Os principais mercados europeus fecharam o pregão desta terça-feira em queda, com os investidores cautelosos antes de uma importante votação do acordo sobre o teto da dívida dos Estados Unidos nesta semana.

Os traders ao redor do mundo estão atentos ao Congresso dos Estados Unidos, onde a votação do acordo entre a Casa Branca e a oposição republicana está programada para quarta-feira (31). No entanto, existe a preocupação de que legisladores republicanos possam rejeitar o acordo, o que poderia levar a maior economia do mundo a entrar em default nos próximos dias.

A aprovação desse projeto de lei exigirá habilidades políticas para garantir sua passagem tanto na Câmara dos Representantes, onde os republicanos têm controle, quanto no Senado, controlado pelos democratas, antes do prazo final estabelecido pelo Tesouro em 5 de junho.

“Após semanas de negociações difíceis, o presidente Biden e o presidente republicano McCarthy chegaram a um acordo de princípio sobre o teto da dívida. Espera-se que o acordo receba a aprovação de ambas as casas do Congresso, embora alguns republicanos devam votar contra o acordo”, diz o analista de mercado da Oanda, Kenny Fisher.

“Os rendimentos dos EUA subiram nas últimas semanas, impulsionados pela incerteza que levou os investidores a buscar ativos portos-seguros. O dólar americano também se beneficiou da crise, e a questão permanece se um acordo verá um aumento no sentimento de risco que esfriará o dólar quente dos EUA”, completa.

Na Europa, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou uma eleição geral antecipada para 23 de julho, após seu partido socialista sofrer grandes perdas nas eleições regionais. Enquanto isso, a lira turca continua a se desvalorizar, atingindo uma nova mínima histórica nesta terça-feira, após a reeleição do atual presidente Recep Tayyip Erdogan.

Nesta semana, os dados da inflação na zona do euro serão divulgados, porém, espera-se que não tenham um impacto significativo nas perspectivas das taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, as expectativas do mercado em relação a um aumento da taxa do Federal Reserve (Fed, o banco central norteamericano) em junho continuam a crescer, com uma probabilidade de 60% de uma nova alta de 0,25 ponto percentual (pp) na próxima reunião.

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