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Bom Dia ADVFN: Mercados em queda após Fed agressivo e antes da decisão do BoE (21/09/2023)

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Um dia depois de o Federal Reserve manter inalterada a taxa de juros nos Estados Unidos, as bolsas internacionais operam em baixa, repercutindo o comunicado da autoridade monetária, que projeta um novo aumento dos juros ainda este ano. No Brasil, os investidores digerem o corte da Selic em 50 pontos-base.

Como a manutenção dos juros pelo Fed já estava precificada, os agentes se atentaram aos detalhes do comunicado, que endureceu a postura, com a projeção de um novo aumento dos juros ainda este ano e um cenário ainda muito apertado em 2024, uma vez que a inflação está muito acima da meta de 2%.

Na Europa, além da decisão do Fed, os investidores aguardam a decisão de juros pelo Banco do Inglaterra (BoE), às 8h, que tem a expectativa de uma elevação na taxa em 25 pontos-base, passando de 5,25% para 5,5% ao ano, um dia depois de os dados de inflação no Reino Unido virem melhor que o esperado.

Às 11h, está previsto um discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, além da divulgação do índice de confiança do consumidor na zona do euro de setembro, com expectativa de um queda de 16,5 pontos.

Na Ásia, os mercados encerraram em queda, influenciados pela decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Nem mesmo a elevação do tom do governo chinês, que vai acelerar a adoção de medidas de estímulos, foi suficiente para animar os agentes. A China informou que vai acelerar a adoção de medidas para consolidar a recuperação econômica e desenvolver um setor industrial avançado.

Além disso, o gigante asiático vai pressionar para que as medidas já lançadas entrem em vigor e mobilizem totalmente o entusiasmo das empresas.

Essa iniciativa é muito bem vista pelo mercado, já que, a depender das novas medidas, elas têm o potencial de fazer emergir o mercado imobiliário e o financeiro, propulsores da economia local.

Nos EUA, com uma decisão de juros sem surpresa, os agentes se debruçam pelas novas projeções da economia contidas no “Dot-Plot”. No documento, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) foi revista de 1,0% para 2,1% em 2023, enquanto para 2024 a expansão econômica subiu para 1,5%, ante 1,1%.

Os membros do Fed também mantiveram a projeção para o nível terminal dos juros neste ano, a 5,6% – sem mudanças em relação a junho. Essa projeção implica em mais uma alta da taxa-alvo Fed Funds em 25 pontos-base, para o intervalo entre 5,50% e 5,75%.

Durante coletiva de imprensa, logo após a decisão que manteve a taxa, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que manter o patamar de juros não significa que o nível procurado foi atingido, uma vez que trazer a inflação à meta de 2% é um processo longo.

“Estamos preparados para elevar mais os juros, caso seja necessário. A maioria dos membros do Fed creem ser provável mais uma alta dos juros, uma vez que a inflação segue bem acima da meta perseguida pela Fed”, afirmou Powell.

Na agenda do dia, destaque para os dados semanais de seguro-desemprego, às 9h30, que tem a previsão de 225 mil novos pedidos, uma alta em comparação à semana anterior, quando havia registrado 220 mil.

No mesmo horário, ainda serão divulgados o saldo da conta corrente de junho, com previsão de déficit de US$221 bilhões, e o índice de manufatura do Fed de Filadélfia, que tem consenso de uma queda de 0,70% em setembro. Às 11h, será a vez da venda de casas usadas de agosto.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic em 50 pontos-base, como esperado pelo mercado, reduzindo a taxa de 13,25% para 12,75% ao ano.

No comunicado, o colegiado indicou que manterá a magnitude de corte de 50 pbs na próxima reunião, e que este é o ritmo adequado para o processo desinflacionário no país. Porém, o BC enfatizou a importância do equilíbrio das contas públicas para a ancoragem das expectativas de inflação, como a meta do governo de déficit zero em 2024.

Um dia depois da decisão, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de volta ao país depois de acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Nova York, almoçam em Brasília.

Às 10h, a Receita Federal vai divulgar os dados da arrecadação do mês de agosto, com uma estimativa de R$172,5 bilhões, sendo que em julho o número foi de R$201,8 bilhões.

No âmbito político, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido), afirmou, ontem, que a votação do Desenrola Brasil, programa para renegociação de dívidas, será a prioridade do Senado na semana que vem. Isso porque a data limite para aprovar a matéria é o dia 3 de outubro.

Ontem, o Ibovespa encerrou em alta, após manutenção dos juros nos EUA e à espera do Copom, que cortou a Selic em 50 pbs. No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta, impactado pelas declarações mais duras do Fed.

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