As ações da Embraer subiram 5,93% na última sexta-feira (1), com os investidores à espera de um possível evento positivo para a fabricante de jatos na próxima segunda-feira (4).
A American Airlines pode anunciar um pedido firme de 100 aeronaves de fuselagem estreita durante o seu Dia do Investidor na segunda, de acordo com reportagens da Bloomberg, Reuters e outras agências de notícias.
Airbus e Boeing estão competindo por pedidos das aeronaves A321neo e B737 MAX8 e uma atenção considerável está sendo focada neste pedido potencial de aeronaves de fuselagem estreita que poderia ser dividido entre as duas empresas.
No entanto, o Bradesco BBI aponta que a American Airlines também pode fazer um pedido firme à Embraer (BOV:EMBR3) para: substituir suas aeronaves A319 como parte de um plano para cumprir a meta de reduzir 45% das suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até 2035, e expandir a sua malha aérea regional.
Segundo o acordo coletivo com o sindicato dos pilotos americanos da American Airlines, o tamanho da frota de aeronaves regionais deve seguir a cláusula de escopo, que explica que aeronaves com 65 a 76 assentos (maiores que 65 e incluindo 76) não podem exceder 40% de sua capacidade da frota de fuselagem estreita (atual em 34%).
“Portanto, em nossa opinião, a American Airlines pode fazer um pedido de até 40-50 E175 à Embraer, aumentando a carteira em até US$ 2,6 bilhões (uma alta de 15% em relação aos níveis atuais)”, avaliam os analistas do banco.
Para o BBI, se confirmado, pode-se ver a companhia aérea aumentando gradativamente o número de entregas de aeronaves no médio e longo prazo.
Como referência, em seu cenário base para a Embraer, assumindo entregas de 70 aeronaves comerciais por ano, e para cada aumento de 10 unidades (aviões), podendo elevar o preço-alvo para R$ 3,75 por ação. O BBI mantém recomendação de compra para EMBR3, com preço-alvo de R$ 34,00 para o ano de 2024, ou potencial de valorização de 31% em relação ao fechamento de sexta.