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Os mercados globais operam de forma divergente nesta terça-feira, enquanto os investidores aguardam os resultados trimestrais nos Estados Unidos e a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para as 16h. No cenário brasileiro, estão em destaque as declarações de Roberto Campos Neto e rumores relacionados à Petrobras.
Embora persista uma falta de consenso entre os membros do FOMC em relação ao termo do ciclo de aumento das taxas de juros, os agentes financeiros não anteciparam novos aumentos nas taxas de juros nos EUA. Vários indicadores econômicos, incluindo a inflação do mês passado, mostraram um comportamento mais moderado em comparação com meses anteriores.
Nesse contexto, a expectativa dos investidores gira em torno das sinalizações de que o Federal Reserve pode oferecer nenhum documento sobre a economia dos EUA no curto prazo. Como resultado, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) estão em queda nesta manhã, com o título de dez anos, amplamente apoiados no mercado global, caindo mais de 1 ponto-base.
No cenário empresarial, os analistas aguardam ansiosamente os resultados da gigante Nvidia após o fechamento do mercado. As projeções apontam para uma receita de US$ 16,1 bilhões no terceiro trimestre, um aumento significativo em relação aos US$ 5,93 bilhões registrados no segundo trimestre. Além disso, há interesse em compreender os impactos das restrições que uma empresa enfrenta ao exportar chips de alta tecnologia para a China.
Na Ásia, os mercados fecharam em baixa, com os investidores aguardando a divulgação da informação do FOMC e ainda refletindo os esforços do governo chinês para revitalizar o setor imobiliário. A Sunac, uma das maiores empresas imobiliárias chinesas, registrou um aumento de 27%, impulsionado pelo anúncio de que atendeu às condições de reestruturação.
Na Europa, o endividamento público do Reino Unido, excluindo bancos, atingiu 14,89 bilhões de euros em outubro, superando as expectativas e registrando o segundo nível mais alto para o mês desde 1993, quando iniciou uma série histórica. Às 13h, está previsto um discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
Nos EUA, o Fed de Chicago divulga, às 10h30, o índice de atividade econômica de outubro. Às 12h, serão divulgadas as vendas de casas existentes, com uma projeção de 3,9 milhões em outubro, enquanto às 18h30, a API divulgará o estoque semanal de petróleo.
No âmbito local, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado pode analisar o projeto de lei que visa tributar os fundos exclusivos e offshores. Além disso, a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Prates, após desentendimentos anteriores, é outro tema de interesse dos investidores.
Às 16h, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participa de um evento em Brasília e, às 19h, concederá uma entrevista para a Bloomberg TV.
No dia anterior, o Ibovespa subiu em alta, impulsionado pelo desempenho da Vale e pela redução nas projeções de inflação. No mercado de câmbio, o dólar registrado em queda, influenciou pelo aumento dos preços das commodities.
