O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, pelo sétimo pregão consecutivo, a cerca de 0,65% da máxima histórica de 134.391 pontos, alcançada em dezembro de 2023, em sessão impulsionada por papéis de Itaú, Petrobras e JBS, que reportou sólido resultado trimestral na véspera.
O índice Bovespa encerrou com ganhos de 0,69%, aos 133.317 pontos. O volume ficou em R$ 63,46 bilhões, acima da média de 50 pregões.
Os juros futuros encerraram a sessão com alta de 1,0 pontos-base, revertendo trajetória inicial de queda, e as Treasuries yields tiveram sessão mista. O dólar à vista fechou em alta de 0,37% a R$5,4691, seguindo o movimento do índice Dólar DXY, que operava ao fim da tarde em alta de 0,02%, aos 102,61 pontos.
Mais cedo, as vendas no varejo tiveram maior queda desde dezembro de 2022, em termos mensais, recuando 1,0% ante junho, em dado livre de efeitos sazonais. Consenso projetava queda de 0,20% na comparação mensal. Na base anual, os dados avançaram 4,0%, embora abaixo do consenso, que previa alta de 5,50%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o diretor de pesquisa macroeconômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, as medições mensais do IBGE têm sido muito voláteis, e apesar do resultado mais fraco que o esperado em junho, a expectativa é que o setor continue a se beneficiar de estímulos fiscais, expansão sólida da renda real das famílias e a reversão do ciclo de crédito.
No âmbito corporativo, investidores reagem a resultados divulgados ontem à noite e hoje pela manhã, como JBS, BTG Pactual, Cemig, Localiza, Eneva, Raízen, XP, Nubank e outros.
Destaque para as ações da Localiza, que despencaram 16,84%, na maior queda diária desde março de 2020, e com o maior volume de negócios em um dia desde sua Oferta Pública Inicial (IPO), em 2005, liderando em negociações no pregão. O desempenho veio após resultado do segundo trimestre que trouxe uma série de surpresas negativas, e que não se resumiu “apenas” ao prejuízo multiplicado mais de seis vezes comparando com o mesmo período do ano passado.
Analistas da Genial ressaltaram uma série de surpresas negativas, principalmente devido ao ajuste substancial na depreciação dos seus veículos. Além disso a própria Localiza forneceu guidance de depreciação para os próximos três trimestres. O BTG classificou o trimestre como “estranho, fraco e altamente poluído”, em razão do impairment significativo resultante do aumento no valor da depreciação dos veículos e perdas causadas pelos eventos no Rio Grande do Sul.
Os principais índices acionários em Wall Street encerraram em alta, com investidores reagindo aos dados de inflação ao consumidor de julho, que vieram em linha com o esperado, consolidando apostas de um corte de 25 pontos-base da taxa-alvo Fed Funds no próximo mês. Na base anual, o índice cheio recuou abaixo de 3,0%, no menor nível desde março de 2021.
Os índices Dow Jones, S&P500 e o Nasdaq 100 avançaram 0,61%, 0,38% e 0,03%, respectivamente. Treasuries yields de dois anos subiram 2,4 pbs, a 3,960%, enquanto as Treasuries yields de dez anos recuaram 1,2 pbs, a 3,833%. Entre os segmentos listados no S&P500, financeiro teve a maior alta, subindo 1,23%.
A inflação ao consumidor avançou 0,2% no mês de julho na base mensal, e em linha com o consenso, informou o Bureau of Labor Statistics. Já na base anualizada, o CPI registrou desaceleração do ritmo de alta a 2,9%, ante consenso de 3,0%. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, avançou 0,2% no mês e 3,2% no ano, também em linha com as expectativas.
