As vendas da Cyrela, excluindo unidades permutadas, recuaram 6% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 1,71 bilhão, conforme prévia operacional divulgada pela construtora.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CYRE3) nesta quinta-feira (11).

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As vendas líquidas contratadas, com permuta, caíram 5% na mesma comparação, para R$ 2,37 bilhões, conforme prévia operacional.

O valor geral de vendas dos lançamentos, por sua vez, recuou 59% nos três meses encerrados em junho na base anual, para R$ 1,04 bilhão, em base que exclui permuta.

Incluindo unidades permutadas, o valor geral de vendas lançado somou R$ 1,46 bilhão, queda de 58% ano a ano.

O número de lançamentos também diminuiu, de 17 nos meses de abril a junho de 2023 para 9 no segundo trimestre deste ano.

A velocidade de vendas (VSO) nos últimos 12 meses fechou o trimestre em 52,6%, 4,5 pontos percentuais acima do registrado no mesmo período em 2023.

VISÃO DO MERCADO

A Cyrela registrou dados operacionais ligeiramente positivos no 2T24, na avaliação da XP, com destaque para as vendas líquidas (100%) acima do esperado em R$ 2,4 bilhões, levando a VSO (venda sobre oferta) para 52,6% nos últimos 12 meses.

Por outro lado, os lançamentos (100%) diminuíram para R$ 1,5 bilhão, 9% abaixo da projeção da XP, devido à falta de lançamentos em Porto Alegre.

Assim, a corretora vê uma demanda significativa proveniente dos projetos da Cyrela, apesar do cenário desafiador com altas taxas de juros e a escassez de recursos provenientes de contas de poupança. Do lado de valuation, vê a Cyrela atrativa negociando a 1,0 vez Preço/Valor Patrimonial.

O Bradesco BBI comenta que os números operacionais da Cyrela foram amplamente sólidos, conforme esperado. Os lançamentos foram fracos em relação aos trimestres anteriores devido a projetos adiados no estado do Rio Grande do Sul e um atraso na aprovação em São Paulo. Por sua vez, as vendas foram o principal destaque positivo em R$ 1,7 bilhão, levando a um aumento do VSO em 53%.

O BBI mantém recomendação de compra para Cyrela, que negocia a 5,3 vezes o Preço/Lucro esperado para 2025.

O BTG também considerou os números operacionais como sólidos, pois a Cyrela conseguiu continuar aumentando significativamente a velocidade de vendas, apesar dos lançamentos mais fracos.

A Cyrela continua sendo a Top Pick do BTG entre as construtoras de média e alta renda, combinando um sólido crescimento operacional, excelente dinâmica de lucros e um valuation atraente (6x P/L para 2024), o que justifica a recomendação de compra do banco.

O Goldman Sachs observa que embora as vendas tenham sido impactadas por lançamentos mais baixos, em igualdade de condições, os números de vendas mostraram uma clara demanda, com vendas superando materialmente os lançamentos e levando a uma redução de 7% na base trimestral de estoque para 11, o nível mais baixo desde 2021.

O Goldman Sachs disse permanecer positivos nas ações da Cyrela devido à capacidade da empresa de impulsionar o crescimento das vendas, apesar das taxas de juros elevadas, o que acredita ser resultado do seu forte posicionamento no segmento de renda média e alta. O banco reitera compra e preço-alvo de R$ 31.

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