Durante um julgamento antitruste em Washington, conduzido pelo Departamento de Justiça, emergiram informações significativas sobre a parceria financeira entre o Google (NASDAQ:GOOGL) e a Apple Inc (NASDAQ:AAPL). Segundo Kevin Murphy, um renomado economista da Universidade de Chicago e testemunha no caso, o Google repassa 36% de seus ganhos advindos de anúncios no navegador Safari para a Apple. Esta informação, divulgada na segunda-feira pela Bloomberg, era supostamente para ser mantida em sigilo.
A Alphabet e a Apple também são negociadas na B3 através dos tickers (BOV:GOGL34) e (BOV:AAPL34), respectivamente.
John Schmidtlein, advogado-chefe do Google, mostrou-se claramente perturbado pela revelação de Murphy, indicando a sensibilidade deste dado.
As duas gigantes da tecnologia, Google e Apple, têm se esforçado para manter os detalhes de seu acordo comercial sob sigilo. Em uma recente manifestação judicial, o Google expressou preocupação de que a divulgação de mais informações sobre esse acordo poderia prejudicar injustamente sua posição competitiva no mercado, afetando não apenas seus concorrentes, mas também outros parceiros comerciais.
Desde 2002, a Apple e o Google mantêm uma aliança estratégica, onde o Google é o motor de busca padrão no navegador Safari da Apple. Este acordo é particularmente crítico, pois estabelece o Google como o motor de busca padrão nos iPhones, que são os smartphones mais populares nos Estados Unidos.
O Departamento de Justiça dos EUA está analisando este acordo como um potencial indicativo da manutenção ilegítima da posição dominante do Google nos mercados de motor de busca e publicidade online.