O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), Claudio Schlosser, afirmou que assim que a demanda do Centro-Oeste se mostrar atrativa, a estatal deve tirar do papel a ampliação da capacidade do oleoduto de produtos claros conhecido como Osbra, que liga a refinaria em Paulínia, São Paulo, Replan, até o Terminal de Brasília, no Distrito Federal. Atualmente, esse transporte é feito por via rodoviária.
“Estamos trabalhando na ampliação da capacidade do Osbra, para fazer uma transferência maior ao Centro-Oeste até Rondonópolis. A partir do momento que a demanda cresce, obviamente os novos modais passam a ser mais atrativos. Pode ser por ferrovia, e pode ser uma extensão do Osbra até Rondonópolis ou pontos mais acima”, disse Schlosser, após apresentação na Rio Pipeline, maior evento do segmento de dutos do País.
Segundo Schlosser, hoje, esse duto, que teria cerca de 1,5 mil quilômetros, não seria viável, mas com o crescimento do agronegócio na região Centro-Oeste, poderá se tornar realidade.
No momento, informou o diretor, a companhia avalia a antecipação de um oleoduto que está previsto para 2030, para substituir o oleoduto que liga o terminal de São Sebastião, em São Paulo, à Replan, cujo novo traçado foi decidido no mês passado. A mudança foi necessária devido à densidade populacional da região.
“Estamos trabalhando e vamos implementar uma mudança do traçado do sistema dutoviário. O duto atual passa por muitas comunidades e estão alterando o traçado. Vamos iniciar a construção o mais rápido possível e o trajeto passa pela Replan e Revap (SP)”, disse o executivo.
Pela nova configuração, o duto sairá da região metropolitana de São Paulo e irá até o Porto de Santos, passando por São José dos Campos.
“A ideia é fazer investimento o mais rápido possível, vai trazer combustíveis claros para o Porto de Santos, estamos levantando os custos”, informou. “Com isso vamos trazer mais segurança e confiabilidade para o duto”, adicionou.