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Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam no campo positivo, enquanto investidores aguardam a divulgação dos dados da folha de pagamento não agrícola (payroll) dos EUA e discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em um fórum de política monetária à tarde. As ações europeias recuam nesta sexta-feira (7), após o presidente Trump ter adiado tarifas contra o Canadá e o México, o que aumentou a incerteza no mercado e minou a confiança na perspectiva econômica.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo positivo. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu adiar a aplicação de tarifas ao México e ao Canadá até 2 de abril, dentro do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Por outro lado, ele disse que pretende impor as chamadas tarifas recíprocas na mesma data.
Os investidores aguardam a divulgação dos dados da folha de pagamento não agrícola (payroll), que provavelmente mostrará a criação de 160.000 empregos em fevereiro, após um ganho de 143.000 em janeiro, enquanto a taxa de desemprego deve se manter estável em 4,0%, mostraram pesquisas de economistas da Reuters.
O presidente do Fed, Jerome Powell, deve falar em um fórum de política monetária à tarde. Os formuladores de políticas se reunirão novamente nos dias 18 e 19 de março e espera-se que mantenham as taxas de juros estáveis enquanto avaliam o mercado de trabalho e as tendências de inflação, bem como as recentes mudanças na política governamental.
Proprietários de veículos nos EUA estão deixando de fazer os pagamentos mensais de seus financiamentos na taxa mais alta em mais de 30 anos. Em janeiro, a parcela de mutuários de automóveis subprime com pelo menos 60 dias de atraso em seus empréstimos subiu para 6,56%, o maior índice desde que a coleta de dados começou em 1994, segundo a Fitch Ratings. A desaceleração da economia e os impactos contínuos da inflação tornaram mais difícil para muitos consumidores manter suas contas em dia.
Na Europa, as bolsas operam em baixa, encerrando uma semana volátil marcada pela política de tarifas dos EUA, o último corte de juros do Banco Central Europeu, reformas fiscais na Alemanha e um aumento nos gastos regionais com defesa.
Investidores seguem avaliando o recente corte de 0,25 ponto percentual nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), além das projeções de inflação e crescimento econômico. O BCE sinalizou que sua política monetária está se tornando “significativamente menos restritiva”, indicando uma possível postura mais cautelosa nas próximas reuniões, após já ter realizado seis cortes desde junho passado.
Na Ásia, os mercados fecharam em baixa, em meio a incertezas sobre a política tarifária do governo Trump, que ajudou a enfraquecer a balança comercial chinesa no primeiro bimestre. Liderando as perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei caiu 2,17% em Tóquio, a 36.887,17 pontos, sob o peso de ações de eletrônicos e de farmacêuticas, enquanto o Hang Seng recuou 0,57% em Hong Kong, a 24.231,30 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,49% em Seul, a 2.563,48 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,61% em Taiwan, a 22.576,07 pontos.
Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho, diante do fraco desempenho de ações dos setores imobiliário e de seguros. O Xangai Composto perdeu 0,25%, a 3.372,55 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 0,53%, a 2.080,27 pontos. As tensões comerciais com os EUA se refletiram na balança comercial chinesa. Nos primeiros dois meses de 2025, as exportações da China subiram apenas 2,3% ante igual período do ano passado, bem menos do que o previsto, enquanto as importações sofreram um inesperado tombo de 8,4%. Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que Pequim continuará retaliando as “tarifas arbitrárias” dos EUA e acusou Washington de “retribuir o bem com o mal”.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 67,06 (+1,06%).
O Brent é negociado a US$ 70,19 (+1,05%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 88.050,04 (-1,09%).
Ouro:
Negociado a US$ 2.919,95 a onça-troy (+0,32%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,19%, a 774 iuanes (US$ 106,74).
Brasil:
PIX: O Banco Central determinará o cancelamento das chaves Pix de pessoas e empresas em situação irregular na Receita Federal. A medida, que entra em vigor em 1º de julho, visa aumentar a formalização e reduzir riscos no sistema. Quem estiver com CPF ou CNPJ suspenso, cancelado ou nulo perderá suas chaves, afetando potencialmente milhões de usuários e forçando uma regularização em massa junto ao Fisco. Saiba mais
Alimentos: O governo federal anunciou na quinta-feira (6) a isenção do Imposto de Importação sobre nove tipos de gêneros alimentícios para tentar conter os preços dos alimentos como estratégia para conter a inflação no setor. A medida afeta produtos como azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, massas, café, carnes e açúcar, cujas alíquotas variavam entre 7,2% e 32%. Além disso, a cota de importação do óleo de palma foi ampliada de 65 mil para 150 mil toneladas. Segundo o governo, a redução das tarifas entrará em vigor nos próximos dias, após aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
O governo também pretende fortalecer os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Embora o governo não tenha detalhado as ações, no mês passado a Conab solicitou R$ 737 milhões para recompor seus estoques de alimentos, que haviam sido reduzidos nos últimos anos.
Outra iniciativa anunciada é a priorização da produção de alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra. O objetivo é direcionar financiamentos subsidiados a produtores rurais que abastecem o mercado interno, estimulando a oferta desses produtos.
Por fim, o governo pretende acelerar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que descentraliza inspeções sanitárias e permite que estados e municípios realizem o trabalho. O número de registros no sistema deverá subir de 1.550 para 3 mil, facilitando a liberação de produtos como leite, mel, ovos e carnes para comercialização em todo o país.
A Transparência Internacional denunciou nesta semana à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) o que classificou como um “desmonte das políticas de combate à corrupção” no Brasil.
