A ação do governo para aumentar seu poder de voto na Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET5) (BOV:ELET6) foi vista por investidores em NY como uma “manobra”, apurou o Broadcast.
Embora a União tenha contestado na Justiça especificamente o limite de 10% de direito a voto, não obstante tenha 43% em participações direta e indireta, na prática funcionaria como uma reversão da privatização, já que o governo passaria a ter forte poder decisório frente aos demais acionistas.
“[Essa ação] pega mal é para o governo brasileiro, passa a impressão de querer ser esperto, que essa seria uma ação de esperteza”, disse uma fonte próxima à companhia.
“Reduzir ou desacelerar algumas privatizações pode ser aceitável; revertê-las não é”, avaliou o economista Nouriel Roubini, durante evento promovido pelo Citi em NY.
A cláusula que determinou o limite de 10% de poder de voto para todos os acionistas foi considerada uma medida fundamental para atrair investidores para a operação, que resultou em uma capitalização da companhia em R$ 33 bilhões, com a diluição da participação da União para menos de 50%.