O dólar oscila na abertura e há pouco renovava mínima, na contramão do desempenho da moeda ante pares e emergentes. A divisa cai a R$ 4,8727 (-0,31%), com possível fluxo, enquanto no exterior recupera perdas recentes, com o índice do dólar DXY avançando 0,36% (105,599), depois de ceder 1,3% na semana passada, a queda mais acentuada desde meados de julho.
Os rendimentos dos Treasuries estão mistos, com alta nos mais curtos e queda nos mais longos antes de Powell falar novamente, nesta 4ªF e 5ªF, para ver se ele reitera a agressividade de Neel Kashkari (Fed de Minneapolis), que sugeriu mais aperto para controlar a inflação resistente.
Mais cedo, o Banco Central publicou a ata do Copom sobre a decisão que levou a Selic para 12,25% na semana passada. O documento mostrou que os diretores demonstraram preocupação com a credibilidade da meta fiscal, após o imbróglio entre o governo e a equipe econômica, e as consequências à inflação que uma deterioração da política fiscal pode causar.
“O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco”, aponta um trecho.
Os DIs com vencimentos em jan/25 recuavam 0,5 ponto-base, a 10,86%, enquanto os vértices para jan/27 e jan/31 caíam 2,0 pontos-base e 1,0 ponto-base, respectivamente, a 10,88% e 11,47%.
Os juros futuros brasileiros têm leve queda, em linha com o movimento das Treasuries americanas longas. No exterior, as atenções estão voltadas para discursos de membros do Fed que acontecem ao longo do dia, com potenciais sinalizações sobre a política monetária dos EUA. Nos últimos dias, cresceu a expectativa de pausa na alta dos juros, com possível início do ciclo de baixas no próximo ano.