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A Gol conseguiu uma janela de mais 30 dias para negociar seus contratos de arrendamento de aviões com a AerCap. A empresa, com sede na Irlanda, é um dos maiores arrendadores da Gol, junto com a Avolon.
Documentos enviados à Justiça de Nova York apontam 39 aviões arrendados à Gol (BOV:GOLL4) pela AerCap, além de peças como motores. A postergação diz respeito ao prazo da Convenção da Cidade do Cabo, que o Brasil é signatário.
Essa convenção estabelece um período de 30 dias, com possibilidade de prorrogação, em que as aéreas em recuperação judicial não podem ter suas aeronaves tomadas pelos arrendadores e nem a execução de débitos. O primeiro prazo venceu no dia 25 passado. Segundo o documento, as partes concordaram com a prorrogação até dia 25 de março.
A Convenção da Cidade do Cabo e sua aplicação é tema já levantado pela Aviation Working Group (AWG). A Justiça americana, entretanto, costuma fornecer mais prazo para que as negociações aconteçam: cerca de 120 dias. A negociação dos contratos de aviões é uma das partes mais difíceis para a Gol na recuperação judicial nos EUA.
Ao contrário dos seus concorrentes, seu processo acontece em meio a uma forte demanda por aeronaves, em que as fabricantes estão com dificuldade para entregar novas unidades. Além do maior prazo, outro documento mostra que a Gol conseguiu ainda a liberação de um Boeing 737 Max do mesmo arrendador.
A transação envolve um contrato de “sale-leaseback” entre a Gol e a AerCap para duas aeronaves e que foi firmado antes do pedido de recuperação.
Informações BDM
