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Quais as razões para o otimismo do Morgan Stanley e Goldman Sachs em relação às ações da Vale?

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Após o Goldman Sachs reforçar compra para Vale na véspera, o Morgan Stanley seguiu o mesmo caminho e reiterou recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para mineradora com preço-alvo de US$ 15 por ADR (recibo de ações negociados na Bolsa dos EUA), uma vez que vislumbra catalisadores positivos à frente.

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Nesse sentido, o banco cita uma potencial resolução para as negociações de compensação pela tragédia de Mariana e para as discussões sobre a concessão ferroviária nos próximos meses como catalisadores positivos.

O Morgan Stanley também projeta que a mineradora registre um fluxo de caixa (FCF) razoável nos próximos anos, apesar dos pagamentos nos acidentes de Brumadinho e Mariana e da concessão ferroviária, permitindo que a empresa retorne o excesso de caixa aos acionistas por meio de dividendos e recompras.

Em termos de avaliação, as ações da Vale (BOV:VALE3) são negociadas com desconto em relação ao múltiplo médio de 5,8 vezes de 5 anos.

Já Goldman Sachs cortou o preço-alvo de Vale de US$ 16,20 para US$ 16, mas mantendo classificação de compra, pois vê a avaliação atual em níveis atraentes.

Além disso, o Goldman Sachs acredita que as razões para não investir acabarão por se tornar razões para comprar: 1) tanto a Vale quanto a BHP indicaram publicamente que estão construtivas em um acordo final em torno da Samarco no curto prazo (que considera importante para reduzir a percepção de risco dos investidores internacionais e desbloquear potenciais recompras/dividendos); 2) acredita que um bom suporte aos custos do minério de ferro, combinado com as contínuas exportações elevadas de aço e o baixo uso de sucata na China, poderia sustentar o minério de ferro acima de US$ 100 a tonelada e 3) espera que o momento operacional da Vale mostre uma recuperação moderada, mas não projeta maior deterioração em seu cenário base (diferente dos últimos 3 anos).

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