OEA: Entidade cita Toffoli e denuncia à OEA ‘desmonte’ do combate à corrupção no País. O gerente de Pesquisa e Advocacy da entidade, Guilherme France, citou como exemplo desse esvaziamento decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli como a que atingiu o acordo de leniência da Odebrecht (hoje Novonor).
Em setembro de 2023, Toffoli anulou todas as provas que embasaram o acordo fechado pela companhia em 2016 e apontou “conluio” por parte de agentes da Operação Lava Jato. Segundo o ministro, a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, foi “armação”. “Se o Brasil antes exportava corrupção, agora exporta impunidade”, afirmou France. A denúncia da organização foi levada na segunda-feira à CIDH durante audiência que discutiu o impacto da corrupção e da impunidade nas Américas.
Economia:
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Debêntures: A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou, na quinta-feira (6), a Resolução 226, que promove ajustes pontuais em normas relacionadas à emissão de debêntures. A medida incorpora mudanças trazidas pela Lei 14.711, visando reduzir custos e facilitar o acesso ao crédito no mercado de capitais, ajudando também a simplificar a emissão. A nova regra entra em vigor no próximo dia 10.
Segundo a autarquia, entre as principais inovações, destaca-se a revogação da exigência de registro da escritura de emissão no comércio para companhias abertas. A partir de agora, o envio do documento à CVM por meio do sistema eletrônico da autarquia será suficiente para cumprir as exigências legais. A nova norma também estabelece procedimentos para a divulgação de atos societários relacionados à emissão de debêntures, incluindo a obrigatoriedade do envio de atas que formalizem deliberações da diretoria sobre o tema em até sete dias úteis.
Apesar das mudanças, a CVM optou por não regulamentar, neste momento, o desmembramento de debêntures, mas acompanhará o desenvolvimento do mercado para revisitar o tema futuramente. A autarquia esclarece que o artigo 59, inciso IX, da Lei 6.404 já permite a implementação desse mecanismo.
Prevent Senior: A venda da operação da Prevent Senior no Rio de Janeiro está estagnada por falta de interessados, apesar dos esforços da empresa para reduzir sua presença no estado. Com apenas 11 mil beneficiários e prejuízo anual estimado em R$ 60 milhões, a operação tornou-se um peso financeiro. O impasse reflete a difícil situação do mercado de planos de saúde no Rio, onde altos custos e fraudes tornam o negócio pouco atrativo para investidores.
Apple: O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) reverteu decisão favorável à Apple e restabeleceu medida preventiva do Cade, que exige mudanças na distribuição de apps no iOS. A Apple terá 90 dias para permitir que aplicativos informem aos usuários outras formas de adquirir produtos fora da App Store, como forma de combater suposto abuso de posição dominante no mercado de apps. A empresa contestou, mas o TRF-1 entendeu que a medida é urgente para garantir a concorrência.
Imóveis: Os imóveis residenciais ficaram 0,68% mais caros em fevereiro nas 56 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP. A maior alta acumulada em 12 meses é dos imóveis de 1 dormitório, que ficaram, em média, 9,44% mais caros. A alta é quase o dobro da inflação de 4,97% registrada no mesmo período pelo IPCA do IBGE. Os imóveis de 3 dormitórios registraram a segunda maior alta, de 8,25%. Logo depois vem os de 2 dormitórios, que ficaram 7,79% mais caros no período e, por fim, os de 4 dormitórios, que valorizaram 6,15%. Na média, os imóveis no Brasil ficaram 8,17% mais caros na comparação com fevereiro de 2024.
Imóveis retomados: o estoque de imóveis retomados pelos bancos no Brasil cresceu 150% entre 2022 e 2024, alcançando R$ 79 bilhões. Esse valor representa cerca de um terço de todos os empreendimentos imobiliários lançados no país em 2024. A Caixa Econômica Federal domina o setor, sendo responsável por dois terços dos financiamentos imobiliários. Entre 2023 e 2024, os leilões de imóveis aumentaram 86%, refletindo o crescimento da inadimplência. O valor médio dos arremates é de R$ 361 mil, com descontos que podem chegar a 70% do preço do mercado.
Agenda Econômica:
🇪🇺 07h00 – Zona do euro: PIB/4Tri
🇧🇷 09h00 – Brasil: PIB/4Tri ⚠️
🇺🇸 10h30 – EUA: Payroll de fevereiro 🔥
🇧🇷 15h00 – Brasil: Balança comercial de fevereiro
🇺🇸 15h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação
🇺🇸 17h00 – EUA/Fed: Crédito ao Consumidor de janeiro
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,25%, aos 123.357 pontos. O volume de negociação da sessão foi de R$ 21,6 bilhões.
Maiores altas do Ibovespa
NTCO3 |
+5.83%
|
R$ 13,44
|
CPFE3 |
+5.03%
|
R$ 37,18
|
AMOB3 |
+4.17%
|
R$ 0,25
|
CMIN3 |
+3.59%
|
R$ 5,48
|
BEEF3 |
+3.03%
|
R$ 4,76
|
Maiores baixas do Ibovespa
POMO4 |
-8.60%
|
R$ 6,80
|
PCAR3 |
-2.80%
|
R$ 2,43
|
MRFG3 |
-2.74%
|
R$ 14,19
|
BRAV3 |
-2.66%
|
R$ 16,08
|
HAPV3 |
-2.35%
|
R$ 2,08
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,06%, a R$ 5,7597.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,60%, aos 3.140,77 pontos. A mínima foi de 3.122,10 pontos e a máxima de 3.144,09.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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