A Ambev apresentou lucro líquido de R$ 3,566 bilhões no terceiro
trimestre de 2024, queda de 11,2% na comparação com o mesmo período
de 2023. O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 7,063 bilhões,
com alta de 7,3% em relação ao apresentado um ano antes no conceito
“reportado” e de 8,5% no conceito “orgânico”. A receita líquida
ficou em R$ 22,096 bilhões, alta de 8,8% (reportado) e de 4,9%
(orgânico).
O volume consolidado diminuiu 0,6%, com 45,062 milhões de
hectolitros. Excluindo a Argentina da conta, haveria crescimento de
1,3%. O volume cresceu 1,3% no Brasil, mas caiu 0,5% na América
Central e Caribe (CAC). A empresa aponta que “indústrias difíceis”
na Argentina e no Canadá levaram a quedas de volume na América
Latina Sul, de 7,7%, e no mercado canadense, de 1,4%.
O desempenho da receita líquida, portanto, segundo a companhia,
foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro
(ROL/hl) de 5,5%.
O crescimento do Ebitda ajustado, por sua vez, foi impulsionado
pelo desempenho da divisão de América Central e Caribe, com alta de
17,7%, América Latina Sul (9,0%) e Brasil (+7,8%). A margem bruta,
por sua vez, expandiu 180 pontos base (pb), para 50,3%, enquanto a
margem do Ebitda ajustado expandiu 110 pb para 32,0%.
Já o lucro líquido ajustado caiu 11,4% em comparação com R$
4.038,9 milhões do terceiro trimestre de 2023, uma vez que o
aumento das despesas com imposto de renda no Brasil mais do que
compensou o crescimento do Ebitda ajustado e o melhor resultado
financeiro líquido.
A companhia comunicou ainda que o Conselho de Administração
aprovou um programa de recompra de ações até o limite de
155.159.038 ações ordinárias, as quais, considerando o preço de
fechamento da ação em 30 de outubro de 2024, correspondem a
aproximadamente R$ 2 bilhões. O programa será executado nos
próximos 18 meses e tem, de acordo com a Ambev, o objetivo de
cancelamento das referidas ações, sendo que as eventuais ações
remanescentes poderão ser mantidas em tesouraria, alienadas e/ou
entregues no âmbito dos planos de remuneração baseada em ações da
Companhia. O programa se encerrará até 30 de abril de 2026.
Os resultados da Ambev (BOV:ABEV3)
referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2024 foram
divulgados no dia 31/10/2024.
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A Ambev segue focada em ampliar margem de lucro nos próximos
trimestres, após reajustar preços em todo o portfólio de bebidas ao
longo de setembro, afirmou o presidente-executivo da cervejaria,
Jean Jereissati Neto, nesta quinta-feira.
O executivo comentou durante conferência com analistas após a
publicação do balanço da companhia mais cedo que a estratégia da
empresa no último mês do terceiro trimestre foi se antecipar aos
esperados aumentos de custos de insumos como o alumínio e com o
câmbio.
“Continuaremos a ser muito ágeis na estratégia de preço,
tentando encontrar equilíbrio sustentável na receita por
hectolitro”, afirmou o executivo, na última conferência de
resultado à frente do cargo. “Sabemos que alumínio e câmbio vão
afetar custo no ano que vem”, acrescentou.
“Temos compromisso para continuar a expandir margens no futuro.
Não vamos mudar nosso objetivo em termos de preço.”
No terceiro trimestre, a Ambev apurou margem de lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização de 32% ante 32,4% um ano
antes.
Jereissati é presidente-executivo da Ambev desde 2019 e será
substituído pelo executivo Carlos Lisboa em a partir do início de
2025.
Sobre as operações da companhia na Argentina, país que tem
pressionado a performance da Ambev na América do Sul, a avaliação
de executivos da companhia é que as medidas tomadas pelo governo
estão melhorando os números das contas públicas, mas pesando sobre
a capacidade de compra dos consumidores.
“Temos impressão que chegamos de fato no nível mínimo (no
terceiro trimestre). Acreditamos que veremos melhorias incrementais
daqui para frente”, disse Jereissati Neto. “A Argentina já está com
desempenho operacional e Ebitda sofrendo menos. De certa forma,
vamos começar a ver um ciclo novo comecando…Ano que vem será ano
positivo para a Argentina”, acrescentou.
VISÃO DO MERCADO
Do lado operacional, o BBI aponta ver tendências mistas na
cerveja brasileira, com volumes 0,6% maiores na base anual,
atestando a força da categoria, mas ainda provavelmente sugerindo
alguma contração de participação de mercado. Os preços foram a
principal ressalva, expandindo apenas 2,6% na comparação ano a ano
apesar da premiumização.
Com relação a avaliação, o BBI vê a Ambev está sendo negociada
com um desconto de 18% em relação à controladora ABI, a 13 vezes
Preço/Lucro para 2025, o que oferece espaço limitado para revisões
de lucros para cima.
Para a recompra de 155 milhões de ações (1% do total), o BBI
avalia que é uma mensagem positiva em relação às distribuições de
caixa, embora ainda acredite que mais será necessário para
impulsionar uma reclassificação e manteve recomendação neutra e
preço-alvo de R$ 13.
A XP Investimentos, por sua vez, classificou os resultados
trimestrais como fracos, juntamente com os ventos favoráveis de
COGS (Custos dos Produtos Vendidos)que parecem estar chegando ao
fim, levando a uma visão negativa.
O time de análise da XP ressalta que o desempenho superior das
marcas premium e core plus não foi suficiente para compensar o
cenário competitivo mais difícil no mainstream, levando a receita
líquida/hl (hectolitro) da AmBev a ficar abaixo da inflação, também
negativamente afetada por impostos mais altos.
No Internacional, a indústria em declínio da LAS (América Latina
Sul) arrastou o volume consolidado para baixo, e o Canadá, com uma
indústria fraca, é desanimador, embora o sólido desempenho do CAC
tenha sido uma constante.
No total, o Ebitda ajustado ficou 4,8% acima da previsão da XP e
ligeiramente abaixo do consenso, e o lucro por ação (LPA) ficou
4,8% abaixo do consenso e 1,7% acima da expectativa da XP. Por fim,
o tamanho e o timing do programa de recompra de ações não merecem
um brinde.
Para o BBA, embora os números gerais tenham ficado
aproximadamente em linha com suas estimativas, o banco pontua que a
dinâmica fraca da receita líquida na Cerveja Brasil, impulsionada
por volumes e preços, pode dar o tom para a tese de investimento no
curto prazo.
Do lado positivo, o BBA destaca o anúncio de uma recompra de
ações, que é o primeiro passo para as discussões de alocação de
capital que têm chamado a atenção dos investidores ultimamente. No
entanto, alguns podem argumentar que a recompra de ações de cerca
de R$ 2 bilhões ainda parece tímida em comparação com as
expectativas de otimização da estrutura de capital.
Com isso, o Itaú BBA manteve recomendação neutra e preço-alvo de
R$ 15.
Na mesma linha que os outro bancos, o BTG pontuou que as
tendências mais fracas de volume e preços no segmento de cerveja
Brasil, principal geografia da Ambev, ressaltam uma deterioração do
cenário competitivo que acredita que será o foco dos investidores
de agora em diante.
“O lado positivo foi o anúncio de um programa de recompra de
ações de R$ 2 bilhões que pode despertar esperanças de uma mudança
na estrutura de capital”, comenta BTG.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney,
Estadão
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