Subtítulo: Resultado trimestral da Valid evidencia retração em receita e EBITDA, impacto da concorrência na Argentina e recuperação da unidade Mobile.
A Valid (BOV:VLID3) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025, apresentando um lucro líquido recorrente de R$ 31,8 milhões, queda de 11,0% na comparação com o trimestre anterior e retração acentuada de 60,0% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida consolidada somou R$ 490 milhões, recuo de 2,1% em relação ao 1T25 e 5,4% frente ao 2T24, pressionada principalmente pela unidade Pay, afetada pela forte concorrência na Argentina e queda no preço médio no Brasil.
O desempenho financeiro da Valid neste trimestre reflete desafios significativos, especialmente na vertical Pay, cujo EBITDA ficou negativo em R$ 2,3 milhões, revertendo o lucro reportado no 2T24. Por outro lado, a unidade Mobile se destacou positivamente, com receita crescendo 22,1% t/t e 37,4% a/a, impulsionada pelo aumento de 43% na volumetria e forte atuação nos mercados do Brasil, Espanha e Oriente Médio.
A pressão nos resultados da Valid decorre da queda nas renovações da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), afetadas pela extensão do prazo de validade para 10 anos desde 2021, e da maior competitividade na Argentina, que impactou a receita e os volumes da vertical Pay. Em contrapartida, os Novos Negócios, que incluem Governo Digital e Digital Onboarding, representam hoje 17% da receita consolidada e contribuem com 38% do EBITDA, indicando um caminho estratégico promissor para o crescimento futuro.
Incluindo um efeito não recorrente de R$ 22,3 milhões relacionado ao reconhecimento de crédito fiscal, o lucro líquido contábil da Valid chegou a R$ 54,1 milhões, queda de 26,4% em relação ao trimestre anterior. O EBITDA consolidado foi de R$ 92 milhões, redução de 12,1% em relação ao 1T25 e 29,0% frente ao 2T24, impactado por maiores gastos na unidade de Identificação (ID) e pelo desempenho fraco da vertical Pay.
No 2T25, a Valid obteve uma geração de caixa operacional de R$ 11MM, representando 12% do EBITDA trimestral. Este desempenho se deu pelo maior consumo de caixa com capital de giro. Neste trimestre também tivemos maiores investimentos em CAPEX, redução do endividamento, pagamento de proventos e recompra de ações. No acumulado do ano, a geração de caixa operacional está em R$ 144MM, o equivalente a 73% do EBITDA do semestre.
A Valid manteve sua posição de Caixa Líquido com as Disponibilidades superando o Endividamento em R$ 49MM. A dívida da Valid está distribuída entre operações bilaterais, debêntures e dívidas internacionais, e atualmente, apenas 17% dos vencimentos estão no curto prazo.
Segundo a direção da Valid, apesar dos desafios de curto prazo e da pressão operacional, o foco segue na diversificação e crescimento dos Novos Negócios, que devem acelerar sua participação na receita nos próximos trimestres, especialmente com iniciativas como a obrigatoriedade da marcação de águas em São Paulo pela Sefaz-SP.
A Valid atua no setor de tecnologia para identificação e pagamento, com principais verticais focadas em ID (documentos oficiais), Pay (meios de pagamento) e Mobile (soluções digitais). Seus concorrentes incluem empresas nacionais e internacionais do segmento de tecnologia e serviços financeiros. Com uma estratégia de expansão em novos mercados e segmentos digitais, a Valid busca manter sua relevância na bolsa de valores brasileira.
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