Ibovespa cai 0,20%, acompanhando queda das ações da Vale, que caíram após cortes das taxas de juros na China

O Ibovespa caiu 0,20% e fechou a 119.622 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 19,4 bilhões. O mercado acompanhou a queda das ações da Vale (VALE3), que recuaram 2,58% a R$ 67,61 com os contratos futuros do minério de ferro, que caíram após os cortes das taxas de juros na China menores do que o esperado pelo mercado, enquanto a recuperação da economia dá sinais de desaceleração.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

João Piccioni, analista da Empiricus Research, diz: “é observável um desempenho mais enfraquecido das empresas ligadas à China, ou até mesmo das empresas chinesas. Esse desempenho atrelado à economia doméstica chinesa está causando certa reverberação nas bolsas no exterior, e, no Brasil, prejudica principalmente as ações de commodities”.

Além disso, o mercado operou cauteloso antes da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta próxima quarta-feira (21) sobre os próximos passos da política monetária no Brasil. Segundo Dierson Richetti, especialista da GT Capital: “acredito que teremos uma manutenção da taxa Selic, atualmente em 13,75%, porém com um comunicado mais brando prevendo uma redução da taxa de juros”.

Liderando as altas, a BRF (BRFS3) e a Raízen (RAIZ4) subiram, respectivamente, 4,97% a R$ 9,71 e 4,28% a R$ 4,14. A Raízen foi impulsionada depois que analistas do Bank of America reiteraram recomendação de “compra” para as ações da empresa e elevaram o preço-alvo de R$ 5,0 para R$ 5,9, estimando crescimento da ordem de 25% ao ano dos lucros da companhias de 2024 a 2026.

Na ponta negativa, as ações da Embraer (EMBR3) e da Braskem (BRKM5) caíram 4,70% a R$ 19,25 e 2,91% a R$ 30,05. A Embraer recuou mesmo em meio a uma batelada de anúncios sobre pedidos de aeronaves e parcerias envolvendo a controlada Eve durante o Paris AirShow, na França. E a Braskem caiu em um movimento de correção após forte valorização recente, com a alta no mês alcançando 37,8% até segunda-feira (19).

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram com dados do setor imobiliário melhores do que o esperado, alimentando temores de mais aumentos de juros pelo Federal Reserve, com os mercados voltando a operar nesta terça-feira (20) após o feriado da véspera.

Na Europa, as ações alemãs caíram com os papéis da fabricante de especialidades químicas Lanxess, depois de a empresa reduzir sua previsão de lucros, enquanto um modesto corte nos juros por Pequim fez pouco para melhorar o sentimento dos investidores entre nomes da Europa expostos à China.

Acompanhe as altas e baixas da bolsa nos últimos dias:

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

BRFS3: +4.83% a R$ 9.70
RAIZ4: +4.53% a R$ 4.15
ENGI11: +4.28% a R$ 47.02
JBSS3: +4.15% a R$ 19.34
LREN3: +3.85% a R$ 21,58

• BAIXAS IBOVESPA

EMBR3: −4.65% a R$ 19.26
BRKM5: −2.91% a R$ 30.05
VALE3: −2.58% a R$ 67.61
CSNA3: −2.24% a R$ 13.12
WEGE3: −1.91% a R$ 36.95

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

• 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

  Americanas (AMER3)

  Exigências legais para a aprovação do acordo entre a Americanas e os bancos credores, além de minúcias defendidas pelos jurídicos de todos os bancos envolvidos levaram a previsão para a conclusão do acerto de junho para setembro, informa o Estadão. Saiba mais…

  A Americanas divulgou comunicado em resposta a um texto do Estadão, segundo o qual as negociações com os bancos credores da varejista devem ser concluídas em setembro. Saiba mais…

  Cemig (CMIG3/CMIG4)

  A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, sem restrições, a venda de participações da Cemig em hidrelétricas para a Furnas Centrais Elétricas. Saiba mais…

  Cielo (CIEL3)

  A Cielo informou que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região homologou a desistência, pela companhia, de um processo em que questionava a majoração da alíquota da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) entre os exercícios de 2004 e 2017. Saiba mais…

  Cosan (CSAN3)

  A Cosan anunciou que sua subsidiária Cosan Luxembourg S.A. pretende emitir senior notes a serem garantidos pela Cosan. Saiba mais…

  Eletrobras (ELET3/ELET5/ELET6)

  A Eletrobras está atualmente considerando a possibilidade de vender algumas de suas usinas termelétricas como parte de sua estratégia para atingir a neutralidade de carbono. Esses planos serão apresentados ao mercado durante o Investor Day da empresa no próximo mês, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto que falaram à Mover sob anonimato. Saiba mais…

  Embraer (EMBR3)

  A Eve Air Mobility (Eve), da Embraer, assinou duas cartas de intenção (LOI): uma com a Nordic Aviation Capital para até 30 aeronaves elétricas e de pouso vertical (eVTOL); e a outra com a Voar Aviation para avaliar a compra e venda de 70 eVTOLs que serão operadas em várias localidades do Brasil. Saiba mais…

