Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.
Em agosto, as novas inadimplências corporativas globais atingiram 16, a maior quantidade para o mês desde 2009, segundo relatório recente da S&P Global (NYSE:SPGI). Esse é mais um indicador do crescente estresse no setor corporativo.
A S&P Global também é negociada na B3 através do ticker (BOV:SPGI34).
Ainda que normalmente se observe uma redução nas inadimplências durante o verão, o registro de agosto superou a média habitual do mês, que era de 8,6 nos anos anteriores.
Com isso, o total global de inadimplências corporativas chegou a 107 até o momento, com a maior parte originária da Europa e dos EUA.
A S&P prevê que essa tendência não irá desacelerar em breve. O aumento nas taxas de juro está pressionando empresas com custos de financiamento crescentes e dívidas próximas do vencimento. O relatório projeta que a inadimplência nos EUA poderá alcançar 4,5% até junho de 2024, em comparação com os 3,5% registrados em julho de 2023. Na Europa, a taxa pode chegar a 3,75% até junho de 2024, uma alta em relação aos 3,1% de julho de 2023.
Setorialmente falando, a área de mídia e entretenimento representou um terço das inadimplências nos EUA e 25% do total em agosto. Na Europa, o segmento de produtos de consumo foi o mais impactado, de acordo com a análise da S&P.
A boa notícia é que os mercados emergentes apresentam uma tendência de queda nas inadimplências. No entanto, as empresas na América Latina mostram-se uma exceção, com 13 dos 14 casos de inadimplência registrados nesses mercados ao longo do ano.
