Dow Jones, S&P e Nasdaq futuros estão estáveis com atenção a Trump no Japão ​​e reunião do Fed

Os futuros dos índices de ações dos EUA apresentaram pouca variação na manhã de terça-feira, 28 de outubro de 2025, com os investidores aguardando uma semana repleta de importantes divulgações de resultados, decisões de bancos centrais e importantes acontecimentos geopolíticos.

O presidente norte-americano Donald Trump está visitando o Japão como parte de uma viagem mais ampla à Ásia, alimentando o otimismo de que sua próxima cúpula com Xi Jinping na Coreia do Sul pode abrir caminho para um acordo comercial entre EUA e China.

Os mercados também estão ansiosos pelos resultados da UnitedHealth Group Incorporated (NYSE:UNH) e uma grande rodada de demissões na Amazon.com, Inc. (NASDAQ:AMZN), enquanto o ouro continua a perder terreno à medida que o sentimento de risco melhora.

Futuros praticamente estáveis

Os futuros de ações dos EUA mostraram movimento mínimo, com os contratos do Dow Jones Industrial Average e do Nasdaq 100 subindo 0,1% às 7h29 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 operava em alta marginal de 0,02%.

Wall Street encerrou a segunda-feira com máximas recordes pela segunda sessão consecutiva, apoiada pelas expectativas de que a reunião entre Trump e Xi aliviará as tensões tarifárias. Investidores apostam que ambos os lados finalizarão um acordo para evitar novas tarifas de importação dos EUA e flexibilizar os controles chineses sobre as exportações de materiais de terras raras. Como resultado, o Índice de Volatilidade da CBOE (VIX) caiu para seu nível mais baixo em quase um mês.

Nas notícias corporativas, a Qualcomm Incorporated (NASDAQ:QCOM) subiu 11% após anunciar planos de lançar dois processadores de IA para data centers em 2026.

Trump se encontra com Takaichi em Tóquio

Antes do aguardado encontro com Xi, Trump fará diversas escalas pela Ásia. Na terça-feira, ele se encontrou com a recém-eleita primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, em Tóquio. Os dois líderes assinaram um acordo-quadro para garantir o fornecimento de terras raras — uma medida que visa reduzir a dependência da China para minerais essenciais usados ​​em semicondutores e veículos elétricos.

Embora nem Trump nem Takaichi tenham mencionado a China diretamente, o acordo se alinha aos esforços mais amplos dos EUA para diversificar as cadeias de suprimentos para além de Pequim. O Japão reafirmou seu compromisso com um pacote de investimentos de US$ 550 bilhões, anunciado anteriormente, voltado para setores americanos como construção naval, agricultura e energia.

Lucros da UnitedHealth em foco

A temporada de balanços continua a todo vapor, com a seguradora de saúde UnitedHealth (BOV:UNHH34) divulgando seus resultados antes do sino de abertura. Analistas estão ansiosos para ouvir o CEO Stephen Hemsley sobre sua estratégia de recuperação para a empresa.

A UnitedHealth tem sofrido pressão devido ao aumento dos custos médicos e ao crescente escrutínio regulatório sobre práticas de autorização prévia. A questão se intensificou após o assassinato de um de seus executivos no ano passado, o que levou a promessas de todo o setor de revisar as políticas de atendimento ao paciente.

Mais tarde, a Visa Inc. (NYSE:V) e a Booking Holdings Inc. (NASDAQ:BKNG) também devem divulgar seus resultados, seguidas pelas gigantes da tecnologia Alphabet Inc. (NASDAQ:GOOG) , Meta Platforms, Inc. (NASDAQ:META) e Amazon, no final desta semana.

Amazon cortará 30.000 empregos — Reuters

A Amazon (BOV:AMZO34) está se preparando para cortar cerca de 30.000 empregos corporativos como parte de um grande esforço de corte de custos, de acordo com a Reuters.

As demissões, que representam quase 10% da força de trabalho corporativa, seriam as maiores desde 2022, quando a Amazon eliminou 27.000 cargos. As notificações devem ser enviadas na terça-feira.

Os cortes devem atingir divisões como podcasting, comunicações e dispositivos, e podem se estender à Amazon Web Services. O CEO Andy Jassy já havia alertado que mudanças na eficiência impulsionadas pela IA poderiam levar a novas reduções na força de trabalho.

Ouro cai com melhora do apetite ao risco

O ouro prolongou sua queda na terça-feira, com o alívio das tensões entre EUA e China reduzindo a demanda por ativos de refúgio antes de uma reunião crítica do Federal Reserve (Fed). O ouro à vista caiu 1,6%, para US$ 3.915,67 a onça, enquanto os contratos futuros de ouro nos EUA recuaram 2,3%, para US$ 3.928,26.

O metal caiu mais de 3% na segunda-feira, atingindo a mínima de duas semanas e está cerca de 10% abaixo do recorde de US$ 4.381,29 alcançado na semana passada.

“Mesmo após a correção [de segunda-feira], o ouro ainda acumula alta de mais de 50% neste ano, sustentado pela forte demanda por ETFs e pelas compras de ações por parte dos bancos centrais em meio à diversificação”, escreveram analistas do ING Group. “A recente queda nos preços pode até ser vista por alguns bancos centrais como uma oportunidade de aumentar suas posições”, acrescentaram.

O Fed inicia sua reunião de política monetária de dois dias na terça-feira e a expectativa é de que ele apresente um corte de 25 pontos-base na taxa de juros na quarta-feira. Embora os cortes de juros normalmente beneficiem o ouro, os mercados já precificaram amplamente a medida, o que pode limitar a alta do metal.

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