Suíça é um dia que, francamente, esperávamos que não viesse”, disse ele, ao iniciar teleconferência com analistas para comentar a compra do Credit Suisse, neste domingo.

Kelleher reforçou que, a despeito da aquisição do Credit, o UBS segue “firmemente comprometido” com sua estratégia de crescimento orgânico. Ele afirmou que vários eventos nas últimas semanas instaram o UBS a considerar uma aquisição do Credit Suisse, motivada por órgãos reguladores da Suíça, para preservar a estabilidade financeira global.

Como consequência à aquisição, ele anunciou que no curto prazo, resultará na suspensão temporária de programa de recompra de ações do UBS. “Embora nossa política progressiva de dividendos permaneça intacta”, acrescentou o chairman do banco.

Kelleher afirmou ainda que, embora o UBS não tenha iniciado as discussões com o Credit, o banco considera a transação “financeiramente atraente” para os seus acionistas. De acordo com ele, a transação foi estabelecida de uma forma que vai proteger o banco de perdas adicionais e deve apoiar o crescimento dos lucros ao longo do tempo, fora que os termos da transação têm total apoio de os reguladores relevantes e assegura a estabilidade financeira para todos os nossos stakeholders.

“Isso inclui suporte de liquidez muito significativo fornecido pelo Swiss National Bank”, acrescentou.

UBS Compra o Credit Suisse 

O UBS concordou em comprar o Credit Suisse neste domingo por US$3,23 bilhões em ações, e concordou em assumir até US$5,4 bilhões em perdas, em um esforço conjunto liderado por autoridades suíças para estancar uma crise de confiança nos mercados globais.

Em comunicado, as autoridades suíças informaram que o acordo de aquisição envolve a oferta de 100 bilhões de francos suíços – equivalente a US$108 bilhões – pelo banco central suíço em assistência de liquidez para o UBS e para o Credit Suisse.

Segundo a autoridade supervisora do mercado financeiro da Suíça, a Finma, o Credit Suisse corria o risco de tornar-se “ilíquido”, mesmo que permanecesse solvente, o que motivou as autoridades regulatórias a tomarem medidas. A Finma aprovou a compra do Credit Suisse pelo UBS.

Para permitir que o UBS assumisse o Credit Suisse, o governo da Suíça também fornecerá uma garantia de perdas de no máximo 9 bilhões de francos (US$9,6 bilhões) para uma parte específica do portfólio do negócio. A garantia, entretanto, só será ativada caso haja perdas nessa carteira.

Caso seja ativada, o UBS assumiria as primeiras perdas até um montante total de 5 bilhões de francos suíços (US$5,3 bilhões). O governo suíço, então, assumiria os próximos 9 bilhões de francos suíços. Para além disso, o UBS assumiria quaisquer perdas adicionais.

“Com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, foi encontrada uma solução para garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça neste momento excepcional”, afirmou o banco central suíço.

Desde sexta-feira, as autoridades suíças debatiam cenários para resgatar o Credit Suisse, um dos maiores gestores de patrimônio global, antes da reabertura dos mercados, na segunda-feira.

A Finma também pontuou que embora tenha aprovado a aquisição, as medidas recentes, por si só, “não são suficientes para restaurar a confiança no CS” e que opções de maior alcance foram também examinadas.

Mais cedo, a Bloomberg reportou que as autoridades da Suíça enxergavam uma potencial nacionalização integral ou parcial do Credit Suisse como a única opção viável para o credor além da eventual compra pelo UBS.

O UBS reportou, na semana passada, “fraquezas materiais” em seus procedimentos de controle, e um acionista de referência negou a possibilidade de injetar capital na companhia. Os desdobramentos, então, assustaram os investidores.

O Credit Suisse tem sido um dos principais nomes envolvidos na turbulência financeira ocasionada pela falência do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, na semana passada. Na quarta-feira, o Credit Suisse já havia recorrido a um empréstimo de US$54,0 bilhões do banco central suíço.

Deixe um comentário