Ibovespa cai 0,48%, pressionado por Petrobras e Itaú e após dados de vendas do varejo acima do consenso

O Ibovespa encerrou em leve queda o pregão desta quinta-feira, pressionado pelos vértices locais da curva de juros, após dados de Vendas do Varejo acima do consenso, enquanto as Treasuries yields avançaram nos Estados Unidos, na esteira de dados de Preços ao Produtor acima do consenso, reforçando apostas para cortes de 25 pontos-base pelo Federal Reserve na próxima semana.

O índice Bovespa fechou com recuo de 0,48%, aos 134.029 pontos. O volume ficou em R$ 16,5 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. Itaú e Petrobras foram destaques negativos no pregão, com investidores da estatal avaliando relatório do Goldman Sachs que reduziu preço-alvo das ações devido à recente queda do petróleo.

Os juros futuros encerraram a sessão em alta de até 14 pontos-base, com dados de varejo mostrando resiliência da atividade econômica local, e apoiando a tese de um novo ciclo de alta de juros pelo Banco Central na próxima semana.

A equipe econômica do Itaú passou a projetar a Selic em 11,75% ao fim deste ano, na esteira de uma revisão altista para o Produto Interno Bruto (PIB) a 3,0%, ante 2,5% estimados anteriormente. Além disso, os economistas do banco esperam que o novo ciclo de aperto monetário deve totalizar um aumento de 150 pontos-base, elevando a Selic a 12,0% em janeiro de 2025.

O dólar à vista fechou em queda de 0,57% a R$ 5,6177 em linha com o índice Dólar DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas, operando ao fim da tarde em queda de 0,44%, aos 101,26 pontos. Em uma cesta de 23 divisas observada pela Mover, o real tinha a quarta melhor performance ante o dólar americano.

No cenário local, investidores avaliam vendas no comércio varejista no Brasil de julho, que voltaram a crescer no mês de julho, em 0,6%, acima das expectativas do mercado, de alta de 0,5%. No ano, o varejo acumula alta de 5,1%. Já nos últimos 12 meses, o acumulado é de 3,7%.

As vendas no grupamento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 1,7% na passagem de junho para julho, registrando o principal impacto no resultado geral.

Na véspera, a Câmara dos Deputados aprovou projeto para reoneração gradual da folha de pagamento, com emenda permitindo que os depósitos esquecidos nos bancos sejam usados pelo Tesouro – ainda que não integrem a meta fiscal. A medida, vista por alguns agentes como “heterodoxa”, lançou questionamentos sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal.

Os principais índices acionários de Wall Street fecharam a sessão em alta, com destaque para o S&P500 e o Nasdaq 100, que registraram a quarta alta consecutiva, com os mais recentes dados econômicos pouco alterando a percepção de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) lançará mão de um aguardado corte de juros na próxima semana.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 encerraram em alta de 0,58%, 0,75% e 1,00%, respectivamente. As Treasuries yields de dois e dez anos avançavam 0,2 pbs, 2,3 pbs a 3,648% e 3,678%, na sequência.

Mais cedo, o Departamento de Trabalho informou que o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA teve ligeira aceleração em agosto, subindo 0,2% na comparação mensal, acima do consenso, de alta de 0,1%. A taxa anualizada, no entanto, perdeu força, com alta de 1,7% em agosto, após ter ficado em 2,1% em julho – e na menor leitura desde o início de 2024.

O núcleo do indicador, que exclui alimentos, energia e serviços comerciais, avançou 0,3% em agosto, também ligeiramente acima do consenso, de alta de 0,2. Na leitura anual, o índice avançou 2,4%, ligeiramente abaixo do consenso, de alta de 2,5%.

Operadores também reagem aos dados de pedidos de auxílio-desemprego semanais, que atingiram 230 mil na semana encerrada em 7 de setembro, em linha com o consenso e levemente acima do último dado.

