As ações da Boeing (NYSE:BA) operam em alta de cerca de 2,0% no pré-mercado desta segunda-feira (24), após avançarem 3,06% no pregão anterior. A valorização ocorre após Donald Trump anunciar que a empresa venceu a disputa para desenvolver o caça F-47, uma aeronave de sexta geração que substituirá o F-22 na Força Aérea dos Estados Unidos.

O anúncio representa uma vitória da Boeing sobre sua concorrente Lockheed Martin (NYSE:LMT), cujas ações recuaram 5,79% na sexta-feira e seguem em queda de 0,3% no pré-mercado.

A Boeing e a Lockheed Martin também são negociadas na B3 através das BDRs (BOV:BOEI34) e (BOV:LMTB34), respectivamente. As BDRs da Boeing subiram 5,15% na sexta-feira, enquanto as BDRs da Lockheed Martin fecharam em baixa de 4,63%.

O programa é chamado Next Generation Air Dominance (NGAD), projetado para garantir superioridade aérea frente a adversários como China e Rússia.

O F-47 será mais furtivo, terá maior alcance, contará com integração a drones, e será mais barato e adaptável que seu antecessor, o F-22 Raptor.

O contrato é um alívio para a Boeing, com todos os desafios que enfrenta tanto no setor comercial quanto no de defesa. Com prejuízos bilionários recentes, atrasos e problemas de produção, o contrato pode recuperar parte da confiança no desempenho da empresa no mercado de defesa.

Do ponto de vista financeiro, o acordo poderá gerar centenas de bilhões de dólares em pedidos ao longo das décadas. Analistas estimam que o impacto nos lucros da Boeing poderá chegar a US$ 0,25 por ação, enquanto a Lockheed Martin deve perder cerca de US$ 2 por ação em lucros potenciais.

NYSE: Veja o ranking das ações negociadas diariamente na Bolsa de Valores de Nova Iorque: maiores altas, maiores baixas, maiores volumes negociados e maiores quantidades de negócios.

Há a possibilidade de a Lockheed protestar. Enquanto isso, o foco da Boeing estará na execução do programa e cumprir prazos e custos, evitando os mesmos problemas enfrentados em contratos anteriores.