A Verizon (NYSE:VZ) anunciou a aquisição da Frontier Communications (NASDAQ:FYBR) por cerca de US$ 9,59 bilhões, buscando ampliar sua presença no mercado de internet de alta velocidade. A oferta representa um prêmio de 37% para os acionistas da Frontier, elevando o valor total da empresa, incluindo dívidas, a US$ 20 bilhões.
A Verizon também é negociada na B3 através da BDR (BOV:VERZ34).
Com o aumento na demanda por dados e inteligência artificial, a Verizon pretende fortalecer sua infraestrutura de fibra, combinando a rede da Frontier com seus próprios ativos, incluindo o serviço Fios. A Frontier, que investiu US$ 4,1 bilhões na expansão de sua rede nos últimos anos, possui 2,2 milhões de assinantes de fibra em 25 estados. Esses clientes se juntarão aos 7,4 milhões de assinantes Fios da Verizon.
O CEO da Verizon, Hans Vestberg, destacou que a aquisição ajudará a empresa a se tornar mais competitiva em diversos mercados dos EUA. O acordo foi aprovado pelos conselhos das duas empresas e deve ser concluído em até 18 meses, aguardando aprovação regulatória e dos acionistas.
Analistas apontam que o acordo fortalecerá a posição da Verizon em relação a rivais como a AT&T (NYSE:T) (BOV:ATTB34), aumentando sua base de assinantes de fibra para 9,1 milhões. A Verizon espera obter sinergias de custos de até US$ 500 milhões até o terceiro ano após o fechamento, além de impactos positivos nos lucros por ação a partir de 2027.
A Frontier enfrentou dificuldades nos últimos anos, inclusive com um pedido de falência em 2020. Desde então, a empresa se concentrou na construção de sua rede de fibra, o que a tornou mais competitiva no setor de telecomunicações. Em 2015, a Verizon vendeu parte de seus ativos de telefonia fixa para a Frontier por US$ 10,54 bilhões, tornando esta nova transação uma reviravolta significativa.
Embora a aquisição pareça benéfica, alguns analistas expressaram preocupações. O analista da KeyBanc, Brandon Nispel, acredita que o acordo pode reduzir o lucro por ação da Verizon em 2,5% e o fluxo de caixa em 7,5%. O analista Craig Moffett, da MoffettNathanson, criticou a estratégia de “convergência”, que combina serviços sem fio e com fio, considerando-a inadequada para a expansão da Verizon.
Apesar dos desafios, a Verizon segue confiante na expansão de sua rede de fibra para oferecer serviços premium a seus clientes, apostando que a aquisição fortalecerá sua competitividade e capacidade de inovação no longo prazo.