A EMS formalizou a retirada da proposta de oferta pública de aquisição de ações e de combinação de negócios apresentada à Hypera em 21 de outubro de 2024, após Conselho de Administração da farmacêutica rejeitar a proposta.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:HYPE3) nesta quinta-feira (31).

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Na avaliação do colegiado da Hypera, o preço ofertado subestimou significativamente o valor da empresa.

O conselho ainda mencionou as diferenças de cultura organizacional e práticas de governança corporativa, bem como o objetivo estratégicos para recusa da proposta.

A proposta da EMS envolvia uma troca de ações em múltiplos iguais e R$ 30 por ação em dinheiro para até 20% dos acionistas da HYPE3 que podem preferir não permanecer na nova empresa.

A nova companhia seria controlada pelos acionistas da EMS com 60% da empresa. Eles teriam cinco dos nove membros do conselho, com quatro sendo nomeados pela Hypera, e a listagem contínua no Novo Mercado da B3.

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(BOV:HYPE3) tem:

📈 1ª Resistência: 28,59
📉 1° Suporte: 23,72

💲 Cotação no momento: Hypera -4,94%, negociada a R$ 22,91

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VISÃO DO MERCADO

Apesar de não ser uma surpresa, as ações da Hypera operam com forte baixa nesta quinta-feira (31), depois que a EMS retirou a proposta de combinação de negócios anunciada em 21 de outubro. A ação da companhia farmacêutica chegou a cair mais de 5% e, às 11h27 (horário de Brasília) recuava 4,56%, a R$ 23,00.

O JPMorgan afirmou que a retirada da proposta pela EMS, não é uma surpresa, pois o conselho da Hypera já havia rejeitado a transação na quinta-feira passada, com os motivos indicados afastando um possível acordo dos termos propostos.

A equipe de research do banco também explica que uma aprovação por meio de voto dos acionistas seria improvável, dada a necessidade de reunir o apoio de uma alta porcentagem dos acionistas, enquanto muitos normalmente votam com o conselho e a EMS não parecia disposta a aumentar a proposta após a rejeição do conselho da Hypera.

Diante disso, o JPMorgan comenta que as negociações das ações da Hypera devem se voltar aos seus fundamentos, que continuarão fracos no curto prazo, com os resultados melhorando apenas a partir do segundo trimestre do ano que vem. Assim, limitando o apetite dos investidores para adicionar ações no curto prazo.

Por outro lado, o JPMorgan avalia que o risco de baixa para o preço das ações parece limitado do ponto de vista da avaliação.

No geral, apesar dos catalisadores de curto prazo limitados para fazer a ação subir até que os resultados comecem a melhorar, o banco americano continua a ver um alto valor intrínseco para as ações e reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 36. A empresa negocia a 8,5 vezes Preço/Lucro para 2026.

O Itaú BBA, por sua vez, comenta que o consenso de mercado era de que a aprovação da fusão pela Hypera não era óbvia.

Em primeiro lugar, segundo o BBA, se a Hypera implementar com sucesso o plano de otimização de capital de giro anunciado em 18 de outubro, a empresa deve demonstrar uma dinâmica de fluxo de caixa mais forte após a conclusão das iniciativas, potencialmente levando a um maior valor patrimonial a longo prazo.

Ainda de acordo com analistas do BBA, a disparidade entre os portfólios das duas empresas, com a Hypera mais concentrada em OTC e a EMS em genéricos, torna a fusão uma tarefa complexa. Afinal, empresas de OTC geralmente negociam a um prêmio em relação às empresas focadas em genéricos.

Além disso, o BBA pontua que a gestão da nova companhia seria composta por uma combinação de executivos de ambas as empresas, potencialmente criando uma estrutura de governança mais complexa e levando a uma diluição significativa para os acionistas de referência da Hypera na empresa combinada.

Informações Infomoney
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