A Cielo, líder do setor de adquirência no País, teve
lucro líquido de R$ 211,9 milhões no terceiro
trimestre deste ano, salto de 111,1% em relação ao mesmo período do
ano passado, e de 17,5% em relação ao segundo trimestre de
2021.
Em meio aos bons resultados, os ativos chegaram a subir 9,91%, a
R$ 2,55, mas amenizaram em meio à piora dos ativos em geral e
fecharam com ganhos de 1,29%, a R$ 2,35.
O resultado foi impulsionado, em ambas as bases de comparação,
pelo aumento das receitas – principalmente na comparação com o 2T21
– e pela consistente gestão de gastos. Por outro lado, limitaram um
crescimento maior do lucro líquido o menor resultado financeiro, em
razão do aumento na SELIC e, em relação ao 3T20, maiores despesas
com ISS.
A receita líquida consolidada totalizou R$
3,009 bilhões, acréscimo de 4,4% em relação ao 3º trimestre de
2020, enquanto o volume financeiro de transações totalizou R$ 179,8
bilhões, alta de 8,5%.
A Cielo destacou ainda a expansão do negócio de antecipação de
recebíveis – especialmente nos segmentos de varejo e empreendedores
– e também o melhor desempenho das subsidiárias, em especial da
Cateno.
O Ebitda – juros, impostos, depreciação e
amortização – foi de R$ 692,8 milhões no período entre julho e
setembro, alta 44,3% em um ano, e de 19,3% em um trimestre. A
margem Ebitda subiu 6,4 pontos porcentuais em termos anuais, para
23%.
Segundo a adquirente, a recuperação dos volumes capturados
impulsionou o resultado, assim como o negócio de antecipação de
recebíveis. Além disso, a empresa afirma que suas subsidiárias, em
especial a Cateno, tiveram melhor desempenho nesse trimestre. A
Cielo diz que mesmo com a alta da Selic, que pressiona o resultado
financeiro, não ofuscou a melhoria operacional.
O volume total transacionado (TPV) atingiu R$ 179,7 bilhões, uma
melhora de 8,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano
anterior. O número de clientes ativos teve queda de 11,1% na
comparação anual. No entanto, os clientes do segmento de varejo,
foco da companhia, tiveram crescimento de 6,9% no mesmo
período.
Já os gastos totais da Cielo foram de R$ 2,595 bilhões. O número
representa redução de 3,9% em relação ao mesmo período do ano
passado, mas é um aumento de 4,1% ante o segundo trimestre deste
ano.
No segmento de varejo e empreendedores, o percentual de
penetração de produtos de prazo atingiu 41,2% no terceiro trimestre
de 2021, ante 31,6% no terceiro trimestre de 2020 e 35,9% no
segundo trimestre de 2021. Os produtos de prazo incluem aquisição
de recebíveis, realizadas por meio de FIDCs, e o Receba Rápido,
solução em que todo o fluxo financeiro é creditado aos
estabelecimentos comerciais em até 2 dias, mesmo em transações com
cartão de crédito à vista e parceladas.
Os resultados da
Cielo (BOV:CIEL3) referente a suas operações
do terceiro trimestre de 2021, foram divulgados no dia
04/11/2021. Veja o Press Release!
VISÃO DO MERCADO
Bank of America
O Bank of América também classifica a ação como descontada. No
entanto, questões estruturais, como o conflito de interesses entre
Banco do Brasil e Bradesco, atrapalham a recomendação.
Bank of America tem recomendação neutra com preço-alvo
de R$ 5,50…
BB Investimentos
O BB Investimentos diz que a Cielo ainda
precisa demonstrar capacidade de reter sua base, conquistar novos
clientes, bem como elevar sua rentabilidade com foco no varejo e
também capacidade de conquistar parcela significativa do mercado de
antecipação de recebíveis no contexto do novo sistema de registro
de recebíveis.
Bradesco BBI
O Bradesco BBI apontou que a Cateno foi o grande destaque do
trimestre, com lucro líquido de R$ 128 milhões, contra R$ 96
milhões no segundo trimestre, sustentado por um sólido crescimento
de receita de 18,1% no trimestre e redução de 35% no trimestre nas
despesas operacionais (principalmente relacionadas a perdas
operacionais menores do Ourocard).
Ainda com uma nota positiva, os volumes também apresentaram boa
recuperação, com alta de 13,8% no trimestre.
Credit Suisse
O Credit Suisse ressalta a queda da base
de clientes, que encolheu 11% no ano e 3% no trimestre, pressionada
pela redução da base de clientes no segmento de cauda longa.
“Apesar de um melhor mix de volume e do aumento da penetração de
pagamento em dois dias, o rendimento da receita caiu para 0,70%,
pressionado pela intensa competição”, argumenta Daniel Federle, que
assina o relatório.
Outra preocupação diz respeito à alta da Selic, que pode
terminar o ano em 10%. Entre julho e setembro, a elevação dos
juros prejudicou as despesas financeiras da Cielo. Isso também
interfere no repasse de preço no produto Receba Rápido, pois
envolve renegociação dos contratos.
O Credit Suisse lembra que a intensa competição no negócio de
adquirência e o aumento das taxas do CDI devem ser obstáculos
persistentes nos próximos trimestres.
Credit Suisse tem recomendação neutra com preço-alvo de R$
4,8…
Safra
O Safra afirma que os resultados da Cielo
foram bons, acima das expectativas, mostrando sequencial melhora em
relação ao trimestre anterior (refletindo a reabertura da
economia), e uma significativa recuperação no ano, apesar da base
de comparação baixa.
“Olhando para o futuro, acreditamos que os volumes de TVP devem
seguir se recuperando com a atividade econômica, sugerindo que o
pior já passou para Cielo”, completa.
Safra mantém recomendação de neutra com preço-alvo de R$ 5.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão, Reuters
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