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Carrefour (CRFB3): lucro líquido de R$ 132 milhões no 3T23, queda de 59,1%

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O Carrefour Brasil teve lucro líquido de R$ 132 milhões no terceiro trimestre de 2023, queda de 59,1% na base de comparação com igual período de 2022.

Segundo a companhia, o resultado foi impactado por efeitos financeiros e tributários e diante de queda nas vendas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado teve baixa anual de 13,4% somando R$ 1,47 bilhão. Segundo projeção média do consenso LSEG com analistas, a projeção era de Ebitda ajustado de R$ 1,37 bilhão.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 586 milhões no trimestre, ainda assim uma perda 20,9% menor em comparação ano a ano.

As vendas brutas consolidadas da varejista, que opera marcas como Carrefour e Atacadão, foram de R$ 28,2 bilhões, 3,9% abaixo frente o 3T22, com pressão de volumes e da deflação alimentar, que reduz o valor dos produtos vendidos. O números de vendas foi divulgado na semana passada pelo grupo em prévia operacional.

Quanto à rentabilidade, a margem bruta do Carrefour Brasil ficou em 20,1% no trimestre encerrado em setembro, de 19,9% um ano antes, enquanto a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) ajustada caiu de 6,4% para 5,7%.

O Carrefour Brasil finalizou neste ano a conversão de mais de 120 lojas adquiridas do Grupo BIG e, agora, trabalha na maturação desses pontos.

As despesas gerais, com vendas e administrativas do grupo subiram 3,3% ano a ano, para R$ 3,7 bilhões.

No Banco Carrefour, a inadimplência acima de 90 dias ficou em 13,5%, contra 13,7% no segundo trimestre de 2023.

Os resultados da Carrefour (BOV:CRFB3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 31/10/2023.

Teleconferência

O Carrefour Brasil acredita que o cenário projetado por eles para a inflação deve beneficiar a margem bruta do Atacadão nos próximos trimestres, disse a gestão da maior rede varejista de alimentos do país em teleconferência de resultados nesta quarta-feira.

Segundo o balanço do grupo, divulgado ontem, a margem bruta do Atacadão – principal unidade de negócios da empresa – ficou em 15,7% no terceiro trimestre, um aumento de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.

Logo abaixo, seguem os destaques da call referente ao balanço do terceiro trimestre do Carrefour Brasil, com comentários do diretor-presidente (CEO), Stéphane Maquaire, e do diretor vice-presidente de finanças e de relações com investidores (CFO), Eric Alencar.

A margem bruta do Atacadão, de acordo com o CEO do grupo, mostra a capacidade da companhia em enfrentar situações difíceis mesmo em um ambiente com deflação de preços ao produtor, como ocorreu entre o segundo e o terceiro trimestre. O executivo acredita ainda que as margens devam seguir nos níveis atuais nos próximos trimestres.

Segundo o CFO, o cenário futuro para as perspectivas de inflação é mais positivo do que o atual, o que deve fortalecer as margens da empresa, que busca manter a disciplina para um negócio mais sustentável e “garantir o melhor preço final para o consumidor”.

Alencar prevê ainda uma melhora drástica nas despesas do Carrefour Brasil nos próximos trimestres, com os gastos de conversão das Lojas BIG praticamente acabando, enquanto as despesas de reestruturação continuarão, “mas muito menores do que antes”, segundo o executivo.

Questionados sobre a abertura de novas lojas para 2024, os gestores afirmaram que ainda não há uma decisão definitiva sobre o tema, e tais planos devem ser discutidos possivelmente no quarto trimestre.

Já a alavancagem atual, em 2,27 vezes, é vista como confortável pelo Carrefour, de acordo com o CFO. No entanto, Alencar reiterou que há um trabalho sendo realizado para reduzir este índice por meio da geração de caixa, o que deve influenciar nas decisões de investimentos para o próximo ano.

Por volta das 11h55, as ações ordinárias do Carrefour Brasil subiam 4,24%, a R$9,34, enquanto o Ibovespa operava em alta de R$1,56%, a 114.908 pontos. Nos últimos 12 meses, os ativos da companhia na B3 acumulam queda de 51,03%. Neste ano, os papéis recuam 35,92%.

VISÃO DO MERCADO

Apesar das baixas na comparação anual, os ativos CRFB3 sobem forte na Bolsa nesta quarta-feira (1). Às 10h24 (horário de Brasília), a alta era de 4,12%, a R$ 9,34.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI considera que o resultado trouxe “sentimentos mistos” porque, apesar de trazer números melhores que o trimestre anterior, a companhia evidencia “contratempos importantes na execução e estrutura de capital”. Os desafios podem afetar o potencial de geração de fluxo de caixa da empresa, em especial em um contexto de dificuldades macroeconômicas com deflação de alimentos, como se vê.

Entre os pontos positivos, o BBI destaca o desempenho sólido do Atacadão, crescimento de ganhos do Carrefour Bank, que avançou 57% em relação ao ano anterior, gestão considerada “consistente” do capital de giro, que incluiu aumento de 10 dias para os fornecedores e taxa de execução anual de R$ 1,3 bilhão.

Já os aspectos negativos apresentados pelo balanço, de acordo com a análise do banco, foram as margens consideradas baixas de Ebitda em 1,7% para Carrefour no Varejo e em 4% para Sam’s Club, esta última impactada pela abertura de lojas, a reversão de provisões e o FCF (fluxo de caixa livre) negativo acima de R$ 1,5 bilhão com impacto de R$ 1 bilhão em despesas de capital, R$ 700 milhões em necessidades de capital de giro e resultado financeiro líquido de R$415 milhões.

Ainda assim, o BBI considera que a visão de longo prazo para o nome é positiva, com preço sobre lucro de 11,2 vezes para 2024. No momento, a classificação segue como Outperform (desempenho acima da média, similar à compra) e preço-alvo de R$ 16,00 para fim de 2024.

Itaú BBA

De acordo com o Itaú BBA, os dados vieram “melhores que o esperado”. A análise destacou que, dada as expectativas baixas para o balanço, seria possível que houvesse uma reação positiva do mercado. Na prática, os números trouxeram “tendências de rentabilidade mais saudáveis que o esperado no braço de Cash&Carry”.

“Vale a pena destacar que os resultados do terceiro trimestre de 2023 refletiram alguns impactos positivos pontuais nos resultados financeiros”, diz o BBA. Um dos pontos de destaque na visão do banco foi a rentabilidade do Atacadão, que apresentou expansão da margem bruta em 90 pontos base em relação à 2022. Com isso, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) se manteve, o que se apresenta como 100 pontos base acima da estimativa do BBA.

Além disso, a melhora no capital de giro, oferecendo dinâmicas mais positivas com fornecedores, e a aceleração na rampa de lançamentos chamaram atenção positivamente.

“O trimestre foi marcado por impactos positivos pontuais nos resultados financeiros relacionados a reversões de provisões de contingência; estimamos que esse impacto seja de aproximadamente R$ 200 milhões e ajustamos o lucro líquido por isso”, comenta o BBA.

Morgan Stanley

O Morgan Stanley mantém a recomendação em Overweight (exposição acima da média, similar a compra), com mesmo preço-alvo estabelecido pelo BBI. O banco considerou que “a deflação de alimentos impactou as vendas, e os ventos contrários da integração do BIG afetaram o Carrefour Retail, enquanto a captura de sinergias, o Ebitda do banco e a expansão da margem do Atacadão foram pontos positivos”.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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