Itaú BBA reforça preferência por Marcopolo e Tegma diante da possível alta da Selic para 15% em 2025
15 Janeiro 2025 - 2:44PM
ADVFN News
Com a Selic podendo chegar a 15% ao ano em 2025, o Itaú BBA
reiterou sua preferência por Marcopolo e Tegma, pois ambas empresas
têm balanços desalavancados e microfatores sólidos para enfrentar o
cenário de taxas mais altas, com a primeira sendo negociada a um
dividend yield (dividendo sobre o valor da ação) de 7%, enquanto a
última está mais perto de 13%, tanto em uma base recorrente quanto
substancialmente acima de seus níveis históricos.
Para os analistas, a Marcopolo (BOV:POMO3) (BOV:POMO4) está se
beneficiando de um novo patamar de preços em seu segmento,
permitindo margens duas vezes maiores do que no passado, sem sinais
de deterioração, o que resulta em um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão
para 2025, o que, combinado com um pagamento de 50%, significa um
dividend yield de 7% para 2025. Com isso, BBA mantém recomendação
de compra e preço-alvo de R$ 10,50.
Já a Tegma (BOV:TGMA3) é caixa líquido, executando uma operação
de ativos leves em um setor com tendência positiva para tarifas
(especialmente considerando o repasse de preços mais altos do
diesel).
O BBA reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 44.
Randoncorp
Por outro lado, o banco optou por rebaixar Randoncorp
(BOV:RAPT3) (BOV:RAPT4) de compra para neutro, com preço-alvo de R$
9,50, uma vez que ventos favoráveis para a companhia serão mais
do que compensados por taxas de juros mais altas.
Segundo relatório, a perspectiva agrícola positiva, combinada
com a consolidação de fusões e aquisições (EBS na Randon e Kuo na
Fras-le), além das receitas provenientes de novos contratos (na
Suspensys e na Hercules), indica que o consenso ainda precisa
ajustar significativamente suas projeções de receita e EBITDA.
No entanto, o banco prevê que a dívida líquida/Ebitda da empresa
aumente para cerca de 3 vezes após a consolidação da Kuo e da EBS,
o que deve pressionar o resultado final, desencadeando uma revisão
de lucros de 20% e implicando um Preço/Lucro não tão atraente de
6,5 vezes para 2025.
Frasle (BOV:FRAS3)
O BBA mantém classificação de compra e preço-alvo de R$ 27, com
base no modelo de negócios resiliente da empresa, potencial de
sinergias com a Kuo e uma base acionária forte.
Analistas esperam que sua receita continue a apresentar um
crescimento orgânico constante de dois dígitos baixos em 2025,
impulsionado pela repasse de custos, crescimento do setor e ganhos
de participação de mercado.
Iochpe-Maxion
Apesar de reconhecer o cenário desafiador no exterior,
particularmente na Europa e América do Norte, que juntos respondem
por cerca de 63% da receita bruta da Iochpe (BOV:MYPK3), o BBA
elevou a recomendação da companhia de neutro para compra e o
preço-alvo passou de R$ 14 para R$ 16.
O banco prevê uma geração de caixa de aproximadamente R$ 550
milhões em 2025, o que deve resultar em um rendimento de fluxo de
caixa de cerca de 30%, podendo ser um gatilho positivo para as
ações.
Embora seja cedo para entrar em detalhes sobre 2026, a menor
necessidade de investimentos em novos ativos pode reduzir
significativamente os gastos de capital da empresa no próximo ano
(potencialmente para cerca de R$ 150 milhões), abrindo caminho para
desalavancagem e uma geração de caixa robusta.
Tupy (BOV:TUPY3)
O BBA mantém recomendação neutra, com uma redução no preço-alvo
de R$ 30 para R$ 22,00, devido a resultados mais fracos
incorporados em seus modelos, com impactos principalmente nos
volumes; margens abaixo do esperado; e taxas de juros e de desconto
mais altas.
Mahle Metal Leve (BOV:LEVE3)
O Itaú BBA reitera recomendação neutra e reduziu preço-alvo de
R$ 35 para R$ 30, uma vez que a que a empresa pode ser impactada
pela tendência negativa na produção de veículos leves e pesados no
exterior, embora isso possa ser potencialmente compensado pela
depreciação do real nos últimos meses.
Informações Infomoney
TUPY ON (BOV:TUPY3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Dez 2024 até Jan 2025
TUPY ON (BOV:TUPY3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Jan 2024 até Jan 2025