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DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

NTCO3: +3,65% a R$ 14,47
CMIN3: +3,27% a R$ 6,31
RAIZ4: +2,34% a R$ 3,06
EMBR3: +2,31% a R$ 50,95
IRBR3: +1,89% R$ 46,85

• BAIXAS IBOVESPA

BRAV3: -5,06% a R$ 21,39
HYPE3: -3,01% a R$ 28,37
CVCB3: −2,67% a R$ 1,82
AZUL4: −2,65% a R$ 4,04
CRFB3: −2,50% a R$ 9,36

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   B3 (B3SA3) 

   A B3 divulgou que a Câmara Baixa do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) proferiu decisão parcialmente favorável à B3, exonerando a companhia das multas no valor de R$ 268 milhões. Saiba mais…

   O volume financeiro médio negociado na B3 no segmento de ações subiu 10,9% em agosto de 2024 na comparação com o registrado em igual período de 2023, ficando em R$ 28,191 bilhões. Em relação a julho, houve alta de 30%. Saiba mais…

   CVC (CVCB3) 

   A CVC Brasil chegou a um acordo com debenturistas sobre os principais termos e condições de novo reperfilamento das debêntures de quarta e quinta emissões nesta quarta-feira, conforme fato relevante da operadora e agência de viagens. Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3) 

   A Eletrobras informa que ocorreu a liquidação dos títulos (bonds) da companhia emitidos no mercado internacional, no volume total de US$ 750 milhões (R$ 4,23 bilhões). Saiba mais…

   A Eletrobras solicitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma nova prorrogação, contada a partir de 16 de setembro, do prazo para as negociações sobre a participação da União na companhia. Nos últimos dias, analistas de mercado já destacavam que o período para o acordo estava perto do fim (seria dia 21) e vislumbravam possíveis desfechos. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3)

   A Embraer enviou uma delegação de executivos para a Índia com o objetivo de avaliar a possibilidade de expansão da sua cadeia de suprimentos no país. Saiba mais…

   Energisa (ENGI11)

   A Energisa e sua subsidiária, a Energisa Paraíba, anunciaram a celebração de um acordo de investimento com o Banco Bradesco que viabiliza a participação do banco na Energisa Participações Nordeste (EPNE). Saiba mais…

   JBS (JBSS3)

   A JBS espera voltar em breve a exportar carne produzida na unidade de Diamantino (MT), a maior instalação da Friboi, para os EUA, informa o Broadcast. Saiba mais…

   Mahle Metal Leve (LEVE3) 

   A Mahle Metal Leve celebrou um acordo com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) – Inovação e Pesquisa, para captação de recursos a serem investidos no Plano Estratégico de Inovação da companhia visando o desenvolvimento de tecnologias voltadas à mobilidade sustentável, entre elas, novos sistemas de propulsão para descarbonização, materiais sustentáveis, infraestrutura de inovação, localização de novas tecnologias e digitalização em seus produtos e serviços. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras iniciou os procedimentos para entrada em operação da maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do país, localizada em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Saiba mais…

   A Petrobras informa que foi proferida sentença arbitral final favorável, em uma das arbitragens que tramitam perante a Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM), da B3. Saiba mais…

   Qualicorp (QUAL3)

   A Qualicorp convocou seus acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que ocorrerá no dia 3 de outubro de 2024, às 9 horas. Saiba mais…

   Raízen (RAIZ4)

   A Raízen anunciou a emissão de bonds sustentáveis de 10 anos, no montante benchmark, que normalmente varia entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões, disseram fontes ao Broadcast. Saiba mais…

   Vale (VALE3) 

   A Vale se manifestou sobre uma matéria na imprensa sobre o andamento das negociações para o acordo relacionado ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. A tragédia ocorreu em 2015. Saiba mais…

   A Vale prevê que até 2030 cerca de 10% de sua produção de minério de ferro seja obtida por meio do reaproveitamento de rejeitos e estéril, em medida com potencial para reduzir materiais que sobram do processo de beneficiamento do minério, ainda acumulados em barragens. Saiba mais…

   WEG (WEGE3)

   A Weg anunciou a aquisição da Volt Eletric Motors, fabricante turco de motores elétricos industriais e comerciais e subsidiaria do Grupo Saya, no valor de US$ 88 milhões a serem pagos no final da transação, estando sujeito a ajustes de preço comuns a esse tipo de operação, disse a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Saiba mais…

   

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)