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Os principais índices dos Estados Unidos abriram em alta na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, com as ações recuperando terreno após a fraqueza observada na última sexta-feira.
Às 11h31 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 170,80 pontos, ou 0,35%. O S&P 500 avançava 30,52 pontos ou +0,45%. O Nasdaq valorizava 127,13 pontos ou +0,55%. A taxa de retorno dos títulos de 10 anos recuava para 4,161%.
Os investidores buscaram comprar ações a preços um pouco mais baixos após a queda da última sexta-feira, liderada por uma onda de vendas de ações de tecnologia.
No entanto, a atividade geral de negociação pode ser um tanto moderada, já que os investidores aguardam a divulgação de alguns dados econômicos importantes dos EUA nos próximos dias.
O relatório mensal de empregos de novembro, juntamente com um relatório sobre vendas no varejo de outubro, deve ser divulgado na terça-feira, enquanto um relatório sobre a inflação de preços ao consumidor de novembro está programado para quinta-feira.
Os dados podem impactar a perspectiva para as taxas de juros após o anúncio da política monetária do Federal Reserve na última quarta-feira.
Embora o Fed tenha cortado as taxas em mais 0,25 ponto percentual, como amplamente esperado, as projeções dos membros do Fed mostraram divergências de opinião sobre novos cortes.
Relatórios econômicos dos EUA
Na agenda econômica de hoje, um relatório divulgado pelo Federal Reserve de Nova York na segunda-feira mostrou uma queda inesperada na atividade manufatureira regional em dezembro.
O Fed de Nova York informou que seu índice de condições gerais de negócios despencou para -3,9 em dezembro, ante 18,7 em novembro, com uma leitura negativa indicando contração. Economistas esperavam que o índice caísse para 10,6.
A forte queda do índice de condições gerais de negócios ocorreu um mês depois de atingir seu nível mais alto em um ano.
Enquanto isso, o Fed de Nova York afirmou que as empresas estão mais otimistas quanto à melhora das condições nos próximos seis meses, com o índice de condições gerais de negócios futuro saltando para 35,7 em dezembro, ante 19,1 em novembro.
Às 12h (horário de Brasília), a Associação Nacional de Construtores de Casas (NAHB) divulgará seu relatório sobre a confiança dos construtores de casas em dezembro. Espera-se que o índice do mercado imobiliário suba para 39 em dezembro, após atingir 38 em novembro.
O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, participará de um debate sobre crescimento econômico antes de um evento organizado pela Associação de Banqueiros de Nova Jersey às 12h30.
Fechamento anterior
O pregão de sexta-feira trouxe uma correção firme em Wall Street, revertendo o movimento misto de quinta-feira. A aversão ao risco pressionou especialmente o setor de tecnologia, levando o Nasdaq a uma queda acentuada. A onda vendedora marcou a sessão inteira e refletiu uma mudança clara no humor dos investidores.
Os índices terminaram no vermelho após revisitarem as mínimas do dia. O Nasdaq recuou 398,69 pontos, ou 1,7%, para 23.195,17, enquanto o S&P 500 caiu 73,59 pontos, ou 1,1%, para 6.827,41.
O Dow Jones sofreu um ajuste menor, caindo 245,96 pontos, ou 0,5%, para 48.458,05, após tocar uma máxima intradiaria horas antes. Na semana, os desempenhos foram divergentes: alta de 1,1% no Dow Jones, queda de 0,6% no S&P 500 e recuo de 1,6% no Nasdaq.
A derrocada tecnológica ocorreu após Broadcom (NASDAQ:AVGO) despencar mais de 11%, mesmo com resultados superiores e guidance positivo. Os papéis MU, ORCL, AMD e NVDA também recuaram, enquanto declarações de Austan Goolsbee indicaram cautela monetária. Hardware caiu 5,2% no NYSE Arca, e fraqueza atingiu semicondutores, redes, petróleo e siderurgia, com leve força apenas nas farmacêuticas.
Europa
As ações europeias subiam nesta segunda-feira. Os investidores ignoraram os dados que mostraram que a inflação dos preços no atacado na Alemanha acelerou em novembro, atingindo o nível mais alto em nove meses.
Os preços no atacado subiram 1,5% em novembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, um ritmo mais acelerado do que o aumento de 1,1% em outubro. Além disso, essa foi a maior taxa desde fevereiro, quando os preços subiram 1,6%.
