O Ibovespa encerrou em queda o pregão desta sexta-feira, com a curva de juros pedindo prêmio após dados do Produto Interno Bruto (PIB) reforçarem atividade sólida no país. Investidores tambem reagiram a pesquisa que mostrou novo aumento na desaprovação do governo Lula, enquanto acompanhavam mais um capítulo da guerra tarifária dos Estados Unidos com a China.
O Índice Bovespa fechou com retração de 1,09%, aos 137.026 pontos. Desde segunda-feira o Ibovespa registrou queda de 31,1%. No acumulado do mês de maio, o índice acumulou alta de 1,45%.
O volume de negociação na bolsa foi de R$26 bilhões, acima da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$17,6 bilhões.
Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 9,0 pontos-base, com investidores reagindo ao crescimento do PIB, que corrobora com uma atividade mais forte no país e afasta as expectativas do mercado em relação a um possível corte de juros pelo Banco Central já neste ano.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em alta de 0,85%, cotado a R$5,754. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, operava em leve alta de 0,05%, aos 99,37 pontos.
De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% frente ao quarto trimestre de 2024, em linha com consenso, na série com ajuste sazonal. Pela ótica da produção, o destaque foi a Agropecuária. Também houve alta nos Serviços, enquanto a Indústria não mostrou variação significativa.
De acordo com a economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, o destaque fica com a demanda doméstica, que segue desacelerando na base anual. No entanto, a parte de consumo devolveu toda a queda do último trimestre, mostrando recuperação da atividade local mesmo em um cenário de juros restritivo.
O Banco Central divulgou nesta manhã os dados de estatísticas fiscais do Brasil, mostrando que dívida bruta registrou alta em abril, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário bem menor do que o esperado.
A dívida pública bruta como proporção do PIB fechou abril em 76,2%, contra 75,9% no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 61,7%, de 61,6% em março.
O setor público consolidado registrou um superávit primário de R$14,1 bilhões, bem abaixo da expectativa de economistas de um saldo positivo de R$18,8 bilhões.
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No âmbito político, operadores reagem à mais recente edição da pesquisa AtlasIntel Latam Pulse, realizada em parceria com a Bloomberg, que revelou uma piora na percepção popular em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A desaprovação de Lula subiu para 53,7%, frente aos 50,1% registrados anteriormente, enquanto a aprovação caiu de 46,1% para 45,4%. A avaliação negativa (ruim/péssimo) do presidente também saltou, atingindo 52,1%, ante 47,7% na última sondagem.
O escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) impulsionou a corrupção como a principal preocupação da população na pesquisa, superando o crime — dominante em levantamentos anteriores.
A AtlasIntel também mostrou que Lula perderia no segundo turno para o ex-presidente Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, se as eleições fossem hoje, enquanto Romeu Zema, Eduardo Leite e Ronaldo Caiado perderiam para o petista.
Entre ações, destaque para a queda da Azul, em meio ao último dia de negociações dentro do Ibovespa e outros índices da B3, por conta do processo de Chapter 11 nos EUA.
LWSA tambem ganhos os holofotes, com matéria do BrazilJournal citando rumor de um fechamento de capital (OPA), com ações caindo 90% desde máximas de 2021. General Atlantic é citada como potencial interessada, mas o CEO negou discutir uma OPA.
Ao fim da sessão, as principais detratoras da sessão foram as ON da Vale, da Weg e as PN da Petrobras, que recuaram 2,53%, 3,79% e 1,09%, respectivamente.
Os papéis PNA da Braskem, as PN da Metalúrgica Gerdau e as Units da Klabin, lideraram entre as quedas percentuais, cederam 5,90%, 4,35% e 4,29%, na mesma ordem.
Na ponta positiva, destaque para as ON da Vamos, da Azzas e da Yduqs, que avançaram 4,63%, 3,71% e 3,26%, nesta ordem.
