Cielo: vendas no varejo em abril de 2022 cresceram 20,5%
17 Maio 2022 - 9:51AM
ADVFN News
A Cielo comunicou que as vendas no varejo em abril de 2022
cresceram 20,5%, descontada a inflação, em comparação com igual mês
de 2021. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas
observadas pelo varejista, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA)
apresentou alta de 37,9%.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:CIEL3) nesta
terça-feira (17).
Segundo a companhia, como em meses anteriores, o crescimento
significativo está associado à base comparativa. Em abril do ano
passado, o comércio foi impactado por medidas de isolamento, fruto
da pandemia da covid-19.
Efeitos de calendário também beneficiaram o índice. Houve um
sábado a mais, dia de forte comércio, e uma quinta-feira a menos,
dia em que as vendas costumam ser mais fracas que aos finais de
semana, em relação a abril do ano passado. Os efeitos das mudanças
dos feriados de abril – Páscoa e Tiradentes – contribuíram para
resultados mais positivos em abril de 2022.
Na opinião de Pedro Lippi, Head de Inteligência, da Cielo, o
comércio segue apresentando sinais de recuperação. “Abril marcou o
sexto mês seguido de crescimento nas vendas. Esse quadro está
associado a um comércio com menos portas fechadas. A alta dos
preços também influenciou no índice nominal. Os setores de serviços
continuam puxando a retomada”, diz.
Inflação
A Cielo relembra os dados do Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, que apontou alta de 12,13% no
acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 1,06% em abril. O preço
dos alimentos, que subiram 2,06%, e dos transportes, 1,91%, foram
os que mais impactaram o índice.
Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no
varejo ampliado foi de 14,43% em abril, acelerando em relação ao
índice registrado no mês anterior.
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os
macrossetores de Bens Não Duráveis e de Serviços registraram
aceleração nas vendas em relação a março. Já Bens Duráveis e
Semiduráveis sofreu desaceleração.
O destaque no macrossetor de Bens Não Duráveis foi Supermercados
e Hipermercados.
No macrossetor de Serviços, um dos segmentos que mais colaboraram
para a aceleração foi Turismo e Transportes.
Já o macrossetor de Bens Duráveis, que desacelerou, foi
impactado negativamente pelo segmento de Vestuário.
Regiões
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário,
todas as regiões apresentaram crescimento em relação a abril do ano
passado. A região Sudeste registrou alta de 24,1%, seguida da
região Norte (+16,0%), Nordeste (+14,7%), Sul (+14,2%) e
Centro-Oeste (+12,7%).
Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação
com abril de 2021, as vendas na região Sudeste cresceram 41,9%,
seguida da região Nordeste (+32,3%), Sul (+29,4%), Centro-Oeste
(+28,8%) e Norte (+28,7%).
Metodologia
O ICVA acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de
acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo,
desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por
1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada
setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu
desempenho no mês.
A Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram
aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos
do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a
variação de participação de mercado – e os da substituição de
cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete
somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas,
sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.
Informações Broadcast
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