Às 10h57 (horário de Brasília), o índice alemão DAX subiu 0,38%, o índice FTSE 100 do Reino Unido subiu 0,95% e o índice francês CAC 40 tinha alta de 1,09%. O índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,81% a 582,94.
No noticiário corporativo, a empresa de tecnologia da saúde Royal Philips teve suas ações em queda após firmar um acordo para adquirir a SpectraWAVE.
As ações da Sanofi (EU:SAN) também despencaram. A farmacêutica francesa informou que seu medicamento experimental tolebrutinibe não atingiu o objetivo primário em um ensaio clínico de Fase 3.
Além disso, a empresa afirmou que uma decisão regulatória dos EUA sobre seu tratamento experimental com tolebrutinibe para um tipo de esclerose múltipla provavelmente será adiada novamente. As ações da Hikma Pharma (LSE:HIK) também caíram após a renúncia de seu CEO, Riad Mishlawi, por mútuo acordo.
As ações do setor de defesa também estão sob pressão depois que Volodymyr Zelenskyy ofereceu-se para abandonar as aspirações da Ucrânia de ingressar na aliança militar da OTAN, após negociações com os Estados Unidos.
Enquanto isso, as ações da Sika (TG:SIKA) subiram. A empresa de especialidades químicas anunciou a aquisição da Finja por um valor não divulgado.
Ásia
As ações asiáticas caíram na segunda-feira, com os investidores preocupados com as avaliações das empresas de tecnologia e após analisarem dados econômicos decepcionantes da China.
As ações chinesas fecharam em baixa, após os detentores de títulos da incorporadora em dificuldades China Vanke rejeitarem uma proposta para estender o pagamento de um título e uma série de dados econômicos chineses ressaltarem fragilidades estruturais.
O índice de referência Shanghai Composite caiu 0,6%, para 3.867,92, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong despencou 1,3%, para 25.628,88.
Dados oficiais mostraram que a produção industrial chinesa cresceu 4,8% em novembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, ficando abaixo das previsões de um aumento de 5,0% e abaixo dos 4,9% registrados em outubro.
As vendas no varejo subiram 1,3% em relação ao ano anterior, bem abaixo das previsões de um ganho de 3,0% e abaixo dos 2,9% do mês anterior.
O investimento em ativos fixos caiu 2,6% em relação ao ano anterior, ficando abaixo das previsões de uma perda de 2,4%, após uma queda de 1,7% no mês anterior. A taxa de desemprego ficou em 5,1%, inalterada e em linha com as expectativas.
O mercado japonês despencou, com as ações de tecnologia acompanhando a queda das ações americanas devido a preocupações com avaliações esticadas. O índice Nikkei 225 caiu 1,3%, para 50.168,11 pontos, enquanto o índice Topix, mais amplo, fechou em alta de 0,2%, a 3.431,47 pontos.
Entre as ações com maior queda, a Advantest despencou 6,4%, o SoftBank Group perdeu 6% e a Tokyo Electron recuou 1,1%.
Os bancos Mitsubishi UFJ Financial e Sumitomo Mitsui Financial subiram mais de 2%, impulsionados por uma pesquisa Tankan otimista que reforçou a expectativa de que o Banco do Japão aumentará as taxas de juros na sexta-feira.
As ações de Seul despencaram com o ressurgimento de preocupações sobre a bolha da inteligência artificial. O índice Kospi caiu 1,8%, para 4.090,59. A Samsung Electronics perdeu 3,8% e a SK Hynix recuou 3% após projeções decepcionantes de margens de IA da Broadcom e da Oracle.
As ações da Korea Zinc dispararam 4,9% antes de uma reunião do conselho para discutir planos para um novo e importante projeto de fundição nos Estados Unidos.
Os mercados australianos fecharam em forte baixa, com as mineradoras recuando das máximas históricas atingidas na sessão anterior. O índice de referência S&P/ASX 200 caiu 0,7%, para 8.635, enquanto o índice All Ordinaries, mais abrangente, fechou em queda de 0,7%, a 8.923,80.
Do outro lado do Mar da Tasmânia, o índice de referência da Nova Zelândia, S&P/NZX-50, encerrou o dia com leve alta, a 13.408,14, apesar de um indicador do setor de serviços do país ter apresentado maior contração em novembro.
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