Os futuros do petróleo Brent operavam no final de dia em queda de 0,96%, aos US$62,74 por barril e caminham para registrar a segunda queda semanal consecutiva. Mercado reagia a declarações de Trump e notícia de que Opep+ pode discutir um aumento de produção maior que o esperado para julho.
A Opep+ pode discutir no fim de semana um aumento de oferta maior que os 411 mil barria por dia especulados até agora, segundo reportagem da Reuters hoje, que citou fontes anônimas.
Investidores também repercutiam declarações de Trump, de que EUA estão “muito perto” de um acordo de cessar-fogo em Gaza, e de um acordo “justo” com o Irã sobre o programa nuclear da república islâmica, o que potencialmente abriria caminho para alívio em sanções ao petróleo iraniano.
Os futuros do minério de ferro fecharam em queda de 0,43% na última madrugada em Dalian e acumularam perdas na semana, com os preços pressionados pelo recuo da demanda por aço na China.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/05/2025 | 0,05% | 135.133,88 | R$ 24,2 bilhões |
05/05/2025 | -1,22% | 133.491,23 | R$ 21,5 bilhões |
06/05/2025 | 0,02% | 133.515,82 | R$ 22,0 bilhões |
07/05/2025 | -0,09% | 133.397,52 | R$ 19,5 bilhões |
08/05/2025 | 2,12% | 136.231,90 | R$ 34,6 bilhões |
09/05/2025 | 0,21% | 136.511,88 | R$ 29,4 bilhões |
12/05/2025 | 0,04% | 136.563,18 | R$ 24,4 bilhões |
13/05/2025 | 1,76% | 138.963,11 | R$ 27,5 bilhões |
14/05/2025 | -0,39% | 138.422,84 | R$ 24,1 bilhões |
15/05/2025 | 0,66% | 139.334,38 | R$ 25,1 bilhões |
16/05/2025 | -0,11% | 139.187,39 | R$ 29,2 bilhões |
19/05/2025 | 0,32% | 139.636,41 | R$ 20,9 bilhões |
20/05/2025 | 0,34% | 140.109,63 | R$ 21,7 bilhões |
21/05/2025 | -1,59% | 137.881,27 | R$ 22,7 bilhões |
22/05/2025 | -0,44% | 137.272,59 | R$ 24,7 bilhões |
23/05/2025 | 0,40% | 137.824,29 | R$ 20,7 bilhões |
26/05/2025 | 0,23% | 138.136,14 | R$ 10,7 bilhões |
27/05/2025 | 1,02% | 139.541,23 | R$ 22,8 bilhões |
28/05/2025 | -0,47% | 138.887,81 | R$ 19,1 bilhões |
29/05/2025 | -0,25% | 138.533,70 | R$ 17,9 bilhões |
30/05/2025 | -1,09% | 137.026,62 | R$ 31,1 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Ambipar (AMBP3)
O conselho de administração da Ambipar Participações aprovou uma proposta de reorganização societária. Saiba mais…
Azul (AZUL4)
A Azul informou que a Bolsa de Nova York (NYSE) notificou a suspensão da negociação de suas American Depositary Receipts (ADRs) devido ao início do processo voluntário de reestruturação da companhia nos EUA, sob o Chapter 11, em 28 de maio de 2025. Saiba mais…
A Azul espera sair do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos entre o final deste ano e início de 2026 e vem apurando demanda de múltiplas partes interessadas na reestruturação da empresa, incluindo de novos investidores, afirmou o vice-presidente institucional da companhia aérea, Fabio Campos, nesta sexta-feira. Saiba mais…
A Azul garantiu na Justiça dos Estados Unidos a aprovação de um financiamento emergencial como parte do pedido de recuperação judicial feito esta semana. A Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York autorizou a companhia aérea a tomar um empréstimo de até US$ 250 milhões. Saiba mais…
Biomm (BIOM3)
O conselho de administração da Biomm aprovou aumento do capital social da companhia, dentro do limite do capital autorizado, com atribuição adicional de bônus de subscrição aos acionistas. Saiba mais…
Braskem (BRKM5)
O governo federal e bancos locais, credores relevantes da Braskem, estão até agora céticos em relação à proposta do empresário Nelson Tanure para adquirir o controle da petroquímica, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.