  A Eve Air Mobility (Eve) anunciou a extensão de sua parceria com a Widerøe Zero, iniciativa da Widerøe voltada para a aviação sustentável, por meio de uma carta de intenção (LOI). O acordo envolve até 50 eVTOLs, um pacote de soluções de serviço e operação, bem como a implementação da solução de software de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano (Urban ATM) da Eve. Saiba mais…

  A Embraer divulgou suas perspectivas de mercados para os próximos 20 anos, período para o qual estima demanda global de 11 mil novos jatos e turboélices de até 150 assentos, um mercado avaliado em US$ 650 bilhões. Saiba mais…

  A Embraer revelou a Azorra, crescente força no setor de leasing, como sendo o cliente não revelado de um pedido de 15 aeronaves E195-E2, anunciado em janeiro deste ano. Saiba mais…

  A Republic Airways, uma das maiores companhias áreas regionais dos Estados Unidos, uniu-se ao Grupo Consultivo do projeto Energia da Embraer. O Grupo é formado por um time de companhias aéreas, empresas de leasing de aeronaves, fornecedores e outros especialistas em aviação que assessoram o projeto Energia da Embraer para desenvolver aeronaves sustentáveis para o futuro. Saiba mais…

  A Avolon, empresa líder mundial em leasing de aeronaves, assinou um acordo de venda e arrendamento com a Porter Airlines para 10 novas aeronaves Embraer E195-E2, com preço de lista de US$ 841,2 milhões. As novas aeronaves irão apoiar a expansão da Porter para rotas domésticas no Canadá e, no futuro, para a América do Norte. Essa é a primeira aquisição de aeronaves da família E2 pela Avolon. Saiba mais…

  A American Airlines assinou um pedido firme com a Embraer para sete novos E175. A aeronave será operada pela subsidiária integral da American, a Envoy Air, informou a Embraer. Saiba mais…

  A Recaro Aircraft Seating e a Embraer fecharam um acordo para desenvolver opções de assentos para as aeronaves E1 e E2. As opções serão oferecidas no formato Supplier Furnished Equipment (SFE), e irão incluir os assentos líderes de vendas para classe econômica BL3710 e SL3710, que estarão disponíveis para aeronaves novas ou reconfigurações. Saiba mais…

  A Binter, companhia aérea das Ilhas Canárias, fez um pedido firme de seis aviões Embraer E195-E2, jato de corredor único mais silencioso, sustentável e eficiente do mercado. Após a conclusão das entregas, a Binter terá uma frota de 16 jatos E2. Saiba mais…

  GPA (PCAR3)

  O Grupo GPA celebrou uma transação de Sale and Leaseback, que consiste em vender e depois arrendar imóveis vendidos. Saiba mais…

  Irani (RANI3)

  A Irani obteve uma decisão judicial favorável reconhecendo o direito ao crédito de PIS e Cofins sobre as aquisições de aparas. Saiba mais…

  Light (LIGT3)

  Em documento adicionado ao processo de recuperação judicial da Light, a companhia elétrica questionou as assembleias de debenturistas feitas e alegou que o acesso à informação e transparência foram “gravemente cerceados” pelos agentes fiduciários. Saiba mais…

  Magazine Luiza (MGLU3)

  Em meados de abril, Frederico Trajano, o CEO do Magazine Luiza, precisava reorganizar o KaBuM!, e-commerce de tecnologia comprado há quase dois anos. Os fundadores do negócio, os irmãos Leandro e Thiago Ramos, foram demitidos junto a outros executivos de confiança da dupla. O desafio não era trivial, mas Frederico resolveu escalar um veterano da casa para a missão. Saiba mais…

  Oi (OIBR3/OIBR4)

  A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu levar ao Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido para tentar resolver o imbróglio bilionário da concessão de telefonia fixa da Oi por meio de um acordo com a operadora. A medida foi aprovada pelos membros do conselho diretor no começo da noite desta segunda-feira, 19. Saiba mais…

  Petrobras (PETR3/PETR4)

  A Petrobras informa que o navio-plataforma Sepetiba, do tipo FPSQ deixou o estaleiro Bomesc, em Tianjin, na China, em direção ao Brasil. A primeira parada será em águas abrigadas de Angra dos Reis (RJ), onde a unidade passará por inspeções técnicas e legais, previstas para setembro. Saiba mais…

  Randoncorp (RAPT3/RAPT4)

  A Randoncorp encerrou o programa de recompra de ações de emissão da própria Companhia. Saiba mais…

  Rumo (RAIL3)

  Os conselhos de administração da Rumo e da Rumo Malha Norte aprovaram reorganização societária das empresas, que consiste na cisão parcial da Malha Norte com a versão do Acervo Cindido para a Rumo. Saiba mais…

  São Martinho (SMTO3)

  A São Martinho registrou baixa de 32,6% no lucro líquido no quarto trimestre da safra 2022/23 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 225,4 milhões para R$ 151,9 milhões. Saiba mais…

  Usiminas (USIM5)

  O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a operação de compra e venda de ações ordinárias da Usiminas entre membros do grupo siderúrgico Ternium (TT) e da Nippon Steel (NSC), disse a Usiminas. Saiba mais…

  Vale (VALE3)

  O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês) despontou como o principal favorito para adquirir uma participação nas operações multibilionárias de níquel e cobre da Vale, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto. Saiba mais…

  (Com informações da Forbes Money e Momento B3)