Hypera: EMS formaliza retirada da proposta de aquisição de ações da companhia
31 Outubro 2024 - 10:47AM
ADVFN News
A EMS formalizou a retirada da proposta de oferta pública de
aquisição de ações e de combinação de negócios apresentada à Hypera
em 21 de outubro de 2024, após Conselho de Administração da
farmacêutica rejeitar a proposta.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:HYPE3) nesta
quinta-feira (31).
Na avaliação do colegiado da Hypera, o preço ofertado subestimou
significativamente o valor da empresa.
O conselho ainda mencionou as diferenças de cultura
organizacional e práticas de governança corporativa, bem como o
objetivo estratégicos para recusa da proposta.
A proposta da EMS envolvia uma troca de ações em múltiplos
iguais e R$ 30 por ação em dinheiro para até 20% dos acionistas da
HYPE3 que podem preferir não permanecer na nova empresa.
A nova companhia seria controlada pelos acionistas da EMS com
60% da empresa. Eles teriam cinco dos nove membros do conselho, com
quatro sendo nomeados pela Hypera, e a listagem contínua no Novo
Mercado da B3.
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VISÃO DO MERCADO
Apesar de não ser uma surpresa, as ações da Hypera operam com
forte baixa nesta quinta-feira (31), depois que a EMS retirou a
proposta de combinação de negócios anunciada em 21 de outubro. A
ação da companhia farmacêutica chegou a cair mais de 5% e, às 11h27
(horário de Brasília) recuava 4,56%, a R$ 23,00.
O JPMorgan afirmou que a retirada da proposta pela EMS, não é
uma surpresa, pois o conselho da Hypera já havia rejeitado a
transação na quinta-feira passada, com os motivos indicados
afastando um possível acordo dos termos propostos.
A equipe de research do banco também explica que uma aprovação
por meio de voto dos acionistas seria improvável, dada a
necessidade de reunir o apoio de uma alta porcentagem dos
acionistas, enquanto muitos normalmente votam com o conselho e a
EMS não parecia disposta a aumentar a proposta após a rejeição do
conselho da Hypera.
Diante disso, o JPMorgan comenta que as negociações das ações da
Hypera devem se voltar aos seus fundamentos, que continuarão fracos
no curto prazo, com os resultados melhorando apenas a partir do
segundo trimestre do ano que vem. Assim, limitando o apetite dos
investidores para adicionar ações no curto prazo.
Por outro lado, o JPMorgan avalia que o risco de baixa para o
preço das ações parece limitado do ponto de vista da avaliação.
No geral, apesar dos catalisadores de curto prazo limitados para
fazer a ação subir até que os resultados comecem a melhorar, o
banco americano continua a ver um alto valor intrínseco para as
ações e reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 36. A
empresa negocia a 8,5 vezes Preço/Lucro para 2026.
O Itaú BBA, por sua vez, comenta que o consenso de mercado era
de que a aprovação da fusão pela Hypera não era óbvia.
Em primeiro lugar, segundo o BBA, se a Hypera implementar com
sucesso o plano de otimização de capital de giro anunciado em 18 de
outubro, a empresa deve demonstrar uma dinâmica de fluxo de caixa
mais forte após a conclusão das iniciativas, potencialmente levando
a um maior valor patrimonial a longo prazo.
Ainda de acordo com analistas do BBA, a disparidade entre os
portfólios das duas empresas, com a Hypera mais concentrada em OTC
e a EMS em genéricos, torna a fusão uma tarefa complexa. Afinal,
empresas de OTC geralmente negociam a um prêmio em relação às
empresas focadas em genéricos.
Além disso, o BBA pontua que a gestão da nova companhia seria
composta por uma combinação de executivos de ambas as empresas,
potencialmente criando uma estrutura de governança mais complexa e
levando a uma diluição significativa para os acionistas de
referência da Hypera na empresa combinada.
Informações Infomoney
HYPERA ON (BOV:HYPE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Nov 2024 até Dez 2024
HYPERA ON (BOV:HYPE3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Dez 2023 até Dez 2024