EcoRodovias (ECOR3)
A EcoRodovias informou que sua controlada direta, Ecoporto Santos, celebrou em 29 de maio de 2025 um Contrato de Transição com a Autoridade Portuária de Santos (APS) para garantir a continuidade das operações portuárias e de armazenagem de carga. Saiba mais…
Ferbasa (FESA3/FESA4)
O conselho de administração da Ferbasa autorizou a criação de um programa de recompra de ações. Saiba mais…
Gol (GOLL4)
A Gol Linhas Aéreas Inteligentes recebeu aprovação dos acionistas para as etapas finais de seu plano de recuperação judicial, que tramita sob o regime do Chapter 11 nos Estados Unidos desde janeiro. A companhia aérea brasileira espera concluir o processo no início de junho. Saiba mais…
Grupo Toky (TOKY3)
O Grupo Toky informa que, devido a questões operacionais da B3, a alteração do ticker das ações ordinárias para TOKY3 e o nome do pregão para “Grupo Toky” ocorrerá em 3 de junho de 2025.
IRB Re (IRBR3)
O IRB Brasil Resseguros informou que a Andrina Sociedade Seguradora de Propósito Específico (SSPE), subsidiária integral da empresa, emitiu hoje a primeira Letra de Risco de Seguro (LRS) do mercado brasileiro, no valor de R$ 33,7 milhões. Saiba mais…
Isa Energia (ISAE3/ISAE4)
A Isa Energia Brasil, responsável por cerca de 95% da energia transmitida no estado de São Paulo, investiu R$ 306 milhões no primeiro trimestre de 2025 para a modernização do parque instalado no Estado de São Paulo, um volume 26% superior ao registrado no mesmo período de 2024. Saiba mais…
JHSF (JHSF3)
A JHSF concluiu a captação da 17ª emissão de debêntures simples, totalizando R$ 625 milhões, que lastreiam a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A operação teve demanda 1,7x superior ao esperado e custo médio ponderado de 103,98% do CDI, com prazo médio de 5,11 anos.
Magazine Luiza (MGLU3)
A Magazine Luiza anunciou a captação de US$ 50 milhões junto ao BID Invest, em operação complementar à captação feita com a IFC em abril de 2025. Saiba mais…
Méliuz (CASH3)
O Méliuz informou que foi protocolado, perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pedido de registro de oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 17.006.803 ações ordinárias. Saiba mais…
Natura (NTCO3)
A Natura &Co e Natura Cosméticos anunciaram a prorrogação do prazo do Acordo de Acionistas até 31 de agosto de 2025, incluindo a Anima Investimentos Ltda. como sucessora da acionista Passos Participações S.A. após incorporação da Natura Cosméticos pela controladora. Saiba mais…
Petrobras (PETR4)
A Petrobras prevê a contratação de 52 embarcações até 2026, com investimentos de R$ 29 bilhões, afirmou a presidente da companhia, Magda Chambriard, em evento do Porto de Itajaí (SC) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Saiba mais…
A sede da Petrobras no centro do Rio de Janeiro amanheceu coberta por faixas e colagens com mensagens contra a exploração de petróleo e os seus efeitos ao meio ambiente. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale anunciou a nomeação de Manuel Lino Silva de Sousa Oliveira como Lead Independent Director (LID) do Conselho de Administração para o mandato 2025-2027. Saiba mais…
Na próxima semana, a Vale inicia as obras de descaracterização da barragem 7A da Mina de Águas Claras (MAC), localizada na região da Serra do Curral, em Nova Lima (MG). A iniciativa integra o Plano Ambiental de Fechamento de Mina (PAFEM). Saiba mais…
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