Após os números do CPI, derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME) voltaram a sinalizar que os investidores aumentaram apostas para um corte de 25 pontos-base nas taxa-alvo Fed Funds em setembro a 56,5%, ante 47% na véspera. Amanhã, investidores acompanharão dados de vendas do varejo referentes a julho, bem como os pedidos semanais de seguro-desemprego para a semana encerrada em 10 de agosto.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/08/2024 | -0,20% | 127.395,10 | R$ 23,6 bilhões |
02/08/2024 | -1,21% | 125.854,09 | R$ 23,8 bilhões |
05/08/2024 | -0,46% | 125.269,54 | R$ 25,3 bilhões |
06/08/2024 | 0,80% | 126.266,70 | R$ 22,4 bilhões |
07/08/2024 | 0,99% | 127.513,88 | R$ 21 bilhões |
08/08/2024 | 0,90% | 128.660,88 | R$ 20,3 bilhões |
09/08/2024 | 1,52% | 130.614,59 | R$ 26,5 bilhões |
12/08/2024 | 0,38% | 131.115,90 | R$ 21,4 bilhões |
13/08/2024 | 0,98% | 132.397,97 | R$ 23,9 bilhões |
14/08/2024 | 0,69% | 133.316,99 | R$ 63,4 bilhões |
DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)
- ALTAS IBOVESPA
CMIG4: +7,93% a R$ 11,98
AZUL4: +6,59% a R$ 7,76
JBSS3: +6,45% a R$ 37,15
BRFS3: +4,68% a R$ 23,50
ENGI11: +4,49% a R$ 48,38
- BAIXAS IBOVESPA
RENT3: -17,03% a R$ 39,91
MGLU3: −4,52% a R$ 12,69
CMIN3: −4,39% a R$ 5,01
CSNA3: −3,77% a R$ 11,73
RAIZ4: −3,25% a R$ 3,28
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Allos (ALOS3)
A Allos reportou lucro líquido de R$ 320,9 milhões no segundo trimestre de 2024. O número é resultado de uma empresa que vem reduzindo de forma relevante a sua participação em shopping centers. No segundo trimestre passado, com as mesmas participações em shoppings que a companhia tem hoje, o lucro teria sido de R$ 121,6 milhões. Saiba mais…
Arezzo (ARZZ3)
A Arezzo&Co reportou lucro líquido recorrente de R$ 135 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 19% em relação ao mesmo trimestre de 2023. Saiba mais…
Banrisul (BRSR6)
O Banrisul reportou alta de 9,2% em seu lucro líquido do segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 247,3 milhões. Saiba mais…
BTG Pactual (BPAC11)
O BTG Pactual encerrou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido e receitas mais uma vez recordes. O lucro líquido ajustado somou R$ 2,949 bilhões entre abril e junho, representando um crescimento de 15% frente ao mesmo período de 2023. Em comparação ao primeiro trimestre, que somou R$ 2,889 bilhões, o lucro líquido ajustado do primeiro trimestre ficou praticamente estável. Saiba mais…
Cemig (CMIG3/CMIG4)
A Cemig reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,134 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Eneva (ENEV3)
A Eneva reportou lucro líquido de R$ 1,066 bilhão no segundo trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 186% na comparação com igual etapa de 2023. Saiba mais…
Even (EVEN3)
A incorporadora Even teve lucro líquido consolidado de R$ 101 milhões no segundo trimestre de 2024, o que representa um aumento de 80% em relação ao mesmo período de 2023. Saiba mais…
Grupo Soma (SOMA3)
O lucro líquido do Grupo Soma foi de R$ 24,6 milhões no segundo trimestre de 2024, o número representou uma queda de 71,2% sobre o mesmo período de 2023. No conceito ajustado, o lucro foi de R$ 65 milhões, com queda de 36,3%. Saiba mais…
Jalles Machado (JALL3)
A Jalles Machado, companhia do setor sucroenergético, registrou prejuízo líquido de R$ 2,4 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2024/25, encerrado em 30 de junho, informou a empresa ontem, depois do fechamento do mercado. O resultado reverte o lucro líquido de R$ 49,5 milhões reportado em igual período do ano fiscal anterior. Saiba mais…
JBS (JBSS3)
A brasileira JBS, maior processadora de carnes do mundo, teve lucro líquido de R$ 1,72 bilhão no segundo trimestre, revertendo um prejuízo registrado no mesmo período do ano passado, diante da força das operações de aves e suínos em meio a custos mais baixos com matérias-primas como grãos. Saiba mais…
Localiza&CO (RENT3)
A Localiza&CO registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 570 milhões no segundo trimestre de 2024. Com isso, ampliou em mais de seis vezes o prejuízo de R$ 89 milhões reportado no mesmo período do ano passado. Saiba mais…
LWSA (LWSA3)
A companhia de serviços de tecnologia LWSA, antiga Locaweb, registrou lucro líquido de R$ 18,3 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 39 milhões apurado no mesmo trimestre de 2023. Saiba mais…
Orizon (ORVR3)
A Orizon Valorização de Resíduos e sua subsidiária Orizon Meio Ambiente (OMA) anunciaram a conclusão da aquisição do controle do Ecoparque Juazeiro do Norte. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras iniciou estudos para a implantação de uma nova plataforma em Búzios, o que seria a 12ª unidade do tipo FPSO no mega campo do pré-sal situado na Bacia de Santos, disseram três fontes com conhecimento do assunto. Saiba mais…
Raízen (RAIZ4)
A Raízen reportou seus resultados do primeiro trimestre do ano-safra 2024/25, com um prejuízo líquido ajustado de R$ 6,9 milhões. No mesmo período do ano anterior, a empresa teve lucro de R$ 527 milhões. Saiba mais…
Rede D’or (RDOR3)
O grupo de saúde Rede D’Or teve lucro líquido de R$ 995,5 milhões no segundo trimestre, um salto de 212,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com relatório de resultados. Saiba mais…
Taurus (TASA3/TASA4)
A Taurus reverteu lucro e teve prejuízo líquido de R$ 9 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia tinha lucrado R$ 48,9 milhões. Saiba mais…
Tupy (TUPY3)
A Tupy informou a aquisição de contratos de serviços de valor agregado e ampliação de volumes contratados de produtos aplicados em caminhões pesados e veículos comerciais leves. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale anunciou concluiu a aquisição da totalidade da participação de 45% da Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT) na companhia Aliança Geração de Energia, empresa de capital fechado. Saiba mais…
Vittia (VITT3)
A fabricante de insumos e defensivos biológicos Vittia reportou prejuízo líquido de R$ 17,7 milhões no segundo trimestre de 2024, aumento de 21,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
(Com informações da TC Mover e Momento B3)